sábado, 7 de abril de 2012

Cap. 17 - A Igreja que se Uniu com o Estado

CAPÍTULO   XVII



A IGREJA QUE SE UNIU COM O ESTADO



INTRODUÇÃO



 Ao apreciarmos a profecia do capítulo doze, verificamos que o seu tema é uma mulher cujos símbolos que a cercam a relacionam inteiramente com o seu Criador e atestam defini-la como emblema da verdadeira igreja de Deus na era cristã.

Mas, no capítulo dezessete, que agora temos diante de nós, uma outra mulher é apresentada, uma mulher ”vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas”. Uma mulher que tem a sua mão ”um cálix de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição”. Uma mulher ”com a qual prostituíram os reis da terra”; que “está embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus”. Uma mulher denominada de “a grande Babilônia, a mãe das prostitutas e abominações da terra”. Em fim, uma mulher que esta ”assentada sobre uma besta cor de escarlata, que esta cheia de nomes de blasfêmias, e tem sete cabeças e dez chifres”. Sim, esta mulher é tão diferente da do capítulo doze, como o dia o é da noite. Enquanto aquela representa a santa igreja de Cristo no mundo, esta outra, pôr suas características proféticas indiscutíveis, não deixa dúvidas que designa a igreja de Roma. A exposição de todo capítulo assegura evidentemente isto mesmo sem nenhuma objeção aceitável em contrario, em face da verdade.

A MULHER SOBRE A BESTA COR DE ESCARLATA

VERSOS 1-6 “E veio um dos sete anjos que têm as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se prostituíram os reis da terra, e com o vinho da sua prostituição se embriagaram os  habitantes da terra.
Transportou-me o anjo então, em espírito, a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmias, e tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de purpura e de escarlata e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálix de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição; e na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostitutas e abominações da terra.
E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração”.



UMA PROSTITUTA DESMASCARADA PELA PROFECIA 


Um dos anjos das pragas, provavelmente o quinto, foi incumbido de mostrar ao profeta a “grande prostituta” que estava “assentada sobre muitas águas”. Na introdução já foi definida que esta mulher é a igreja romana. E por  que esta igreja é denominada de “prostituta” na revelação? Ora, quando no caso de esposos a mulher abandona e procura viver ilicitamente com outros homens, então ela torna-se uma prostituta. Caso idêntico ocorreu com a igreja de Roma a mulher desta profecia. Antes da auto-exaltação desta igreja, fazia ela parte do todo da igreja cristã nos primórdios séculos do cristianismo. Mas ela exaltou-se a si mesma, repudiou a pura verdade do evangelho de Cristo, e abandonou o próprio Senhor Jesus como esposo legítimo de sua igreja, para ligar-se a um homem que começou a adorar como se fora até mesmo um deus na terra. Eis porque a igreja apóstata é considerada prostituta no apocalipse.

E, como irredutível prova de que esta profecia trata realmente da igreja católica, é mencionado que a “grande prostituta” está “assentada sobre muitas águas”. E o versículo quinze nô-lo esclarece que estas águas “são povos, e multidões, e nações, e línguas”. A besta sobre a qual a mulher aparece assentada é figura da Europa inteira – as águas da profecia. E hoje esta igreja jaz assentada numa mais vasta área do globo, no mundo todo.


COM A QUAL SE PROSTITUIRAM OS REIS DA TERRA

Aqui vemos outras relações ilícitas da igreja de Roma. Suas relações com os reis ou governantes da terra. Esta tem sido a história desta igreja desde o quarto século até aos nossos dias. Deixou de ser propriamente uma igreja para ser um Estado em meio aos Estados do mundo. Sua influência entre os governos da terra, com raras exceções, é a mais poderosa de todas as influências humanas.

E, como igreja, não está ela ligada ao Estado por afinidades espirituais para espiritualizá-lo, mas por afinidades políticas, isto é, para fazer do Estado um dócil instrumento de sua política sob o véu de religião. Esta igreja não dá a César o que lhe é devido – o direito de governar sem a sua intromissão – E quão calamitosa é esta prostituição que deparamos nas relações internacionais. Horroriza-nos a declaração da profecia de que os governantes do mundo foram prostituídos por suas relações com a Sé de Roma.


E OS QUE HABITAM NA TERRA SE EMBEBEDARAM COM O VINHO DA SUA PROSTITUIÇÃO

Esta é uma gravíssima denúncia que pesa sobre a igreja apóstata. Por certo já vimos um ébrio sob a ação do vinho, do vinho embriagante. Quão séria e lastimosa é a sua situação. Ele não se porta com decência e nem mesmo pode expressar o que é correto e moral. Sua mente está entorpecida pela ação venenosa do álcool do vinho e sua razão está tão em descontrole que ele já não é mais senhor de si mesmo. Imaginemos agora as nações sob a ação entorpecente do vinho a um só tempo. Seria isto uma catástrofe mundial. Toda a humanidade jazeria sem controle. O demônio do álcool oculto no vinho seria o imperador das consciências. Todas as ações cometidas em toda a terra seriam ações desastrosas em que a razão, amortecida e obstruída pelo deletério veneno alcoólico do vinho, não seria capaz de detê-las, estaria sem ação própria, sem defesa. Porém, depois desta ilustração, concluamos o que quer dizer a profecia do embebedamento dos “que habitam na terra” com “o vinho” da “prostituição” da igreja romana. Mas, o que é afinal, o vinho da sua prostituição?

Note-se que se trata do “vinho da sua prostituição”. A igreja tornou-se prostituta porque abandonou a Cristo. E somente alguém pode abandonar a Cristo quando abandona a verdade de Cristo, o seu perfeito evangelho que encerra um maravilhoso corpo de doutrinas que constituem o fundamento da verdadeira fé cristã. E não se discute que toda esta preciosa verdade foi abandonada pela igreja de Roma, quando ela se prostituiu, unindo-se a um marido arranjado ilicitamente, o papado, e também por sua união ilegal com César, os governos civis. É claro que, uma vez pondo de lado as santas doutrinas fundamentais da fé apostólica e cristã, pelo abandono de Cristo para unir-se com outros, a igreja papal tinha que arranjar outras (doutrinas) para substituir aquelas. E é o seu corpo de errôneas doutrinas ou ensinamentos, que constitui o “vinho da sua prostituição”, com o qual “os que habitam na terra se embebedaram”. Veja-se Capítulo quatorze verso oito (Apoc. 14:8): O vinho de Babilônia.

Embriagados que estão, pois, as multidões da terra com o vinho da prostituição da “grande prostituta”, não podem entender as verdadeiras doutrinas básicas do evangelho do Senhor Jesus. Suas mentes estão embotadas pelo vinho do erro da “grande Babilônia”; e por mais clara que se torne a verdade de Cristo a seus olhos e seus ouvidos, não a podem crer e aceitar. Estão entorpecidos pelo vinho de Roma. Terrível tragédia para um mundo que poderia ser salvo para Cristo!


A MULHER CAVALGA UMA BÊSTA COR DE ESCARLATA

A mulher santa do capítulo doze representando a igreja de Cristo, foi vista na visão estando nas alturas dos céus sobre um luminoso fundamento. A mulher do capítulo dezessete, a “grande prostituta”, viu-a o profeta, no deserto, lugar da habitação dos demônios.

A besta cor de escarlata sobre a qual a mulher se assenta, tem todas as características do dragão vermelho do capítulo doze e muita semelhança com a besta do capítulo treze. O dragão, diz a própria profecia, é Satanás sendo também Roma-pagã ou Satanás no controle do império romano. A besta do capítulo treze que recebera poder do dragão é Roma-papal, sucessora de Roma-pagã. Assim podemos ter uma idéia da besta sobre a qual a igreja de Roma fora vista “assentada” ou dos poderes que a sustêm no mundo.

Mas, a mulher aparece tão naturalmente cavalgando a besta, sem o uso de freios ou de chicote aparentes, como se a tivesse domado e ensinado a obedecer, às suas ordens de comando. Assim foi a igreja de Roma por 1260 anos, desde 538 a 1798, na supremacia temporal do papado na Europa. O papado é o poder clerical sob um único homem e a igreja é a mão firme propagadora e mantenedora do poder do papado no mundo. Foi pela igreja que o papado pôde subjugar a Europa medieval e reduzi-la à escravidão. A igreja tornou-se igreja do Estado, nos escuros séculos medievais em toda a Europa, e foi tão mais forte que ele que o pôde dirigir a seu bel prazer. Envenenados e entorpecidos pelo vinho da sua prostituição, e sem terem direito a suas próprias consciências, os Estados e os estadistas da Europa nada tinha mais a fazer senão acatar e executar as ordens da igreja, mesmo os mais hediondos crimes contra os santos por ela denominados hereges. O período do consórcio  da igreja católica com o Estado, na Idade Média, foi o pior período jamais registrado na história do mundo.


O CARÁTER DA BÊSTA CÔR DE ESCARLATA  

A “besta cor de escarlata” estava cheia de “nomes de blasfêmias”. O mesmo é dito da besta do capítulo treze “semelhante ao leopardo”. “Nomes de blasfêmias” ou nomes que são blasfêmias. O que é uma blasfêmia? Contra quem somente é possível blasfemar? Blasfêmias são palavras que ofendem, que ultrajam a divindade. Uma blasfêmia não pode ser proferida de homem para homem, porque ambos são humanos. Os homens só podem blasfemar contra Deus, seu Filho e Seu Espírito Santo (Mat.12:31). Assim era a besta sobre a qual a mulher estava assentada – estava cheia de blasfêmia contra Deus, Cristo e Seu Espírito. A Igreja romana se aliou aos poderes da Europa e sobre eles dominou por quase treze séculos. Ela os ensinou a blasfemar contra o Todo-poderoso. (Dan. 7:25 e Apc. 13:5e6)

AS VESTIDURAS DA GRANDE PROSTITUTA  

A púrpura e a escarlata são as principais cores simbólicas da igreja papal. Os mantos usados pelos papas e cardeais são precisamente de púrpura e escarlata. “O trono papal sobre o qual o papa é levado, o pálio que é estendido sobre ele, todo o seu séqüito e ainda ele mesmo, todas as igrejas de Roma, todos os palácios e todos os pavimentos por onde anda, são cobertos de púrpura e escarlata; os cardeais pretendem não só a dignidade real, senão que usam um traje talar vermelho e purpúreo e um chapéu da mesma cor, como o são também até as mantas dos cavalos que montam” (Los Videntes y lo Porvenir, L. R. Conradi, 670). E quem quiser comprovar o cumprimento da profecia com seus próprios olhos, basta dirigir-se a Roma.

Ainda a revelação fala de seus adornos de “ouro, e pedras preciosas e pérolas”. Na verdade miríades de pedras preciosas e pérolas adornam as cerimônias papais. Só a tríplice coroa papal já é o cumprimento da profecia. “Sobre a armação ou esqueleto, forrado de seda, ostenta três coroas de ouro, que levam incrustados tesouros de rara pedraria. No fim, rematando tão preciosa jóia, fulgura a cruz feita com onze soberbos brilhantes de singular limpidez e tamanho” (Algures).

Mas estas evidências purpúreas e as custosas jóias de Roma, não são apenas prioridades do papa e de seus cardeais, mas de seus arcebispos, bispos e igrejas de toda a terra. Isto evidencia que os pormenores proféticos concernentes aos adornos da mulher é mais uma prova inconteste de que ela representa perfeitamente a igreja do papado, o seu instrumento no mundo.


O CÁLICE DE OURO NA MÃO DA MULHER

O cálice, por ser de ouro, símbolo da pureza e da viva fé, devia estar transbordante da pura doutrina e da pura verdade apostólicas. Porém, que diz o profeta continha ele? Oh, viu-o “cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição”!  A igreja que se arroga depositária da verdade pura para o mundo, a ele está dando a beber, em taça de ouro, abominações e imundícias resultantes da sua prostituição.

E, para evidenciar ainda mais o cumprimento da profecia pela igreja católica, lemos na história o seguinte: “Em 1825, por ocasião do jubileu, o papa Leão XII fez cunhar uma medalha que trazia de um lado sua própria imagem, e do outro, a da igreja de Roma simbolizada como uma ‘mulher’ que sustinha em sua mão esquerda uma cruz e na direita um cálice, e tinha em seu redor a legenda, Sedet Svper universvn, ‘todo o mundo é seu assento’” (As Duas Babilônias, Alexandre Hislop, pg 6). Mas a profecia do capítulo dezoito, que também trata da igreja católica, alerta o mundo com estas palavras: “Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras: No cálice em que vos deu de beber dai-lhe a ela em dobro” (Apc.18:6). Esta profecia fala bem alto do que são os ensinos de Roma representados por aquele cálice simbólico de ouro. Estejamos alerta, pois, contra o vinho de Babilônia.


A INSCRIÇÃO  DA  TESTA  DA  MULHER

A primeira palavra é ‘mistério’!  Em sentido geral, a igreja católica é um mistério. Uma igreja que possui as Sagradas Escrituras e pretende ser a sua guardiã e única interprete e ensina doutrinas flagrantemente contrárias às mesmas Escrituras, é isto na verdade um ‘mistério da injustiça’ (II Tess.2:7). Não era um mistério Roma-pagã fazer sua obra pagã em perseguir a igreja cristã, mas uma igreja que se diz cristã e mãe da cristandade, e ainda embriagar-se “do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus”, é um mistério verdadeiro.

“Uma igreja jactando-se a si mesma de ser a noiva, e ainda ser prostituta; intitulando-se a si mesma Sião e ser Babilônia, quando diz a todos ‘vinde a mim’ e a voz do céu clama ‘sai dela, povo meu’ - isto é um mistério” (Source Book for Bible Students, 71). E quem quer que pergunte a razão desta ou daquela, das doutrinas abomináveis de sua taça, a igreja responde por seu clero – Mistério! Sim, mistério (da salvação) é a palavra chave da sua manhosa evasiva para não declarar a realidade de seus ensinos e pretensões anti-evangélicos.

BABILÔNIA é a segunda palavra inscrita em sua testa. Babilônia! Este nome vem de longe e encerra uma história a mais poluída do mundo. Babilônia era em remotos tempos a mais idólatra e a mais prostituída cidade da terra. Falsos ensinos religiosos e prostituição a caracterizavam. A cidade de Babilônia tornou-se a capital de um império mundial que procurou dominar as consciências humanas e impor a sua idólatra religião, que tinha por fundamento a salvação pelas obras em desprezo ao plano original de Deus, da salvação pela fé.

As Sagradas Escrituras contêm decisivas profecias que foram proferidas contra Babilônia por vários profetas. Sua própria destruição e mesmo o estado de suas ruínas, foram traçados por profecias infalíveis e definidas.

Mas, a Babilônia espiritual responsável pela corrupção da fé cristã, é lavrado tão certamente o seu aniquilamento quanto à outra Babel da antiguidade. Numerosos teólogos reconhecem em Roma a Babilônia do Apocalipse. O Dr. Guthrie, da Igreja Presbiteriana, asseverando que sua igreja saiu de Roma, diz por fim: “Saíram de Babilônia limpos?” (O Conflito dos Séculos, E. G. White 382/384), os valdenses “declararam ser a igreja de Roma a Babilônia apóstata do Apocalipse, e com perigo de vida erguiam-se para resistir às suas corrupções” (O Conflito dos Séculos, E. G. White 65).

Inúmeros personagens históricos do cristianismo reconheceram na igreja católica a Babilônia do Apocalipse. Agostinho, Jerônimo, Tertuliano, Primosius em seu comentário, Vitorino bispo de Petau, André de Cesaréia, Eusébio, Clemente de Alexandria, Papias bispo de Hierápolis, Ecumenius, - e numerosos outros antigos e contemporâneos. Entre a antiga Babilônia oriental e a moderna Babilônia mundial, há um paralelo real:

Ambas exerceram poder mundial sobre muitas águas (Jer.51:13 / Apc.17:1 e 15). Ambas embebedaram as nações com vinho duma taça (Jer.51:7 / Apc.17:4). Ambas são idólatras na história. Ambas pretenderam eternidade, supremacia universal, poder sobre as consciências e exerceram crueldade contra o povo de Deus. Mas o fim de cada uma das Babilônias é assegurado sob um mesmo símbolo – o afundamento e o afogamento violento nas águas (Jer.51:61 a 64 / Apc.18:21). E, “caiu Babilônia”, é o grito profético sobre ambas (Jer.51:8 / Apc.14:8). E, um outro grito profético, de alerta ao povo de Deus, é este: “Sai dela povo meu” (Jer.51:6 e 45 / Apc.18:4). Terrível paralelo!


“MÃE DAS PROSTITUTAS E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA”

Mas, quem são estas “prostitutas” das quais a igreja católica é a mãe?  “Como suas filhas devem ser simbolizadas as igrejas que se apegam às suas doutrinas e tradições, seguindo-lhe o exemplo em sacrificar a verdade e aprovação de Deus, a fim de estabelecer uma aliança ilícita com o mundo”. (O Conflito dos Séculos – E. G. White 384/382). Em outras palavras, as “prostitutas” filhas da igreja “mãe”, são as igrejas protestantes que dela saíram e com ela comungam em muitos pontos de doutrinas. O termo Babilônia significa confusão. Deste modo a Babilônia “mãe” e suas filhas são acusadas da confusão reinante no seio do cristianismo com suas centenas de denominações e de falsas doutrinas.

Que a igreja católica é considerada pelo clero como “mãe”, segundo reza a profecia, declara o próprio papa Pio XII, num de seus discursos. Eis suas palavras: “A Igreja é Mãe, ‘Santa Mater Eclesia’, a verdadeira mãe de todas as nações e de todos os povos, assim como de todos os homens individualmente. Precisamente por ser mãe não pertence com exclusividade a este ou àquele povo, mas a todos igualmente. A Igreja é Mãe e portanto não é estrangeira em parte alguma. Vive e por sua natureza deve viver entre todos os povos” (O Conflito dos Séculos – E. G. White 65).


POR QUE A INSCRIÇÃO NA TESTA DA MULHER ?

Na testa, o frontal do cérebro, está a sede da razão e da consciência. Por este motivo não devemos pensar que a igreja católica ignora que ela é o que a inscrição profética diz a seu respeito e pouco se lhe dá de sua condenatória inscrição que traz em seu frontal.


“A mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus”

Cada detalhe da profecia é comprometedor contra a mulher romana. Esta nova denúncia torna claro o fato de que a revelação de Deus adverte o mundo, denunciando a igreja de Roma como anti-cristã. Perseguir seus santos e suas testemunhas, disse Jesus, é a mesma coisa que perseguir a Ele próprio (Lucas 10:16). A expressão – estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus – revela as extensas carnificinas da igreja papal e o grande derramamento de sangue que lhes causou. Sobre as perseguições desta igreja contra os santos, está mencionado na explanação do verso 7 do capítulo 13 (Apoc. 13:7).
AS SETE CABEÇAS DA BESTA

VERSOS 7-11 “O anjo, porém, me disse: Por que estás admirado? Eu te explicarei o mistério da mulher e da Besta com sete cabeças e dez chifres que a carrega.
A Besta que viste existia, mas não existe mais; está para subir do Abismo, mas caminha para a perdição.
Os habitantes da terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo, ficarão admirados ao ver a Besta, pois ela existia, não existe mais, mas reaparecerá.
Aqui é necessário a inteligência que tem discernimento: as sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais cinco já caíram, um existe e o outro ainda não veio, mas quando vier deverá permanecer por pouco tempo. A Besta que existia e não existe mais é ela própria o oitavo e também um dos sete, mas caminha para a perdição.


O profeta maravilhou-se da estranha mulher

Não era para menos o profeta maravilhar-se desta estranha mulher, depois de ver em visão anterior uma linda mulher, simbólica da Santa Igreja de Cristo, perseguida tenazmente pelo dragão. Agora na visão desta mulher, “embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus”, o profeta pode compreender quem o dragão usaria para perseguir a linda mulher – a Igreja de seu amado Mestre. As perseguições do paganismo que dizimaram a igreja cristã e que ele também sofria, não eram para ele admiração. Mas quando viu que uma igreja nominalmente cristã desembainharia a espada contra a verdadeira igreja de Cristo, para ele isto foi uma grande admiração. Porém, o anjo, dada a sua admiração, prontificou-se a lhe dar novos detalhes identificativos da mulher e da besta que ela cavalgava.

AS TRES FASES PROFÉTICAS DE ROMA

O quarto animal do capítulo sete do livro de Daniel é definido no próprio capítulo como o quarto reino da terra. O dragão do capítulo doze do Apocalipse é em primeiro lugar emblema de Satanás, depois de Roma, pois os dez chifres o identificam com o quarto animal de Daniel sete citado, que é Roma pagã, e S. João contemplou esta potência com mais os detalhes das sete cabeças. Sendo, pois, o dragão, o império romano, suas sete cabeças são impreterivelmente romanas, por meio das quais o império ou o dragão falava e governava. Doutro lado, o dragão está ligado à história da igreja cristã da nova dispensação, não podendo ele representar poderes anteriores a Roma e nem mesmo nesta profecia relacionar-se com a igreja israelita da velha dispensação.

No capítulo que estamos considerando, a besta escarlata com sete cabeças e dez chifres é identificada pelo quarto animal da profecia de Daniel, pelo dragão do Apocalipse doze e pela besta semelhante a um leopardo do Apocalipse treze, como sendo a mesma potência perseguidora – Roma. Mas, na história profética de Roma, vemos que esta potência tem três fases distintas.

Em suas formas - pagã e papal, é apresentada como um poder perseguidor e opressor do povo de Deus e denominada na profecia como – “a besta que era”. Quando em 1798 Roma, na forma papal, recebera a ferida mortal da espada de França revolucionária e deixou de existir como poder temporal, a profecia, desde então, a considera como – “besta que... já não é”.  Porém, quando num futuro próximo, em harmonia com várias profecias bíblicas, Roma papal ascender a seu antigo despotismo temporal e novamente tornar-se poder opressor do povo de Deus e das consciências dos homens, então a profecia a considerará – “a besta que... há de subir do abismo” Do abismo da confusão e do caos reinante no mundo internacional – religioso e político – surgirá outra vez Roma, para infligir novamente o seu tacão sobre todos os que não lhe deram irrestrito apoio e não lhe submeteram suas consciências. E novamente o mundo ver-se-á envolto pelos escuros séculos da Idade Média e suas despóticas tragédias. Mas, graças a uma cláusula desta profecia, o poder romano a ressuscitar “irá à perdição” ou será aniquilado pelos séculos eternos sob o poder de Deus e de Jesus Cristo. Tudo isto constitui uma solene advertência de Deus a todo homem e toda mulher sinceros, a não ter nenhum compromisso com o poder romano sentenciado a perecer.


AS SETE CABEÇAS DA BESTA

O profeta é muito explícito: “Aqui é necessário a inteligência que tem discernimento: as sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais cinco já caíram, um existe e o outro ainda não veio, mas quando vier deverá permanecer por pouco tempo. Apc.17:9-10.

Quão clara é a definição inspirada: “As sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está assentada”. Aqui está o assento ou o local, sede de Roma apontado pela revelação. Uma cidade, é claro, edificada sobre sete montes ou colinas. Pois, no versículo 18 lemos: “E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra”. Não era propriamente a cidade que reinava, e sim o poder que nela tinha seu assento. E não é a cidade de Roma chamada – “a cidade das sete colinas”, denominadas: Aventino, Palatino, Quirinal, Viminal, Ceoli, Janículo e Esquilino? – as sete cabeças são as sete colinas de Roma (Bíblia de Jerusalém- Edições Paulinas, com imprimatur da Igreja Católica, em 01/11/1980- Paulo Evaristo Card.Arns, observação “m”, referente ao verso 3 do capítulo 17 do Apocalipse). Não dominou o poder romano, quer pagão quer papal, “da” cidade de Roma? Assim em primeiro plano, dentro do verso, as sete cabeças apontam para a cidade de Roma e significam Roma.

Em segundo plano, as sete cabeças são emblemas de “sete reis”, como as são dos sete montes de Roma. Isto é, “sete reis” que exerceram seu domínio do local já definido, “sobre os reis da terra”. Pois, o versículo 18 citado enfatiza que os sete montes e os sete reis, estão ligados à história da cidade de Roma, donde o poder romano foi exercido ao mundo. Os poderes que antecederam Roma no cetro mundial não governaram de Roma, portanto as sete cabeças que são também “os sete reis, ou sete poderes governantes” jamais apontam outro poder mundial antecedente a Roma.

Mas, se em Roma só governaram romanos, que “sete reis” são estes da explanação da profecia? A palavra “reis”, do original grego, vem do vocábulo “basileus” que também significa “dignidades“; Deste modo temos que o poder romano exercido de Roma caracterizou-se, em sua história, por sete dignidades políticas governativas.

E a historia romana fornece-nos exatamente estas sete dignidades:

1º► Reis (753 AC);
2º► Cônsules (510 AC);
3º► Ditadores (500 AC);
4º► Tribunos (493 AC);
5º► Decênviros (450 AC);
6º► Imperadores (30 AC);
7º► Papado (538 A.D.).

Os cônsules depuseram a realeza e estabeleceram a república; os ditadores eram nomeados como tais quando necessário para salvar a pátria em perigo; os tribunos eram os defensores dos direitos da plebe; os decênviros eram os redatores das leis; os imperadores eram, de fato, os únicos administradores do império; e o papado, que “desde o inicio da Idade Média exerciam os papas poder temporal, ou seja, o governo efetivo sobre Roma e a parte central da Itália”. Os estados pontifícios ocupavam área aproximada de 41.000 Km² (BARSA – Vaticano).

Em sua exposição detalhada, refere a inspiração que, ao tempo desta profecia no ano 95 AD, cinco das sete “dignidades” já haviam caído, isto é, as cinco primeiras. Uma delas, a sexta, existia reinante, que era a imperial, na pessoa dos imperadores, que suplantou as cinco primeiras em esplendor político. A sétima “dignidade” viria no futuro, após a queda da imperial. E, ao cair Roma Imperial em 476 AD, a “dignidade” que se seguiu foi a papal, a sétima cabeça do dragão chamada ainda romana.


E QUANDO VIER CONVEM QUE DURE UM POUCO DE TEMPO

Qual seria o “outro rei” de Roma ou a outra fórmula de poder romano que viria, e duraria “um pouco de tempo”? A resposta é evidente e sobeja. A sexta fórmula, reinante ao tempo desta visão dada ao apóstolo João, era a Imperial que, como vimos caiu em 476 AD; E a sétima fórmula ou o sétimo “rei” de Roma que viria ao cair a sexta, foi o papado romano de 538 a 1798.

Entre as tantas evidências de que o papado é a sétima cabeça do dragão e das duas bestas – dos capítulos treze e dezessete – a continuação da antiga Roma-Cesariana, contam-se estas: Seu nome é romano, pois assim se denomina a si mesmo; a sede de seu trono mundial é a mesma Roma de Rômulo e dos Césares; arroga as mesmas pretensões romanas, pretende títulos divinos como os imperadores romanos; seu idioma é o mesmo da velha Roma – o latim; blasfema de Deus como os seis anteriores “reis” de Roma; e propaga a idolatria como Roma-pagã. Verdadeiramente o papado é a sétima cabeça da besta cor de escarlata, e da outra do capítulo treze, bem como do dragão vermelho do capítulo doze ou o próprio Império Romano sob um novo aspecto. E durou “um pouco de tempo” realmente, aliás, 1260 anos, desde a supremacia papal em 538 ad. A 1798 quando a França cumprindo outra profecia divina, arrebatou-lhe o poder temporal que exercia na Europa.


O OITAVO “REI” DE ROMA

O versículo onze é idêntico à primeira parte do versículo oito. Em paralelo temos os dois textos assim: “A besta que existia e não existe mais; está para subir do abismo, é ela própria o oitavo e é dos sete, mas caminha para a perdição”. Bem definida é a profecia.

A versão de João Knox reza assim o versículo onze: “E a besta que uma vez viveu e agora está morta, deve ser reconhecida como o oitavo e é dos sete; mas ela encontrara o caminho que a levará à sua destruição”. Diante deste texto mais esclarecido, conviemos que o poder romano ia morrer. No capítulo treze versículo três, é isto enfatizado no que respeita a Roma-papal, nas seguintes palavras: “E vi uma de suas cabeças como ferida de morte”. No capítulo dezessete é dito que a besta morreu, e pelo capítulo treze notamos que ela morreu porque “uma de suas cabeças” foi “ferida de morte”. Assim a besta é o que são as suas cabeças. Morrendo ou sendo morta a sua cabeça reinante – morre ou é morta propriamente a besta. E a única vez que foi morta uma de suas cabeças e bem assim a própria besta ou poder romano, foi em 1798 quando o exército francês revolucionário destituiu o papado do seu poder temporal e aprisionou o Papa Pio VI que, levado para a França, ali morreu. Portanto, desde que o poder romano foi fundado em 753 AC, com Rômulo, só em 1798 AD é que este poder foi morto. Pois, na profecia, o poder romano é um só, quer na fórmula pagã quer na papal; a besta é um único poder e suas sete cabeças representam-na em toda a sua história. A fórmula papal de Roma foi apenas uma transição deste poder do paganismo real para o cristianismo irreal.

Deste modo, a explanação mais completa do versículo onze, é a seguinte: “A Besta que existia (viveu) e não existe mais (morreu)”, é o poder romano transmudado de pagão para cristão ou de civil para eclesiástico. E, o oitavo rei de Roma, que será uma das sete cabeças e que também há de ser a própria besta ressurreta, é a mesma cabeça ferida de morte, “cuja ferida mortal foi curada(Apoc.13:12), ou a própria besta em sua fase papal morta em 1798.

Assim o oitavo “rei” de Roma, só poderia surgir posteriormente ao ano 1798, porque até este ano dominou de Roma o sétimo “rei”, o papado. Ora, das sete cabeças da besta escarlata ou dos “sete reis” que elas representam, o oitavo que é um dos sete e vem se restaurando desde 1800, é o papado. O poder que Roma-papal exerceu no passado foi sobre os dez reinos do versículo doze, e a restauração completa de seu poder será em um novo consórcio entre Igreja e Estado. O versículo três do capítulo treze, encerra com mais evidencia a futura restauração total do poder temporal do papado – como o oitavo dos “sete reis”. Porém, segundo assegura ainda a profecia, este poder caminha para a perdição, como já foi visto, sob os juízos de Deus.


OS DEZ CHIFRES DA BESTA

VERSOS 12-14 – “Os dez chifres que viste são dez reis que ainda não receberam um reino. Estes, porém, receberão autoridade como reis por uma hora apenas, juntamente com a Besta. Tais reis têm um só desígnio: entregar seu poder e autoridade à Besta. Farão guerra contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, e com ele vencerão também os chamados, os escolhidos, os fiéis.”

OS DEZ REIS OU REINOS

Os dez chifres, reza a profecia, são dez reis ou reinos, que aparecem em varias profecias dos livros de Daniel e do Apocalipse. Em qualquer uma destas profecias vemos que os dez reinos saíram do império romano ou o dividiram entre si, e são eles: Francos (França), Alamanes (Alemanha), Anglo Saxões (Inglaterra), Lombardos (Itália), Visigodos (Espanha), Suevos (Portugal), Borgundos (Suíça), Ostrogodos, Hérulos, e Vândalos. Estes três últimos foram removidos pelo papado, isto é, destruídos por serem seus oponentes. Foi em meio destes reinos que surgiu o papado, como esclarece a profecia do capitulo sete do livro de Daniel. Ao tempo de S. João, estes dez reis não haviam recebido reino, pois nem mesmo existiam como reinos; mas reinariam conjuntamente com a Besta, o papado, por uma hora.

O vocábulo grego “oran” – hora, tem três significados: 1) “Um espaço definido de tempo, uma estação; 2) uma hora (de 60 minutos – Atos 5:7); 3) o tempo particular para alguma coisa (S.Lucas 14:17)” (A New Testament Interlinear Whit Lexicon Synonims, 109). Vemos que o vocábulo “hora”, também significa em grego mais do que uma hora literal – o tempo particular para alguma coisa. Os dez reinos não poderiam reinar com a Besta apenas uma hora de 60 minutos. Com ela reinariam o tempo – particular para alguma coisa - que ela reinasse. E o papado, a sétima cabeça da Besta ou a Besta, reinou por um tempo (538 a 1798 AD) 1260 anos de reinado temporal, não um “oran” de 60 minutos, mas de séculos em que os dez reinos reinaram com ele.


Entregarão o seu poder e autoridade à Besta

Isto é também confirmado no capítulo treze. Poder e autoridade dos reinos europeus para atuar à sua vontade. Durante o reinado deles com a Besta papal, 538-1798, isto foi plenamente confirmado. A França foi a primeira potência a entregar-lhe o poder e autoridade. E o papado com o poder e a autoridade dos potentados em suas mãos, tornou tal aquele “oran” em que eles reinaram, que a história chegou a denominá-lo de “Idade Escura”. Seriam necessários não poucos volumes para descrever todos os crimes, todas as astúcias e todos os deboches daquele “oran” crucial para a Europa e o mundo sob o papado.

Estes combaterão contra o Cordeiro

O Cordeiro é Jesus Cristo. Contra Ele de fato combateram os dez reinos europeus irmanados com a Besta. Dela receberam e executaram ordens contra o povo de Deus. O sangue dos “santos e das testemunhas de Jesus” foi por eles derramado em profusão no solo europeu, por ordem da besta-papal. Por milhões, dezenas de milhões, contou-se o número das vítimas. Batalhavam contra o cordeiro batalhando contra o Seu povo por ordem da besta-romana. Todo o poder que se alia com a besta, batalha contra o Cordeiro, pois do contrario não deveria com ela aliar-se.

Quem poderá vencer o Cordeiro de Deus? Quem vencerá os que estão com Ele? No capítulo seis é referido que, aos milhões que foram chacinados por aqueles reinos sob as ordens da besta, “foram dadas a cada um compridas vestes brancas”, emblema de vitória.

AS ÁGUAS QUE VISTES

VERSO 15 – “E continuou: As águas que viste onde a Prostituta está assentada são povos e multidões, nações e línguas”.

O versículo dezoito contém a explanação do primeiro referente às águas onde a “grande prostituta” estava assentada. Ela fora vista assentada sobre uma besta cor de escarlata com “sete cabeças e dez chifres”, as cabeças representando Roma e os dez chifres a Europa. Aí estão os “povos e multidões, nações e línguas”, sobre os quais a mulher estava assentada, a todos dirigindo a seu prazer sem lhe dizerem – não.

Os dez Reinos e a besta odiarão a prostituta

VERSOS 16-17 – “Os dez chifres que vistes na Besta, contudo, odiarão a prostituta e a despojarão, deixando-a nua: comerão suas carnes e a entregarão às chamas, pois Deus lhes colocou no coração realizar o Seu desígnio: entregar sua realeza à Besta, até que as palavras de Deus estejam cumpridas”.

Estes versículos falam bem alto do juízo contra a igreja apóstata, que infligiram os dez reinos europeus, depois de por algum tempo lhe terem emprestado o poder e autoridade. Em 1798 França foi a primeira nação sujeita a dar-lhe o golpe. E as demais cortaram com ela as suas relações de Igreja e Estado, unidos. A igreja ficou abandonada e privada de suas carnes, isto é, de seus chamados Estados vassalos. Como que queimada no fogo, ficou seu poder reduzido aos edifícios do Vaticano. Foi isto que o anjo dissera ao profeta no princípio da visão: “Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está sentada a beira de águas copiosas”. E este juízo dos dez reinos estava em harmonia com a vontade de Deus. Todavia a condenação sê-lo-á completada por Deus.

A MULHER QUE VISTE

VERSO 18 – “A mulher que viste, enfim, é a Grande Cidade que está reinando sobre os reis da terra”.

Qual a cidade que reinava sobre os reis da terra nos tempos do profeta S.João? A resposta é uma só: Roma. Ora, uma mulher profética nunca foi apresentada como emblema de cidade. Na verdade não era a cidade de Roma que reinava sobre os reis da terra, mas o poder romano que nela tinha o seu assento. A mulher – emblema de igreja conforme a carta aos Efésios cap.5 - vista sobre a besta, na visão, não era a cidade de Roma, mas a igreja assentada sobre Roma e que de Roma reinou sobre os reis da terra ao cair o poder romano civil. A declaração de que a mulher era a cidade de Roma, foi apenas uma orientação, dada ao profeta pelo anjo que o assistia, no pleno cumprimento da profecia.



Texto Extraído do livro "A VERDADE SOBRE AS PROFECIAS DO APOCALIPSE" - A. S. Mello

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