sábado, 14 de abril de 2012

Cap. 04 - A Majestade da Corte do Universo


Capítulo IV

A MAJESTADE DA CORTE DO UNIVERSO

INTRODUÇÃO

Este capítulo, que é um dos menores do livro do apocalipse, contém uma visão da corte e do trono de Deus. A Majestade do todo-poderoso e a vigilância absoluta dos seus domínios são evidentemente manifestos, e o Espírito Santo, a grande força do seu governo universal, é apresentado em forma simbólica de poder inigualável. E a graça infinita do incomensurável amor de Deus pelo homem é também solenemente representada no cenário da visão.
Esta pequena visão, que é um vislumbre apenas da indescritível glória e do poder do Eterno, deve levar-nos a unir-nos com os que O rodeiam em sua corte, na honra, na veneração e no respeito que lhe são tributados.

UMA PORTA ABERTA NO CÉU

VERSO 1 - “Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu: e a primeira voz que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer”.

“DEPOIS DESTAS COISAS”

“Depois destas coisas”, isto é, das anteriormente reveladas e descritas nos três primeiros capítulos, uma nova visão é apresentada ao profeta, que abrange outros três capítulos – o quarto, o quinto, e o sexto.

“EIS QUE ESTAVA UMA PORTA ABERTA NO CÉU”

Em sua primeira visão João vê Jesus como Sumo Sacerdote oficiando no primeiro compartimento do santuário. No inicio desta nova visão, “vê ele uma porta aberta no céu” que, mediante o ambiente da visão anterior – o primeiro compartimento do santuário, e nele existir a porta de entrada e outra de acesso ao segundo compartimento, existe uma continuidade da visão, e portanto a porta vista por João é a porta de acesso ao segundo compartimento do santuário, e isto é comprovado no relato deste quarto capítulo, cuja encenação é em verdade, a do segundo compartimento onde está a corte de Deus. Portanto esta segunda visão desenrolou-se no lugar Santíssimo do santuário, enquanto a primeira se desenvolveu no lugar Santo.

UMA VOZ “COMO DE TROMBETA”

Esta voz “como de trombeta”, “como a voz de muitas águas”, já falara ao profeta na primeira visão. (Cap. 1:10 e 15) Esta mesma voz fez-se ouvir no passado ao profeta Daniel, “como a voz duma multidão. (Dan. 10:6) Esta não é a voz de Deus falando ao homem. Na verdade o Todo-poderoso não se entende pessoalmente com o mortal, desde que este se tornou pecador. Mas é a voz, como testificam as profecias de Daniel e do Apocalipse, do Filho de Deus, por meio de somente Quem (1º Tim. 2:5) Ele se entende com o homem caído em estado de pecado.
Tão solenes eram as cenas que o profeta devia ver e seguir, que o próprio Filho de Deus achou por bem mostrar-lhe, pessoalmente, pois, tratavam-se de cenas ligadas à corte incluso mesmo o trono do Eterno Pai. “Sobe aqui, mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer”, isto é, não depois de se haverem cumprido as “coisas” que já vira, mas, como diz uma outra versão, as “que devem suceder depois destas” ou depois das que contemplara.

O ETERNO EM SEU TRONO

VERSOS 2-3 – “E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda”.

“E EIS QUE UM TRONO ESTAVA POSTO NO CÉU”

Ao ser novamente arrebatado em espírito, segue-se que o profeta foi envolvido por uma nova ou segunda visão.
O trono de Deus é a primeira apresentação da nova visão. Eis o único trono que permanece pelos séculos eternos. (Sal. 45: 6) Os tronos dos homens, na terra, são instáveis, passageiros e perecíveis. Mas, o trono de Deus, figura de Seu governo no universo, é imperecível porque está fundamentado na justiça e no juízo. (Sal. 89: 14) Segundo o profeta Ezequiel, o trono de Deus é de “safira”, pedra preciosa de cor azul-brilhante. (Ezeq. 1: 26)

“E UM ASSENTADO SOBRE O TRONO”

Ao profeta não foi permitido contemplar O eterno assentado em seu trono. Nenhuma tentativa é feita para descrever o indescritível ser, “a quem nenhum dos homens viu nem pode ver” (Exo. 33: 20), que “habita na luz inacessível” ao mortal. (I Tim. 6: 16) Embora isto, foi ao profeta permitido ver, ao menos, a glória de Deus, que ele descreve como as pedras preciosas – jaspe e sardônica. O jaspe é transparente e resplandecente, um sílex(duro), existindo de varias cores: - branco, vermelho, marrom, amarelo, verde, cinza, opaco, roxo e preto. A sardônica é de uma variedade parda ou vermelho-sanguíneo da calcedônia. Como se trata da glória de Deus, temos no jaspe e na sardônica os emblemas das vestes da realeza do Rei do universo, que são, é bem de ver, o branco e o vermelho-purpúreo.

“E O ARCO CELESTE ESTAVA AO REDOR DO TRONO”

O profeta Ezequiel, descrevendo o arco-celeste contemplado numa visão que teve do trono e da glória de Deus, diz: “Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor”. Ezeq. 1: 28
As sete cores do espectro solar divisadas no arco-íris, são, em sua ordem de cima para baixo, as seguintes: “Vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul, anilada e violeta”. S. João não descreveu as cores do arco-íris como Ezequiel, mas, limitou-se a dizer que seu aspecto era semelhante “à esmeralda”. A esmeralda é uma pedra preciosa de uma bela cor verde-transparente. O verde é a cor mais recreativa ao olhar, razão por que predomina a natureza. No arco-íris, a cor verde é a cor central, pelo que na visão predominou mais a vista do profeta, daí ter dito que o “arco celeste” “parecia semelhante a esmeralda”.
Como emblema da graça de Deus, a forma do arco-íris indica que a divina graça não se circunscreve a uma limitada porção do mundo, mas que o abraça inteiramente, e em suas sete belas cores deparamos a evidencia da perfeita e abundante graça que alcança o pecador.
A primeira vez que o arco-íris surgiu nas nuvens, foi depois do dilúvio. “Para que não acontecesse que a acumulação de nuvens e queda da chuva enchessem os homens de um terror constante, proveniente do medo de um outro dilúvio, o senhor animou a família de Noé com a promessa: ‘Eu convosco estabeleço o meu concerto,... não haverá mais dilúvio para destruir a terra...o meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecera o arco nas nuvens... E eu o verei, para me lembrar do concerto eterno entre deus e toda a alma vivente’’’.(Gen. 9:11-16)
“No céu, uma semelhança do arco-íris rodeia o trono, e estende-se como uma abóbada por sobre a cabeça de cristo”. “Quando o homem pela sua grande impiedade convida os juízos divinos, o salvador, intercedendo junto do pai em seu favor, aponta para o arco nas nuvens, para o arco-celeste ao redor do trono e acima de sua cabeça, como sinal da misericórdia de Deus para com o pecador arrependido” (Patriarcas e Profetas, Ellen G. White, pág. 117-119).
“O arco-íris da promessa, que circunda o trono no alto, é um perpétuo testemunho de que ‘Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha vida eterna. Ele testifica perante o universo que Deus nunca abandonará seu povo na luta contra o mal. Enquanto durar o próprio trono de Deus, é para nós uma garantia de força e proteção.”
“Assim como o arco nas nuvens resulta da união da luz solar e da chuva, o arco acima do trono de Deus representa a união de sua misericórdia e justiça” (Educação, Ellen G. White, 115). E’ a junção da justiça com a misericórdia e desta com aquela que torna a salvação abundante e completa. A justiça de Deus é representada por sua lei, que eleva seu trono, e a sua misericórdia pelo arco-íris que circunda seu trono. Daí o caráter do rei do universo representado nestas duas grandes virtudes: Justiça e misericórdia.
“O arco-íris rodeia o trono como uma segurança de que Deus é verdadeiro, que nele não há mudança nem sombra de variação. Temos pecado contra ele, e somos indignos de seu favor; contudo, ele mesmo pôs em nossos lábios a mais maravilhosa das súplicas: ‘Não nos rejeiteis por amor de teu nome; nem abatas o trono da tua glória: lembra-te, e não anules o teu concerto conosco’ (Jer. 14:21) quando viemos a ele confessando nossa indignidade e pecado, ele se tem comprometido a atender nosso clamor. A honra de seu trono esta empenhada no da salvação que nos tem dado. O arco-íris da promessa é uma segurança a toda alma humilde, contrita e crente, de que sua vida é uma com cristo, e de que cristo é um com Deus. A ira de Deus não cairá sobre a alma que procura refúgio nele. Deus mesmo declarou: ‘Quando eu vir o sangue, passarei sobre vós’. O arco estará na nuvem; e eu olharei a ele, para que me lembre do concerto eterno’’. (Exo. 12:13, Gen. 9:16)

OS VINTE E QUATRO ANCIÃOS

   VERSO 4 - “E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciões vestidos de vestidos brancos; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro”.

QUEM SÃO OS VINTE E QUATRO ANCIÃOS?

Ninguém mais do que eles mesmos poderá dizer quem eles são. No capítulo seguinte temos o testemunho deles próprios assegurando terem sido comprados pelo sangue do salvador. Com isto testificam que viveram nesta terra. No nosso texto, aparecem com vestes brancas e coroas de ouro, que já receberam, insígnias de vitória em tremendo conflito que só poderiam ter travado na terra, e vitória espiritual que só aqui poderiam ter alcançado. As vestes brancas usadas por eles simbolizam a justiça de Cristo, entronizado em nosso coração pelo Esp[irito Santo, concedida aos crentes, é nossa justiça (Rom. 8:9-10; 10:6-10; I João 2:29 e 3:7)
Duas vezes é declarado que um dos anciãos conversou com João (Apoc. 5:5 e 7:13), e numa ocasião os anciãos aparecem com os quatro seres viventes apresentando a Deus as orações de Seu povo (Apoc. 5:8). Não devemos deduzir que há um número literal de 24 anciãos no céu. Esse número chama nossa atenção para as funções dos anciãos. Como havia 24 divisões ou classes de sacerdotes que labutavam no santuário antigo, assim a obra dos anciãos é auxiliar a Cristo, nosso Sumo Sacerdote, em Seu ministério celestial.
Os antigos sacerdotes israelitas eram juízes adjuntos. Assim também os anciãos celestiais ajudam a Cristo em Sua obra de julgamento.
“Quando Cristo ressurgiu, trouxe do sepulcro uma multidão de cativos. O terremoto por ocasião de Sua morte abrira-lhes o sepulcro e, ao ressuscitar Ele, ressuscitaram juntamente; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos (Mateus 27:52 e 53). Estes santos ressuscitados não foram deixados na Terra para morrerem pela segunda vez. Ascenderam com Ele, como troféus de Sua vitória sobre a morte e o sepulcro.(Efesios 4:8). Esses santos, no céu, não são almas desencarnadas de pessoas falecidas, mas seres humanos redimidos que foram ressuscitados dentre os mortos.
Assim foi imortalizada a sagrada verdade da ressurreição. Os ressurgidos santos deram testemunho da veracidade das palavras: Os Teus falecidos viverão; juntamente com o Meu cadáver eles se levantarão (O Desejado de Todas as Nações, Ellen G. White, pág. 585-586). Assim é que, enquanto os chefes judaicos procuravam ocultar a realidade da ressurreição de Cristo, Deus fez levantar um grupo dos seus sepulcros para testificar que Jesus ressuscitou e, também, declarar a Sua glória” (Early Writings, Ellen G. White, pág. 184).

POR QUE SÃO EM NÚMERO DE VINTE E QUATRO

Os que com Cristo ressuscitaram e com Ele ascenderam aos céus contam uma multidão. Mas apenas vinte e quatro dentre eles rodeiam o trono. Por que somente vinte e quatro deles foram assim distinguidos e honrados? A resposta acha-se no capítulo seguinte, no que respeita o oficio destes anciãos no santuário celestial.

OS SETE ESPÍRITOS DE DEUS

VERSO 5 – “E do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões, e diante do trono ardem sete tochas de fogo, que são os sete espíritos de Deus”.


RELÂMPAGOS, TROVÕES E VOZES

   Vemos aqui diversas maneiras de Deus fazer-se perceber pelos mortais. Pelos relâmpagos, manifesta o Seu poder visível; pelos trovões, o Seu poder audível; e, pelas vozes, o Seu poder perceptível à consciência. No monte Sinai, ao entregar Deus Sua lei ao Seu povo, este mesmo quadro – relâmpagos, trovões e vozes – manifestou a Sua presença. Êxodo 19:16 O mais acertado, é dar o mortal a devida atenção à múltipla voz de Deus falando com ele, para que mais tarde não tenha que arrepender-se em vão. Apc. 16:17-21
  
OS SETE ESPÍRITOS DE DEUS

Não devemos confundir as sete lâmpadas de fogo que representam o Espírito Santo, com os sete castiçais que representam as sete igrejas. Não há identidade entre castiçais e lâmpadas. Castiçais não são lâmpadas, como lâmpadas não são castiçais. Todavia um castiçal serve como pedestal, ou como velador para por em evidencia uma lâmpada. As sete lâmpadas de fogo, desta segunda visão, deviam ter sido vistas pelo profeta nos sete castiçais que ele vira em sua primeira visão. Mas ao descrever anteriormente apenas os sete castiçais, alude à igreja a si mesma. Agora, porém, vê o Espírito Santo ardendo na igreja, simbolizada nos sete castiçais.
Os sete Espíritos de Deus, que o profeta menciona quatro vezes no Apocalipse, estão representados nas sete lâmpadas diante do trono de Deus. O número sete, com relação ao espírito, não indica que Deus tenha sete Espíritos. Em parte alguma do Velho ou do Novo Testamentos lemos de sete Espíritos de Deus a não ser nos símbolos do Apocalipse. Símbolos são apenas símbolos e não realidades. O número sete é o número perfeito, que forma um todo, uma plenitude (som, tempo, cores, etc). Varias vezes encontramos este número nas profecias do Apocalipse, sempre apresentando um fato ou um acontecimento em seu todo. Os sete Espíritos de Deus representam o Espírito Santo em sua plenitude de ação e poder. As lâmpadas que O simbolizam num todo, são fogo e luz ao mesmo tempo. O fogo é emblema de poder; e a luz, emblema de sabedoria. Daí a visão apresentar o Espírito Santo na plenitude de Poder e da Sabedoria divina celestiais. O modo do Espírito Santo distribuir este Seu poder e esta Sua sabedoria, é demonstrado também através de outros símbolos. Por exemplo, Ele é figurado como óleo, rio, chuva, fermento, sal, muralha de fogo, vento, etc.. Ora, em todos estes símbolos concentram-se realmente sabedoria e poder distribuídos aos filhos de Deus. O fogo representa também calor, o calor do Espírito Santo, para manter a igreja na temperatura espiritual que ela sempre deverá manifestar. E a luz que contém raios benéficos curativos, bem revela a ação benéfica do Espírito Santo em sarar as enfermidades da alma e da igreja.
O Espírito Santo é o maior dom por Cristo solicitado do Pai para Seu povo. É o maior poder de que o céu dispõe e pôs ao alcance do povo do Senhor. Mas, estará Ele sendo procurado e usado em Sua plenitude? “Uma pessoa visitou certa vez uma grande usina elétrica. A represa desta tinha cerca de dois quilômetros. Perguntou ela ao guia: Qual a porcentagem da força deste rio é aproveitada e transformada em eletricidade e quanto se perde? O guia sacudiu a cabeça e respondeu: Não usamos a centésima parte de sua força”. No Cenáculo, Revista Julho/Agosto 1948 O poder do Espírito Santo que Deus pôs à disposição dos Seus é imenso. O Senhor não Se agrada de que este poder seja usado em tão diminutas proporções como o potencial daquele rio por cujo símbolo Ele também é revelado. Ele quer que Seu poder seja empregado em Sua plenitude.
O Espírito Santo é o legitimo e único representante de Cristo na Terra e em meio de Sua igreja. S. João 15:26 Encerra todos os recursos do Céu dispensados aos escolhidos de Deus e de Seu Filho. É o poder que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo. S. João 16:8 Ele é o consolador, o espírito da verdade, o mestre por excelência e o guia seguro prometido por Cristo aos Seus amados seguidores. S. João 16:13 e S.João 14:16-18 Ele também ajuda o pecador em suas petições a Deus e por ele intercede com gemidos inexprimíveis. Rom. 8:26
É o Espírito Santo que opera o novo nascimento na vida do pecador; S.João 3:3-8 que o santifica, dignifica e enobrece. Tito 3:5 Depois, então, do novo nascimento com o Espírito Santo, a pessoa qual árvore de justiça, produzirá na sua vida os múltiplos frutos do Espírito. Gálatas 5:22 Assim a pessoa regenerada ouve de contínuo a Sua voz para andar no caminho que deve andar. Isaias 30:21
O imenso poder do Espírito Santo é dado a quem o pedir, declarou Jesus. Lucas 11:13 Porém, só os que a Deus obedecem tem o direito de o pedirem para o receberem. Atos 5:32  Tão abundantemente deseja Jesus conceder o Seu Espírito como um caudaloso rio que corre ininterruptamente. S. João 7:38 A necessidade do Espírito Santo jaz no fato de não podermos adorar a Deus a não ser por Seu intermédio. S. João 4:23 Porém, o maior perigo é o pecado contra o Espírito Santo. É o pecado imperdoável. Mateus 12:31-32 E este pecado consiste em resistir constantemente á voz de apelo do Espírito para uma aceitação da verdade do evangelho, suas doutrinas e seus princípios. Quando o Espírito Santo não mais faz ouvir a Sua voz apelativa, na consciência, é porque Seu esforço pelo indivíduo cessou. Assim fez a nação judaica concernente a Cristo e ao evangelho. Foram os guias judeus acusados mesmo de resistirem o Espírito Santo. Atos 7:51 
O conselho das Sagradas Escrituras a nós é não entristecermos o Espírito Santo. Efe. 4:30 Não devemos endurecer os nossos corações à Sua voz. Heb. 3:7-8 Consintamos que Ele nos purifique, santifique e nos guie nesta vida, embora aja lutas e contratempos a enfrentar. Sem Sua direção pereceremos infalivelmente.


AS QUATRO CRIATURAS VIVENTES

VERSOS 6-8 “E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás. E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem e o quarto animal era semelhante a uma águia voando. E os quatros animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansavam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era e que é, e que há de vir”.

O MAR DE CRISTAL

Este mar, referido também no capitulo quinze, onde no futuro estarão os inúmeros vitoriosos sobre os poderes do mal, deve ser um vasto espaço diante do trono de Deus; tão maravilhoso é ele que o profeta o comparou ao transparente e custoso cristal. Conceda-nos Deus a Sua graça, para que um dia possamos estar sobre ele, contemplá-lo e avalia-lo de viva vista.

AS QUATRO CRIATURAS VIVENTES

Sobre quatro criaturas viventes repousa o trono de Deus, pelo que elas assim estão no meio e ao redor do trono, com seus rostos voltados para as suas bordas. Ezequiel diz que as “quatro criaturas viventes” são “anjos querubins”. (Ezeq. 10:20) As características destes querubins são emblemas do caráter do trono de Deus ou do Seu governo universal. A vigilância do Seu governo sobre Seus ilimitados domínios, é manifesta plenamente pelo número incomum de olhos – ao redor e por dentro – que tem os quatro querubins. É isto demonstração de que o governo de Deus, sobre milhões de milhões de mundos habitados, não está acéfalo no abandono, mas sob vigilância e cuidado perfeito do Todo-poderoso.
O que mais se salienta nas quatro criaturas ou QUERUBINS são as semelhanças que aparentam ter. A visão de Ezequiel dá-nos detalhes que S. João não nos dá destas criaturas querubins. O profeta do Velho Testamento diz que cada uma tinha quatro rostos: rosto de homem, de leão, de boi, e de águia, e que tinham também a aparência de “ardentes brasas de fogo, como a de labaredas”. O movimento das asas das quatro criaturas era “como o ruído de grandes águas, como a voz do Todo-poderoso, o ruído de tumulto como o ruído de um exército”.
Os quatro rostos das criaturas viventes prendem acima de tudo a nossa atenção. Rostos de leão, de novilho (ou de boi), de homem e de águia. No leão, temos a figura da majestade e poderio incomparáveis; no novilho (ou boi) temos o emblema do serviço e sacrifício; no homem, a imagem da sapiência e retidão; na águia, a insígnia da contemplação panorâmica, da perspicácia e das atenções imediatas.
Também encontramos vestígios dos emblemas das quatro criaturas nas quatro divisões das tribos do antigo Israel. Cada uma destas quatro divisões tinha uma tribo líder e sua bandeira. (Num. 2:1-3) Judá era a tribo líder da primeira divisão, cuja insígnia de sua bandeira era um leão (Num. 2:9), sendo de Jesus dito que ele é o “leão da tribo de Judá”. Sendo assim, Rubem, que era a segunda tribo na liderança, devia ter em sua bandeira um bezerro (oi boi); Efraim, que era a terceira, devia ter um homem; e, Dan, que era a quarta, a de uma águia voando.
As quatro criaturas demonstram estarem também ligadas aos quatro característicos de Jesus, apresentados nos quatro evangelhos que relatam a Sua vida pública terrena. Mateus começa seu evangelho com a genealogia, demonstrando os direitos de Jesus ao trono de Davi, e, portanto, O apresenta como Rei ou o Leão. Marcos o apresenta como servo ou o novilho (oi boi). Lucas vê em cristo o lado que mais fala ao espírito do homem, e O apresenta, portanto, como homem. Para João, Jesus é o filho de Deus e igual a Deus, apresentando-O assim como uma águia nas supremas alturas.

O TEMA ININTERRUPTO DAS QUATRO CRIATURAS VIVENTES

Em primeiro lugar é dito que tem seis asas, vendo Ezequiel que “corriam (ou voavam), e tornavam, á semelhança dos relâmpagos”. O tema, de dia e de noite destas criaturas é um tributo à honra da Majestade do que Se assenta sobre o trono: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, Todo-poderoso, que era, e que é, e que há de vir”. Às suas honras ao criador, associam-se os serafins acima do trono, vistos na visão de Isaias. (Isaias 3:1-6) E com eles associam-se milhões de milhões de anjos em torno do trono, fazendo também ouvir suas vozes em tributo de honra ao que vive para todo o sempre. A maneira como João descreve a visão, dá-nos uma precisa ideia de como os entes da divindade encaram o poder do Rei do universo. Feliz seria o mundo se, se associasse com ela na exaltação do Criador e único Potentado.

A  ATITUDE DOS VINTE E QUATRO ANCIÃOS

VERSOS 9-11 – “E, quando os seres viventes davam gloria, e honra e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre, os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam O que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és Senhor de receber a gloria, e honra, e poder; porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade são e foram criadas”.

Os vinte e quatro anciãos não podiam ficar indiferentes ao tributo de louvor e honra dos anjos ao Eterno Rei. Adoram a Deus, lançam as suas coroas diante do Seu trono, e O louvam como “digno” de receber “gloria, e honra, e poder”, porque Ele tudo criou e tudo mantém.
No céu, Deus é adorado como Criador de todas as coisas. Na Terra, ensinam os homens e um grande número de pretensos teólogos cristãos, que a criação é o produto de si mesma pelo processo da evolução. Este espúrio ensino que tira de Deus a honra de Criador dos céus e da terra, está aumentando o número de apóstatas e causando grandes malefícios à verdadeira doutrina do criacionismo ensinada no Gênesis e em todas as Escrituras Sagradas. Porém, o são cristianismo, abjura esta REPROVAVEL teoria ateísta, infiltrada sorrateiramente pelo cristianismo pagão no mundo cristão.  


Texto Extraído do livro "A VERDADE SOBRE AS PRFECIAS DO APOCALIPSE"
- A. S. Mello 

Nenhum comentário:

Postar um comentário