quarta-feira, 11 de abril de 2012

Cap. 13 - A Intolerância Religiosa na Era Cristã

CAPÍTULO XIII

A INTOLERANCIA RELIGIOSA NA ERA CRISTÃ

INTRODUÇÃO

 Este décimo terceiro capítulo cobre mais de doze séculos de intolerância religiosa e ainda conduz a um negro futuro próximo para os fieis cristãos. Dois poderes intolerantes do mundo cristão nos deparam esta profecia. Duas bestas (poderes) sem paralelo são apresentadas nesta revelação por cujos símbolos, tratam respectivamente de Roma-papal e do Protestantismo-estadunidense.

Posto que, Roma-papal e o Protestantismo arroguem simultaneamente o direito eclesiástico divino, e por esta pretensão se digladiem e se acusem mutuamente, apresenta-nos o espelho infalível da revelação, o verdadeiro caráter de ambas. São evidentemente apresentados como poderes perseguidores do povo de Deus. Declarações indubitáveis desta inspiração dão-nos conta da procedência ou da verdadeira origem destas duas bestas. A clareza da profecia não autoriza encobrir a verdade, pelo que o autor (João) não podia deixar de explaná-la com suas devidas cores, a não ser que quisesse cair no desagrado do Revelador.


A BESTA QUE SUBIU DO MAR

Uma besta sem paralelo

VERSOS 1-2 - Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres dez diademas e sobre as cabeças nomes de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade”.


A identificação da Besta

As águas do mar nas profecias inspiradas, simbolizavam povos, multidões, nações e línguas (Apoc. 17:15); e uma besta é símbolo de poder dominante - civil ou eclesiástico, conforme indica o teor da profecia (Dan. 7:17). Portanto, nos emblemas das águas e da besta, viu o profeta levantar-se dentre as nações um poder que sobre elas exercia o seu domínio. E tudo, em cada detalhe desta revelação, demonstra que a besta nela contida em símbolo, não é um poder civil e sim eclesiástico, e pelos detalhes especiais da descrição da visão, nos é assegurado ser emblema de Roma-papal, sucessora de Roma-pagã, cuja história veremos traçada com irrecusável fidelidade nesta inspiração.


 A ESTRANHA APARÊNCIA DA BESTA

Em si mesma é ela semelhante ao leopardo. O leopardo é uma fera carniceira, ágil, astuta e traiçoeira, da família que compreende o jaguar, a onça e a pantera. Porém, os pés da besta são de urso! É em seus pés, com garras aduncas e aguçadas, que tem o urso a sua maior força ou o seu poder de subjugar e destruir. E, quando anda o urso, senta ele toda a planta do pé no chão, como o homem, e sob seu enorme peso, seus pés dão a impressão de amassar e arrasar tudo à sua passagem. Mas, ai, a besta tem também boca de leão! E é importante que ela tenha uma única boca, embora tenha sete cabeças, apenas existem para identificá-la com Roma, e suas pretensões. “E a sua boca”, reza a profecia, falando de uma só, era “de leão”. Esta é a boca da cabeça dominante, propriamente a cabeça da besta. O leão causa mais terror com a sua boca do que mesmo com sua aparência de rei dos quadrúpedes, posto que seja o mais poderoso deste grupo de animais, é em sua boca que reside o segredo de seu poder sobre o seu reino. A um urro seu, todos os súditos do seu domínio estremecem e fogem, se o puderem fazer. Seu urro é emblema de poder, autoridade, pretensão, orgulho e absurda supremacia sobre os que julga impotentes ante seu poder.

Analisando mais concretamente o poder papal representado nos emblemas dos três quadrúpedes, temos que ele é inteiramente contrário à natureza do meio em que exerce o seu poder. No símbolo de um leopardo, deparamos sua sagacidade e presteza na consecução de seus fins; na figura dos pés de urso, vemos a sua força e o seu poder subjugador sobre os seus oponentes; e, na boca simbólica de leão, vemos o seu orgulho e as suas arrogantes pretensões expressas em suas declarações de supremacia mundial. Tudo isto parece ter a besta herdado dos animais representativos dos grandes impérios opressores e arrogantes da história, que no passado arruinaram o mundo com suas pretensões, suas conquistas e suas destruições desumanas.

Em outras palavras, a besta traz na boca de leão, o orgulho de Babilônia; nos pés de urso os horrores da Medo-Persa; no corpo de leopardo, o sistema filosófico humano inútil da antiga Grécia; e, nas suas cabeças simbólicas, o poder implacável da férrea Roma dos altivos Césares (Dan. 7:1-8). Tal é o simbolismo de Roma na sua fase papal, cujo cumprimento encontramos nas páginas da história, até nos seus mínimos detalhes.


AS SETE CABEÇAS E OS DEZ CHIFRES

As sete cabeças vemo-las referidas como cabeças do “dragão do capítulo doze”. Agora, as temos como cabeças da besta representativa de Roma papal, tendo cada uma, não mais diademas ou função política, mas um nome de blasfêmia.

Quanto aos dez chifres, vemo-los primeiramente no quarto animal emblemático de Roma pagã do capítulo sete do livro de Daniel; nas cabeças do dragão vermelho do Apocalipse, sem diademas ou função política paralela com Roma pagã; nas cabeças da “besta semelhante a um leopardo” e nas cabeças da “besta cor de escarlata”. Mas, ao terem eles diademas somente nas cabeças da besta que consideramos, indica que se constituiriam em reinos ao constituir-se a besta papal um poder temporal e que com ela reinariam paralelamente, ao passo que as cabeças referentes ao dragão, ou Roma pagã, perderiam seus diademas ou sua ação política governativa na fase de Roma papal.

No capítulo dezessete temos bem definidos as sete cabaças e os dez chifres e suas relações para com a besta “semelhante ao leopardo” e dela para com eles.


IDENTIDADE COM A PONTA PEQUENA DE DANIEL SETE

A besta “semelhante ao leopardo”, está plenamente identificada com a “ponta pequena” de Daniel sete:


A PONTA PEQUENA DE DANIEL SETE

1.  Saiu da cabeça do quarto animal ou de Roma pagã.

2.  Cresceu no meio dos dez chifres ou na Europa.

3.  Tem olhos como olhos de homem.

4.  Uma boca que fala grandiosamente.

5.  Proferirá palavras contra o Altíssimo.

6.  Faria guerra aos santos e os vencia.

7.  Supremacia por um tempo, dois tempos e metade de um tempo ou 1260 dias ou 1260 anos.

8.  Mais firme que os dez chifres ou reinos europeus.


A BESTA DO APOCALIPSE TREZE

1.  O dragão ou Roma pagã deu-lhe o seu poder.

2.  Os dez chifres ou a Europa sob seu controle.

3.  Seu poder concentrado num homem.

4.  Uma boca para proferir grandes coisas.

5.  Abriu a boca em blasfêmias contra Deus.

6.  Foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vence-los.

7.  Supremacia por quarenta e dois meses ou 1260 dias proféticos ou 1260 anos.

8.  Deu-lhe o dragão o seu poder, seu trono e grande autoridade.


O PODER DA BESTA

A besta não exerce propriamente o seu poder. Em primeiro plano informa a revelação que o dragão lhe deu o seu próprio poder. Assim o poder que ela exerce é o poder do dragão. Isto mesmo escrevera S. Paulo antes de S. João, sobre a besta: “Aquele cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás...” (II Tess. 2:9). Em segundo plano, o dragão deu-lhe o seu poder através de Roma pagã. Não podemos olvidar que o Império Romano foi, nos seus dias, um dos mais gigantescos sistemas político-religiosos conhecidos no mundo. O paganismo era a sua religião oficial, a própria vida do Império e a sua força como poder conquistador das nações. Porém, a transferência das sete cabeças e dos dez chifres do dragão simbólico de Roma-pagã à besta simbólica de Roma-papal, é evidencia de que houve uma mudança no caráter do Império, ainda que sua essência sobrevivesse.

Vimos já que o Império Romano, em virtude da invencibilidade do cristianismo, abjurou o paganismo e tornou-se um Império Cristão, aliás, fortemente cristão. Os imperadores, desde Constantino até o último deles, não só abraçaram o cristianismo-papal-romano, como promoveram o seu avanço dentro das fronteiras do Império. E, depois da queda de Roma Imperial cristianizada, os dez reinos, considerados na profecia como romanos pelo fato de serem parte integrante do quarto animal na profecia de Daniel sete, representativo de Roma-pagã e terem dividido esta entre si, também abraçaram o cristianismo papal. Pelo acontecido, vemos uma mudança no caráter do Império Romano, e mudança religiosa: assim, sendo que o dragão era representativo da primeira fase de Roma – a pagã, e por isso mesmo não podia representar a segunda fase de Roma – a papal – no mesmo emblema de dragão, a revelação proveu um outro emblema de Roma – a besta semelhante a um leopardo. Todavia o poder encerrado no símbolo da besta, continuou sendo ainda romano, disto testificando as sete cabeças e os dez chifres do dragão que lhe foram transferidos. Assim deparamos, evidentemente, a transferência do poder do dragão – de Roma-pagã para Roma-papal. O poder continuou o mesmo em essência, tão somente sofrido uma metamorfose – do paganismo declarado para um paganismo cristianizado.


O TRONO DA BESTA

O dragão não só deu à besta o seu poder como também o seu próprio trono no mundo. Lembremo-nos de que Satanás uma vez dissera que ia estabelecer o seu trono (Isaias 14:13-14); que a Jesus disse ser senhor do mundo (Mateus 4:8-9); e que o próprio Senhor Jesus dissera que Satanás era o príncipe deste mundo (João 14:30). Disto infere-se que Satanás ao tempo de Cristo e da revelação do Apocalipse, tinha o seu trono no mundo. E, apresentando-se naquele tempo a Jesus como dominador do mundo, é evidente que o seu poder era exercido através do Império Romano que impunha seu cetro sobre as nações. Diante disso, onde estaria seu trono mundial senão em Roma? E assim, no trono de Roma pagã foi Roma papal empossada - O dragão não só deu à besta o seu poder como também o seu próprio trono no mundo, e isto desde o tempo de Constantino, é reconhecida como soberana, no mesmo trono, por Justiniano, Imperador do Oriente, e pelas nações européias depois da conquista de Roma Imperial Ocidental, que governaram segundo os seus ditames. Isto prova sobejamente ter o dragão dado à besta o seu trono e o seu poder, representado nas sete cabeças romanas, e o seu grande poderio ou domínio representado nos dez chifres ou a Europa.

Portanto pode-se afirmar que espiritualmente Roma papal é a continuidade do Império Romano, pois traz suas características em caráter e obras. No livro “O Vaticano Potência Mundial”, lê-se esta frase: “Uma coisa é certo: que a antiga Roma subsiste na Roma cristã”. O Vaticano Potência Mundial, Joseph Bernhart, 195. E em verdade este poder mesmo testifica que seu nome é romano, e ainda tem sua sede e seu trono em Roma, seu idioma é romano, suas pretensões são romanas e seu soberano absoluto pretende deificação como os soberanos da velha Roma.

Deste modo o símbolo da besta, como a maioria dos protestantes tem crido, representa o papado, que se sucedeu no poder, trono e poderio uma vez mantidos pelo antigo Império Romano.


A CHAGA MORTAL CURADA

VERSO 3 – “E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada, e toda a terra se maravilhou após a besta”.

“E vi uma de suas cabeças como ferida de morte”. – A chaga mortal foi vibrada indubitavelmente sobre a sétima cabeça, que segundo o capítulo dezessete e estas considerações, é a própria besta semelhante ao leopardo – o papado. E como a sétima cabeça ou Roma papal recebeu a ferida mortal, diz-nos enfaticamente a história ligada às conquistas francesas de Napoleão, na Europa. Um dos objetivos de Napoleão era acabar com o papado.

Uma das primeiras medidas do novo governo foi expedir uma ordem a José Bonaparte, em Roma, para promover nos estados do país por todos os meios ao seu alcance, a revolução que se aproximava; sobre todas as coisas, cuidar que, à morte do papa (ele estava doente, 1797), nenhum sucessor fosse eleito à cadeira de S. Pedro. La Revelliére Lépaux, presidente do Diretório, escreveu a Napoleão: “Com respeito a Roma, o Diretório cordialmente aprova as instruções que destes a vosso irmão, no sentido de impedir seja indicado um sucessor a Pio VI. Devemo-nos apoderar das presentes circunstancias favoráveis para libertar a Europa da pretensa supremacia papal”.

E esta aspiração de França concretizou-se em virtude dos sucessos ocorridos em Roma, nos derradeiros dias do ano de 1797. A 27 de dezembro, numa dessas rixas junto ao palácio da embaixada, foi morto com um tiro o general francês Duphot, enquanto procurava acalmar a excitação dos soldados pontifícios. O embaixador francês, José Bonaparte, partiu imediatamente para Paris; e a 11 de janeiro (1798), o general Berthier, que substituíra Bonaparte no comando do exercito da Itália, recebeu instruções do Diretório, para vingar no Estado Romano aquele horrendo crime.

A 10 de fevereiro surgiu com o exército junto da cidade eterna, onde entrou no dia seguinte com 9.000 homens. A 15 de fevereiro foi plantada no Capitólio uma árvore da liberdade, e o general Berthier depois de ter feito redigir por cinco notários, um documento em que o povo romano se declarava livre, compareceu também no Capitólio com todo o seu Estado Maior, para confirmar o que se tinha feito e apresentar ao espírito de Catão, Ponpéu, Bruto, Cícero e Hortência as homenagens dos descendentes livres dos gauleses. Rodolfo Manuel Haller, tesoureiro do exército italiano, foi comunicar brutalmente ao papa que então contava perto de oitenta anos, que o povo romano tinha proclamado a sua independência e já não o reconhecia como soberano político. Tiram ao pontífice a sua guarda suíça e oferecem-lhe o laço tricolor da nova república. Renunciando espontaneamente ao domínio temporal, o papado poderia conservar a dignidade espiritual e a república francesa garantir-lhe-ia uma pensão de 300.000 francos. Caso contrário, isto é, se, se recusasse a abdicar, privá-lo-iam de tudo, inclusive da liberdade individual. O papa não quis abdicar e a 18 de fevereiro Haller voltou ao Vaticano. Sem se descobrir entrou na sala onde o papa estava a almoçar e exigiu-lhe a entrega das suas jóias. Tirou-lhe dos dedos dois anéis preciosos e intimou-o a preparar-se para deixar o palácio e a cidade de Roma. Como o papa pedisse que o deixassem morrer na capital do mundo cristão, foi-lhe respondido: “podeis ir morrer em qualquer outro sítio. Ou partis espontaneamente ou podeis ir à força. Escolhei”. Na manhã de 20 de fevereiro foram busca-lo no Vaticano, metendo-o à pressa numa carruagem, que o levou a Siena, onde ficou provisoriamente alojado no convento dos Agostinianos. História Universal, G. Oncken, Vol. XIX pág. 804-805 Posteriormente, Pio VI foi levado a Florença e daí para o convento dos Cartuxos. No ano seguinte transportaram-no numa padiola através de Turim, por cima dos Alpes, para Grenobla, e afinal para a cidade de Valence, no Delfinado, França, onde morreu a 20 de agosto de 1799.


A SORTE DOS CARDEAIS

Com voz deprimida e queixosa expressaram sua completa desistência de todo o governo temporal. A dignidade mesma de cardeal e a presença em Roma dos que eram revestidos dela, são incompatíveis com a nova ordem de coisas. Chegara o momento de proceder com grande severidade. Entre os cardeais não se teve consideração nem para com aquele cuja avançada idade e estado enfermo os requereram. Escarnecidos quase todos eles, aprisionados e despojados de tudo, apressaram a afastar-se de Roma, em busca de algum retiro onde poder gozar de descanso que era o único bem de que pensavam poder gozar. Apenas ficou estabelecido o novo governo, quando já não se via nem vestígio do antigo. Pio VI, págs. 595-603 , citado em Los Videntes y lo Porvenir, 568.


A FERIDA MORTAL CONFIRMADA

A queda temporal do papado causou imenso júbilo na França revolucionaria. A propósito, Merlin, então presidente do Diretório, pronunciou, no conselho dos quinhentos, a10 março de 1798, o seguinte discurso:

"Este poder estava em contradição com as doutrinas fundamentais que pretendia reconhecer. Aceitava o nome cristão para poder aviltá-lo, aniquilava ainda a religião que pregava, pretendendo que seu reino não era deste mundo e não obstante queria arrogar-se o domínio universal. Há 14 séculos demandava à humanidade o aniquilamento de um poder oposto à sociedade, mas havia coberto a Europa de fogueiras e a havia regado com sangue, se havia assenhoreado das consciências, e que havia queimado em Constança e para honrar ao céu, aos desditosos João Hus e Jerônimo de Praga, e que havia disposto bárbaros sacrifícios nas Índias Orientais e Ocidentais. Quantos males, mortes e abominações havia causado a política papal principalmente na França! Quantas guerras civis havia originado! Em virtude dos sentimentos que abrigavam ainda alguns franceses obcecados por consideração aos papas, havia-se tido considerações até então para com Roma. Porém a medida das iniqüidades estava já cheia. À petição dos cidadãos romanos entrou Berthier em Roma"

"QUE RASGO NA HISTÓRIA UNIVERSAL, pelo que, os cônsules romanos mandaram um ministro a Paris para dar graças aos franceses pelo auxilio magnânimo que estes prestaram para libertar Roma".

Depois de lida esta mensagem no conselho dos anciãos, apoderou-se de todos, o júbilo, e Bordas pronunciou a oração fúnebre do papado. Correspondent, 14 de março de 1798.

É de sumo valor profético a data de 10 de março de 1798, o reconhecimento da extinção do papado pelo Diretório revolucionário de França. Cerca desta data, 1260 anos atrás, o papado teve seu caminho desimpedido com a derrota dos ostrogodos que cercavam Roma, e que constituíam o último obstáculo à carreira papal. Diz o historiador Guilherme Oncken: “Os ostrogodos, em tão fatal situação e faltos de víveres, levantaram o sítio de Roma, que haviam durado um ano e nove dias, desde o mês de fevereiro de 537 até março de 538...” História Universal, G. Oncken, (em espanhol) pág. 570. Deste modo vemos que o período de supremacia papal de 1260 anos, conforme reza a profecia, cumpriu-se perfeitamente. Apocalipse 11:2,12:14, 13:5, Daniel 7:25.


E A SUA CHAGA MORTAL FOI CURADA

Esta sentença profética testifica que o papado voltaria a reassumir a sua preponderância sobre as nações. E isto exigiria, antes de tudo, a eleição de um novo papa. Durante dois anos o mundo não teve papa. Porém, a República francesa, na Itália, caiu dois anos após seu estabelecimento, e os cardeais dispersos, reuniram-se em Veneza, em número de 35, e elegeram a 14 de março de 1800 um novo papa, o cardeal Barnabé Luiz Gregório Chiaramonti, que tomou o nome de Pio VII. Este foi o primeiro passo para a cura da chaga mortal que sofrera o papado e para a sua restauração ao antigo poder temporal. A própria França reatou relações com o papado, e Napoleão convidou Pio VII para ir a Paris sagra-lo imperador dos franceses, cerimônia esta que se realizou a 02 de dezembro de 1804, na catedral de Notre Dame.

A revolução de Mazzini, Cavour e Garibaldi, deu ao papado, a 13 de maio de 1871, direitos sobre o palácio do Vaticano, a catedral de São Pedro, São João de Latrão e Castel Gandolf. Mas o papado não se conformou com a derrota e a perda de seus estados, e aguardou o dia em que a Itália restaurasse o poder temporal que lhe usurparam. E as negociações entaboladas entre o papa Pio XI e o governo facista italiano sob Mussolini, restabeleceram-lhe o poder temporal embora ainda em pequena escala. A 11 de fevereiro de 1929, o cardeal Gasparri, secretário papal, e Benito Mussolini assinaram as estipulações que solvia a Questão Romana. Acuradamente falando, três documentos foram assinados em Latrão – um tratado político, uma convenção e uma concordata. Na manha de 12 de fevereiro, ao assomar Pio XI a um dos mais altos balcões da igreja de São Pedro, uma multidão de aproximadamente 200.000 pessoas concentradas na praça São Pedro, exclamou vibrante de entusiasmo: “Viva o papa-rei! Viva o papa-rei!” Sim, estava restaurado mais uma vez o poder temporal do papado, e a ferida mortal de 1798 cicatrizada.


E TODA TERRA SE MARAVILHOU APÓS A BESTA

Embora restaurado ao poder temporal em 1929, o papado jamais se conformou com apenas os 44 hectares e uma população de pouco mais de 1000 habitantes, que compreendem o Estado do Vaticano. Mas nem mesmo com a Europa inteira, onde exercera seu antigo domínio, se conforma o papado. Suas pretensões temporais vão ainda mais além. Reza a profecia, que o papado almeja o domínio de toda a terra. Em comprovação disto, vemos que o papado para comemorar o pacto com o governo fascista que restaurou em parte o seu poder, mandou cunhar uma moeda na qual num dos lados aparece o busto de Pio XI e no outro lado Pedro assentado sobre o globo da terra. Quais são as pretensões temporais do papado? A resposta é a que está na medalha comemorativa – a terra, a totalidade do globo, todas as nações.

A soberania temporal do papado sobre o Estado do Vaticano foi reconhecida por todas as nações civilizadas, dentre as quais cerca de 50 mantêm embaixadas e delegações na Sé Romana (1958). Por sua vez o papado está mais forte do que nunca nos cinco continentes do globo. Sua influencia internacional é enorme. “Outro fator importante na poderosa posição do Vaticano, no mundo de hoje, é o seu serviço secreto. Não há poder temporal que tenha um serviço de informações comparável ao do Vaticano. Seus milhares e milhares de clérigos estão perfeitamente postados para verem o que faz, o que diz e o que pensa o mundo. Os ­monsignori do secretariado de Estado do Vaticano são esmeradamente exercitados na arte de interpretar esses relatórios confidenciais que chegam de todos os cantos do mundo”. O Cruzeiro (revista), 13 de maio de 1950, pág. 68, em A Verdade Sobre as Profecias do Apocalipse, A. S. Mello.

Sentado no trono dum estado, o menor do mundo, é o papa um soberano mundial cujos súditos espirituais, encontram-se em todas as nações do globo, portanto “toda a terra se maravilha após a besta”.

O jubileu de Leão XIII, em 1888, é uma das maiores e mais incontestáveis evidencias da homenagem da terra ao papado. Não só príncipes católicos e protestantes porfiaram por tributar homenagens de devoção a Leão XIII, através de “embaixadas extraordinárias, senão que ainda o sultão, o micado, o imperador da China e o Xá da Pérsia, o último dos quais tratou o papa como “o messias superior aos habitantes do mundo celeste”. O papa mesmo exclamou arrebatado de júbilo: ‘consideraste-o bem. O mero ato de nosso jubileu chamou a atenção do mundo inteiro. Não só católicos, não só particulares, mas também soberanos e príncipes, governos e representações de povos hão querido cada qual mais ter participação nesta festa e dar-nos um testemunho de sua devoção e de seu apreço.’ A imprensa papista chama o jubileu uma maravilha; ante Leão, o dominador de povos, prostre-se o mundo inteiro. Como peça final vão ainda umas linhas da Maerkische Volkszeintung de 3 de janeiro de 1900. ao descrever o auge da igreja romana no século XIX, observa por fim: ‘a princípio do século achava-se o chefe da igreja em cadeias, e ao fim do mesmo século todos os poderosos da terra dirigem os olhares para o venerável ancião sentado no trono de Pedro e lhe tributam homenagem’. Los Videntes y lo Porvenir, L.R.Conradi, 571.

Tempo virá, porém, em que a profecia se cumprirá em toda a sua plenitude, e o poder temporal do papado será exercido em toda a Europa, como fora exercido no passado, e estender-se-á aos paises católicos da América e de outros continentes.


O DESAFIO DOS ADORADORES DA BESTA

VERSO 4 – “E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?”

O texto não pode ser mais claro. Aqueles que se maravilham “após a besta”, adoram o dragão que lhe deu o poder. Em outras palavras, os adoradores da besta são adoradores do dragão. Não podendo receber Satanás uma adoração direta do mundo, recebe-a indiretamente por intermédio da besta. Satanás não poderia ter empregado sortilégio mais enganoso do que este de receber homenagens de adoração do mundo através de um poder denominado cristão. Com isto adverte-nos a revelação do perigo de adoração da besta “semelhante ao leopardo”.


E ADORARAM A BESTA

Adorar um poder que recebeu autoridade do dragão significa cometer grave pecado contra Deus e o céu. No entanto o papado, na pessoa dos seus pontífices, não só pretendem adoração, como a tem recebido de milhões de grandes e pequenos. No passado não foram poucos os soberanos e príncipes que o adoraram a ponto de lhe beijarem os pés. Vemos Francisco I, Frederico Barba Rocha, Henrique VI e inúmeros outros potentados prostrados beijando os pés do representante do papado.

Numa medalha comemorativa da coroação do papa Adriano VI, vê-se a inscrição seguinte: “Quem Creant Adorant” – Adoram a quem criaram. E verdadeiramente é isto assim. A tal estado espiritual desceu o homem, que adora a um semelhante seu a quem ele próprio elevou à dignidade de Deus. Quando chega ao ponto de conduzir a um ser igual a si mesmo sobre seus ombros, sentado numa cadeira especial, significa isto descer a mais degradante fórmula de adoração. Todo mundo sabe que o papado, e também seu clero em toda a terra, exigem e recebem a adoração que só o Todo-poderoso e a seu filho Jesus Cristo pertencem de direito.

D’outro lado, multidões adoram Roma-papal, obedecendo a suas leis e dogmas. A um decreto seu, os expedientes governamentais, em toda a terra, fecham suas portas, como também o comércio e a indústria, detêm suas transações. As instituições de ensino, mesmo as protestantes, cerram as suas portas. Sim respeitando seus dias santificados, a terra, em grande parte, está homenageando e curvando-se aos pés da besta.



“QUEM É SEMELHANTE À BESTA? QUEM PODERÁ BATALHAR CONTRA ELA?”


Estas perguntas expressam o pensamento dos adoradores do papado em relação a este poder. Jamais existiu semelhança de poder entre os soberanos das nações e o soberano da tiara romana. O poder de Roma é tanto mais alto do que o das nações sobre as quais exerce sua influência. Os súditos do Vaticano são os próprios súditos das nações do mundo. Centenas de milhões de habitantes do mundo são mais fiéis a Roma do que às suas próprias nações. Os olhos de todo o orbe estão sobre a colina do Vaticano, mesmo os dos ateus e os dos seus inimigos. Deveras os seus adoradores orgulham-se em dizer: Quem é semelhante à besta?

E a pergunta: “Quem poderá batalhar contra ela?” É um desafio dos adoradores da besta a seus adversários. Nenhum poder terreno jamais destruirá o poder de Roma-papal. A profecia de Daniel assevera que o poder do papado é “mais firme” do que os dos governos civis da terra. (Dan. 7:20). Poderosos reinos e influentes nações tem sucumbido desde eras remotas; Roma, porém, subsiste cada vez mais poderosa e influente. Na obra “A Igreja Católica” publicada em 1902, lemos: “Como é que a Itália ao entrar em Roma não se mostrou à altura de sua tarefa? Assim como houve gênios universais que estamparam seu selo sobre seus respectivos séculos, assim pode também falar-se de uma metrópole, que impõe leis a todo o orbe; a historia não conhece mais que uma: Roma! Pagã ou cristã com o Panteon ou com a igreja de São Pedro, sob o governo de César ou o de Gregório VII, Roma é sempre católica, isto é, comum a todos, dominadora do mundo. Podeis odiá-la como Aníbal, desprezá-la como Yugurta, invadi-la como Genserico, Roma segue sendo dominadora. Podeis trasladar o assento do império para Constantinopla, a sede papal a Avinhão, podeis fazer-vos proclamar em Paris imperador romano, Roma segue sendo a que domina". Los Videntes y lo Porvenir, L.R.Conradi, 562. E o cardeal Gibbons, referindo-se ao poder de Roma papal disse:

“A indestrutibilidade da igreja é verdadeiramente maravilhosa; a igreja só é capaz de despertar admiração de qualquer espírito que pensa, se considerar o número, a variedade e o temível poder de seus inimigos. Este fato só estampa o selo da divindade na frente da igreja. Em meio da ruína geral dos monumentos da terra, ela é a única que se ergue orgulhosa em seu esplendor. Nenhuma pedra desta construção cai por terra. Em meio do assolamento geral dos reinos, o reino da igreja não é jamais destruído. A igreja é sempre antiga e sempre jovem; o tempo não pode produzir-lhe nenhuma ruga em sua fronte.” Los Videntes y lo Porvenir, L.R.Conradi, 571. Eis o orgulho romano de sua indestrutibilidade.

Em vão tentou Napoleão abrogar o papado e outros potentados enfrentá-lo. O poder romano não cairá jamais pelo braço secular. Todavia sua queda é incontestável e apenas questão de tempo. Sua derrocada virá de cima, inesperada e segura. O Rei dos reis e Senhor dos senhores ajustara logo contas com o poder que usurpou o Seu nome e as Suas dignidades. As profecias neste sentido não podem ser mais evidentes. O terrível e certeiro golpe já se avizinha infalível e o mundo e a eternidade ver-se-ão livres do despotismo e da intolerância do império anti-cristão da besta semelhante ao leopardo.


O PAPADO E A DEMOCRACIA

O papado não é uma democracia nem mesmo no seu Estado. Numa democracia o soberano é eleito pelo povo de seu Estado, tornando-se então governo “do povo, pelo povo e para o povo”. Não se dá isto com o soberano do Vaticano. O papa em seu Estado, não é eleito pelo povo católico. Este não comparece às urnas para elevá-lo ao trono. Nenhum católico do mundo, exceto os cardeais, elege o seu pontífice. O papa é o potentado exclusivo. O que diz é executado inexoravelmente. Daí não serem os súditos mundiais do papado mais que autômatos em suas mãos. Ele domina suas consciências a seu prazer. Em matéria de fé não tem os católicos direito de pensar. O papa é quem pensa por eles. E quando o futuro restaurar completamente o seu domínio temporal, e ainda muito mais ampliado, veremos coisas e leis espantosas demandarem a terra procedentes do trono de Roma.


AS BLASFEMIAS DA BESTA


VERSOS 5-6 – “E foi-lhe dada uma boca para proferir arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o Seu nome, o Seu tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.”


A DURAÇÃO DE SEU PODER TEMPORAL

Os 42 meses da dominação do papado são encontrados também no capitulo onze. O mês profético compreende 30 dias proféticos, pelo que os 42 meses proféticos perfazem um total de 1260 dias proféticos. Entretanto os 1260 dias ou 42 meses são proféticos, isto é, um dia equivale a um ano. (Ez. 4:6, Num. 14:34) Deste modo o período conta 1260 anos literais, preditos como tempo da supremacia temporal do papado, antes de receber a ferida mortal de França. E o ponto inicial dos 1260 anos é marcado pela derrota dos ostrogodos e levantamento do cerco de Roma, por estes inimigos mortais do papado, no ano 538. Nesta data ou “no século sexto tornou-se o papado firmemente estabelecido. Fixou-se a sede de seu poderio na cidade imperial e declarou-se o bispo de Roma a cabeça de todas as igrejas. O paganismo cedera lugar ao papado. O dragão dera à besta “o seu poder, o seu trono e grande poderio”. E começaram os 1260 anos da opressão papal preditos nas profecias de Daniel e do Apocalipse. O Conflito dos Séculos, E. G. White, 54.

Foi exatamente em 538 com a derrota dos ostrogodos oponentes do papado, que o novo papa eleito, Virgilio, dócil criatura de Teodora, subiu ao trono papal sob a proteção militar de Belizário, o vencedor dos (sobre os) ostrogodos. History of the Christian Church, vol. III, 327, Nova York Scribner’s 1893.

Os escritores católicos romanos datam o episcopado de Virgílio desde a morte de Silvério, reconhecendo-o daí em diante entre os papas legais. History of the Popes, vol. II, 488, sobre o ano 538; Dublin, 1751.

Justiniano se enriqueceu com a propriedade de todos os hereges, isto é, os não católicos e deu aos católicos as suas igrejas; no ano 538 publicou editos obrigando todos a unir-se à igreja católica num prazo de noventa dias, ou a abandonarem o império, sendo-lhes confiscado os bens. History of the Christian Church, vol. III, 310 - 311, Cincinati, 1873; History of the Persecution, 142 – 143; Samuel Chandler e Edward Gibbons em Decline and Fall, cap. 47, pag. 24

Vemos assim, que no ano 538, o catolicismo foi por Justiniano feito religião do estado, sendo proibidas todas as outras religiões. O que deu especial significado a esses editos, foi o fato de que já no ano 533, Justiniano declarou o bispo de Roma chefe da igreja universal, e tornou súditos da Sé de Roma a todos os sacerdotes, mesmo os do Este. Em 15 de março de 533 ele (Justiniano) escreveu este fato ao papa João II na seguinte linguagem:

Com honra à sede Apostólica,... nos apressamos em por ao conhecimento de Vossa Santidade tudo o que se refere à condição da igreja. Sempre foi o nosso desejo manter a união de Vossa Santa Sé Apostólica e o estado das Santas Igreja de Deus tal como existe na atualidade, para que possa persistir sem transtorno ou oposição. Portanto, nós nos propusemos unir todos os sacerdotes do Oriente e subordiná-los à Santa Sé de Vossa Santidade. Por este motivo não admitimos discussão no que se refere ao estado da igreja, mesmo quando o que origina a dificuldade pode ser claro e indubitável, sem leva-lo ao conhecimento de Vossa Santidade, porque Vós, sois o chefe de todas as Santas Igrejas; desse modo nos esforçamos (como já se afirmou) para aumentar a honra e autoridade de Vossa Santa Sé...

Portanto, suplicamos ao Vosso Paternal afeto, para que mediante Vossas cartas nos informe bem como ao Mui Santo Bispo desta Imaculada Cidade e Vosso irmão, o Patriarca que escreveu pessoalmente a Vossa Santidade por intermédio dos mesmos mensageiros, ansiosos de seguir em todas as coisas a Santa Sé Apostólica de Vossa Santidade, para que confirmeis a nós que Vossa Santidade reconhece todos os fatos acima mencionados. The Civil Law of Justinian, Translated by S. P. Scott, A. M., Book 12, pag. 11, 13.

Parte da resposta do papa a Justiniano, imperador do Oriente, exaltando-o por submeter tudo a Roma, lemos como segue:

“João, Bispo da Cidade de Roma, a Justiniano, mais ilustre e piedoso filho. Entre as razões mais notáveis para louvar sua sabedoria e gentileza, o imperador mais cristão, um que irradia luz como a estrela, está o fato de que pelo amor à Fé, e animado pelo fervor à caridade, e douto na disciplina eclesiástica, mantivestes veneração para com a Santa Sé de Roma e submetestes todas as coisas à sua autoridade, unificando-a... Sem dúvida, esta Santa Sé é a cabeça de todas as igrejas, conforme o sustentam todos os editos dos imperadores, os regulamentos dos sacerdotes e as palavras de vossa mais reverente devoção...

Portanto, é oportuno exclamar com voz profética, ‘O Céu se regozijará por vós e derramara sobre vós suas bênçãos, as montanhas se regozijarão e as colinas se alegrarão com grandíssimo júbilo...’

Que a graça de nosso Senhor permaneça para sempre convosco, mui piedoso filho, amém...” The Civil Law of Justinian, Translated by S. P. Scott, A. M., Book 12, pag. 10 – 14.

Contando de 538, os 1260 anos atingem ao ano de 1798, que, como constatamos amplamente, o papado recebera o golpe mortal da espada francesa de Napoleão. A profecia encontrou seu inexorável cumprimento (VIDE "A ferida mortal foi curada" VERSO 3)


AS BLASFÊMIAS DA BESTA

Se as palavras blasfematórias da besta atingissem apenas os seus iguais da terra e os seres celestiais comuns, isto ainda não seria tão grave. Porém, suas mais ofensivas palavras são dirigidas contra Deus, para blasfemar Seu nome, e do Seu tabernáculo.

Uma blasfêmia só pode, em verdade, ser dirigida contra Deus. Um mortal não pode blasfemar de outro mortal porque ambos são iguais. Mas, quando o homem blasfema, só pode fazer contra Deus, ou contra Seu Filho ou Seu Santo Espírito. Enquanto no Apocalipse lemos que a besta “abriu a sua boca em blasfêmia contra Deus”, no livro de Daniel lemos: “E proferirá palavras contra o Altíssimo”.  Dan. 7:25 Ambos, o Velho e o Novo Testamentos, unem-se para atestar que o papado blasfema contra o Todo-poderoso.

Em primeiro lugar, reza a inspiração, o papado blasfema contra o nome de Deus. E quando é que um ser mortal blasfema do nome de Deus? Nos evangelhos encontramos uma muito clara indicação do que seja blasfemar contra o nome de Deus. Vejamos numa das altercações entre Cristo e os judeus, estes Lhe responderam: porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo. João 10:33 A acusação dos judeus de blasfêmia contra Jesus de fazer-se Ele Deus, era falsa porque Ele realmente era e é Deus. Mas, quando um homem se intitula Deus e assume as prerrogativas de Deus e os títulos relativos à divindade, isto constitui verdadeiramente blasfêmia. Perguntamos agora: Pretende o papado, na pessoa do seu absoluto pontífice, ser Deus na terra? A resposta é afirmativa e até mesmo profética como atesta o apóstolo Paulo, dizendo: Não vos deixeis enganar de modo algum por pessoa alguma; porque deve vir primeiro a apostasia, e aparecer o homem  ímpio, o filho da perdição, o adversário, que se levanta contra tudo que se chama Deus ou recebe um culto, chegando a sentar-se pessoalmente no templo de Deus, e querendo passar por Deus. (II Tess. 2: 3-4)

O representante do papado, diz o apóstolo, fruto da apostasia da igreja, assenta-se como deus, querendo parecer Deus. Pergunta-se: Tem os pontífices romanos manifestado esta pretensão? A resposta é sim. Há no direito canônico papal uma proposição que assim reza: O papa romano não ocupa o lugar de um mero homem, senão o de verdadeiro Deus neste mundo. Direito Canônico, C 3, X. de translat episc. 1,7 Inocêncio III; Nas suas decretais, diz, referindo-se ao papa: Deus, porque é vigário de Deus. O papa não é somente o representante de Jesus Cristo, mas é o mesmo Cristo escondido sob o véu da carne. Catolic National 18 de Julho de 1895; O papa é como se fosse Deus na terra, único soberano dos fiéis de Cristo, principal rei dos reis, com a plenitude do poder, a quem Deus onipotente não só confiou a direção do que é terreno, mas também a do celestial... O papa tem tão grande autoridade e poder, que pode mesmo modificar, explicar ou interpretar as leis divinas. Pronta Biblioteca, Lucio Ferrari, artigo Papa, Vol. VI, 26-29; Em 1938 disse o papa Pio XI: Deus no céu e eu na terra... Jornal Correio do Povo, P. Alegre, 08 de Janeiro de 1938 A eleição de Pio XII, declarou o arcebispo de Paris, cardeal Verdier, ao representante da Agencia Havas, foi um grande acontecimento. Di-lo bem alto a atitude do mundo inteiro. Direi que o universo tem a sensação de haver encontrado seu pai. Revista Adventista, Julho de 1939, pág. 4 Eis ai grandes blasfêmias da besta; de mortais que se arrogam igualarem-se ao Todo-poderoso Deus e a Seu Filho Jesus Cristo, verdadeiro e único salvador do mundo.

Mas a besta não blasfema só contra Deus, mas também contra o Seu tabernáculo. No tabernáculo ou Santuário de Deus, no céu, prossegue a obra de redenção do gênero humano, sendo Jesus ali o único mediador do homem. Porém, em vez do papado chamar a atenção do cristianismo para o tabernáculo de Deus e para Jesus, o seu Mediador, está sempre a chamar a atenção para os seus próprios tabernáculos terrenos, suas igrejas, e seus sacerdotes como se estes fossem mediadores entre Deus e os homens. Notemos a grande blasfêmia que segue sobre a pretendida transubstanciação:

Nossa admiração, porém, deve ser muito maior quando encontramos que em obediência às palavras de seus sacerdotes: HOC EST CORPUS MEUM (Este é o meu corpo), Deus mesmo desce ao altar, acode onde quer que O chamem, e Se coloca em suas mãos. E havendo acudido, coloca-Se completamente à sua disposição; transladam-nO como querem de um lado para outro; porém, se assim o desejam, encerrá-Lo nos tabernáculos ou expô-Lo sobre o altar, ou levá-Lo para fora da igreja; podem se assim o decidem, comer sua carne e dá-la para alimentar a outros. “Oh, quão grande é seu poder! – disse São Lourenço Justiniano, falando dos sacerdotes. – Cai uma palavra de seus lábios e o corpo de Cristo está aqui substancialmente formado com a matéria do pão, o Verbo Encarnado descido do céu acha-se realmente presente sobre a mesa do altar!”

Assim pode o sacerdote, em certa maneira, ser chamado criador de seu Criador... ‘O poder do sacerdote – disse São Bernardino de Siena – é o poder da pessoa divina; porque a transubstanciação do pão requer tanto poder como a criação do mundo’” Alfonso Liguori (Alfonsus Marie Antony John Cosmos Damien Michael Gaspard de Liguori) em Dicionário e Deveres de Sacerdotes págs. 26-27 e 32-33 

Poderá haver maior blasfêmia do que a pretensão de fazer do amante Salvador um verdadeiro joguete? Em milhares de igrejas em toda a terra e diariamente, os sacerdotes do papado pretendem fazer de Cristo aquilo que diz acima (Santo) Alfonso Liguori, porta-voz do romanismo. É assim que a besta romana desvia a atenção dos homens do santuário de Deus e do sacrifício realizado pelo Filho de Deus, volvendo-os a seus templos terrestres e ao sacrifício da missa que não tem lugar no plano de Deus. Jesus morreu uma só vez pelo pecador, (Heb. 9: 24-28). Mas a igreja romana, segundo ensina, arroga-se repetir na missa o sacrifício de Cristo na cruz milhares de vezes diariamente. Isto é grande blasfêmia.

Mas as blasfêmias vão alem. Atingem também os que habitam no céu. No santuário celestial, Jesus, como Sumo sacerdote, é assistido por um grupo de 24 anciãos, segundo lemos nos capítulos quatro e cinco. Quando a igreja de Roma se arroga fazer de Cristo, na missa e na eucaristia o que bem entende – repetir o sacrifício do calvário; tornar carne o Senhor dos céus; perdoar pecados de vivos e mortos, em desacordo com o ritual do templo celestial, onde somente são os pecados perdoados pelo Filho de Deus (Heb. 10:12, 14, 18), blasfemam portanto contra os que habitam nos céus e assistem o verdadeiro Sumo sacerdote em seu serviço.

Estas atitudes da igreja católica pretendem desmantelar a obra mediadora de Jesus no santuário e a obra dos que O assistem. São blasfêmias contra Deus, contra o Seu tabernáculo e contra os que habitam no céu.


 GUERRA DA BESTA CONTRA OS SANTOS

VERSO 7 – “Foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vence-los; E foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação”.

E FOI-LHE PERMITIDO FAZER GUERRA AOS SANTOS

Aos que o papado perseguiu taxando-os de herege, a profecia de Deus chama-os de santos. Logo que se iniciaram os 1260 anos de supremacia temporal do despotismo papal, os cristãos foram obrigados a optar entre renunciar sua integridade e aceitar as cerimônias e cultos papais, ou passar a vida nas masmorras, sofrer a morte pelos instrumentos de tortura, pela fogueira, ou pela machadinha do verdugo. Desencadeou-se a perseguição sobre os fiéis com maior fúria do que nunca, e o mundo se tornou um vasto campo de batalha. Durante séculos a igreja de Cristo encontrou refúgio no isolamento e obscuridade. Assim diz o profeta: “A mulher fugiu para o deserto onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante 1260 dias”. Apo. 12: 6  Porém o conde Hoensbroech diz-nos ainda dos recursos de que se valeu Roma nesta tremenda guerra contra os santos: “À direita e à esquerda o caminho seguido pela igreja romana acha-se bordado por milhares de fogueiras e por sangrentos cadafalsos. As chamas chispam até o céu; nosso pé tem que passar por cima de arroios de sangue humano; corpos humanos se retorcem no avermelhado resplendor, cabeças humanas rolam pelo caminho. Para nós se arrastam aparições queixosas; seus olhos foram apagados na grande escuridão do cárcere; seus membros são esquartejados e despedaçados pelo tormento. Suas almas são abatidas, aviltadas, cobertas de opróbrio... Que caminho! E este caminho não tem fim! Em voltas e revoltas sem fim, recorre todos os países do ocidente”. “Tormento, fogueira e espada tem sido convertidos em apóstolos da religião de Jesus Cristo!” “O auto da fé da inquisição é a manifestação mais tremenda e sangrenta que se haja apresentado como sistema sob o manto de religião no mundo cristão. O sangue que por causa dela foi derramado em rios pode ser exclusivamente imputado ao papado”. El Papado, 588-591, 17, citado em Los Videntes y lo Porvenir, L.R.Conradi, 581 - 582.

Basta! A história está regada de sangue de dezenas de milhões de santos, esmagados pelo tacão de Roma-papal. Os governos europeus, os quais se aliaram ao papado e estiveram sob seus pés por 1260 anos, consentiram e ajudaram-no a massacrar os seus súditos em favor de Roma-papal. É verdadeiramente deprimente uma nação atender as sugestões dum poder estrangeiro para voltar sua espada contra seus próprios súditos em seu favor! Mas as perseguições do papado não se limitaram apenas à Europa. O misérrimo tribunal da inquisição estendeu seus estranguladores tentáculos à América, fazendo vítimas nas repúblicas de idioma espanhol, bem como noutros setores do globo.

E FOI-LHE DADA AUTORIDADE SOBRE TODA TRIBO, POVO, LÍNGUA E NAÇÃO

Na profecia é o dragão que dá à besta o seu poder como também o seu próprio trono no mundo (Apoc. 17:2), sobre toda tribo, povo, língua e nação, transferiu ele ao papado. A declaração profética alude especialmente aos dias da supremacia temporal do papado – 538 a 1798.

OS ADORADORES DA BESTA DEFINIDOS

VERSO 8 – “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.

NOMES QUE NÃO ESTÃO NO LIVRO DA VIDA DO CORDEIRO

O livro da vida é referido várias vezes no Novo Testamento. Somos informados de que ele contém “apenas os nomes de todos os que já entraram para o serviço de Deus, e são seus fiéis cooperadores.” (Fil. 4:3) Seus nomes permanecem registrados no livro da vida, e está escrito em relação a eles: “Comigo andarão de branco; porquanto são dignos disto.” (Apc. 3:4) De tudo inferimos que no livro da vida só se encontram os nomes dos que aceitaram a Cristo como salvador pessoal, pregam seu puro evangelho e orientam suas vidas por Ele. E, isto não se pode dizer dos que adoram a besta e se orientam por suas tradições pagãs e não pelo evangelho de Cristo. Seus nomes, pois, “não estão escritos no livro da vida do cordeiro”, o que equivale a dizer que não terão parte com Cristo na vida eterna.

O CORDEIRO QUE FOI MORTO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO

O cordeiro aqui mencionado é Jesus. Mas, como poderia Jesus ter morrido desde a fundação do mundo? A inspiração conta-nos da tragédia do pecado no mundo, ainda bem no principio da criação do mundo. O homem por seu pecado devia morrer. Mas o Filho de Deus pleiteou com o Pai, oferecendo-se para pagar a pena do pecador, morrendo por ele. E quando Jesus, lá no início do mundo se ofereceu para morrer pelo pecador e foi aceito por Deus como o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, Seu sacrifício, embora tomasse lugar 4000 anos depois, foi considerado desde então como consumado, e foi assim que Ele foi morto desde a fundação do mundo. Se assim não fora, os que viveram antes do sacrifício expiatório de Cristo, não poderiam ter esperança de sua salvação e libertação do pecado. Mas os adoradores da besta excluíram-se voluntariamente do imenso amor de Deus, por preferência à besta, e se afastam desse amor e graça de Deus, que inclui no livro da vida os nomes dos que reconhecem o imenso sacrifício de Deus para salvar o pecador da morte eterna – a segunda morte. (Apc. 20: 6, 12-15)  

A INOLVIDAVEL RECOMPENSA DA BESTA

VERSOS 9 -10 – “Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos”.

SE ALGUEM TEM OUVIDOS, OUÇA
 
Esta frase já tem sido apresentada muitas vezes nas cartas às sete igrejas, como uma advertência. E, agora, depois da profecia sobre a origem, obra e destino do papado, a mesma frase adverte os que dela são notificados. Noutras palavras, quem tem ainda consciência, ouça com ela a advertência, abandone Roma e ponha-se sem temor ao lado da divina verdade para salvar-se.

A RECOMPENSA DA BESTA

Depois da profecia fazer alusão à guerra de Roma contra as inocentes e fiéis testemunhas de Jesus, em que sucumbiram aos milhões, faz então menção do cativeiro e da morte do poder opressor. França caiu sobre o papado, e, no teor da profecia, matou-o, embora apenas por dois anos, e levou o papa em cativeiro onde morreu. No futuro que longe não está, uma outra espada, predita, cairá sobre o mesmo poder, então para elimina-lo para todo o sempre do mundo. Dan. 7:26, 8:25, II Tess. 2:8, Apc. 19:15-21

“Aqui está a perseverança e a fé dos santos” Apc. 14:12 Esta proposição da profecia prova que Deus não deixará sem consolo os seus fiéis perseguidos de morte e caçados PELAS CRUZADAS E TRIBUNAIS DA INQUISIÇÃO para serem chacinados. O heroísmo dos miríades e miríades de mártires na hora do suplicio, bem pode ser que fosse resultante do conforto deste consolo profético de Deus e de Jesus, paciência e fé são indispensáveis nas tribulações, mesmo as mais dramáticas. A paciência para o devido testemunho em prol da verdade pura e de Seu autor, e a fé para a permanência na mesma verdade, aos pés do Salvador. Paciência e fé são imprescindíveis virtudes cristãs na vida espiritual.

Paciência e fé foram poderosas armas de que lançaram mãos aqueles baluartes da igreja cristã nos escuros séculos da Idade Média. Quando lemos de suas prisões, seus açoites, suas torturas e finalmente a morte, infligidos pelos tribunais da inquisição; quando lemos como eram caçados pelos vales e montes como se fossem animais bravios que devessem ser destruídos; quando lemos da firmeza inabalável daquelas heróicas testemunhas de Jesus Cristo, - podemos então imaginar quão grande era a paciência (perseverança) e quão altaneira era a fé daqueles santos devorados pelas chacinas pelos esbirros de Roma.

Todavia, a firmeza daqueles heróicos luminares, deve infundir ânimo e coragem indômitos em todo o cristão destes derradeiros dias, quer nas tribulações comuns, quer nas perseguições movidas hoje ainda por aquele mesmo poder perseguidor. Logo o mundo atual terá a oportunidade de deparar o mesmo espírito de Roma que norteou sua história naqueles chamados séculos escuros. Mas, aos heróis cristãos será garantido poder sem limite do alto, e jamais cederão às instancias de seus algozes perseguidores. Portanto, urge, pois, que tomemos agora posição junto de Cristo e de seu evangelho puro, para que tenhamos o Seu poder e a Sua ajuda quando a tempestade desabar sobre a Sua igreja. Paciência e fé, eis as indispensáveis armas desde agora, para a segura vitória então.

A BESTA (poder)* QUE SUBIU DA TERRA
(Dan. 7:17)*

VERSO 11 – E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes ao de um cordeiro, mas falava como dragão”.

E VI SURGIR DA TERRA OUTRA BESTA

A primeira besta, o papado, surgiu do mar (Apoc. 17:15), ou como já apreciado, dentre as nações estabelecidas. Portanto, a segunda besta que subiu da terra e não do mar, deve ter-se levantado ou crescido em território desocupado, solitário, deserto, numa região da terra em que não havia povos e nações. Assim surgiu esta besta ou este novo poder, não em conseqüência de lutas e conquistas armadas como os grandes poderes mundiais das profecias, como feras rapinantes, mas como uma planta que nasce, cresce e atinge a sua culminância pacificamente.

Para encontrarmos o poder representado por esta besta que subiu da terra, devemos sondar os continentes, para nos assegurarmos qual tenha sido a potencia como tal reconhecida no mundo ao tempo em que o papado recebeu o golpe mortal dos revolucionários franceses em 1798. Não esqueçamos, porém, que o novo poder deveria ter-se formado pacificamente longe de povos e nações, e que, por isso mesmo, não o podemos encontrar na Europa. Em torno desse ano não se levantou nenhum novo poder ou nação na Ásia, na África e muito menos que viesse satisfazer os requisitos da profecia. Pois tanto a Europa como a Ásia e a África, não só eram continentes habitados, como comovidos pelas tempestades da guerra, não preenchendo deste modo os requisitos de territórios desertos e pacíficos para o levantamento da segunda besta – um poder conforme a profecia.

No fim do século XV, porém, um novo continente foi descoberto – o continente americano. Em 1492 Cristóvão Colombo aportou no norte do continente americano, descobrindo-o para o resto do mundo. Um “novo mundo” era pela primeira vez conhecido no planeta, e Colombo ao tomar posse do continente que descobrira, proferiu a oração seguinte: “Todo-poderoso e eterno Deus, que pela energia da Tua palavra criadora fizeste o firmamento, a terra e o mar, bendito e glorificado seja o Teu nome em todos os lugares. Que a Tua majestade e domínio sejam exaltados para todo o sempre, pois permitiste que Teu santo nome se tornasse conhecido por meio do mais humilde dos Teus servos nesta até agora desconhecida parte do Teu império”. Algures

É significativa a expressão da oração de Colombo, de que o continente do qual aportou era até então desconhecido do resto do mundo habitado, um território sem nacionalidade, sem povos, desabitado. E foi inquestionavelmente, na América solitária que se ergueu a nova besta – o novo poder que iria ter extraordinária influencia no mundo.

A BESTA QUE SUBIU DA TERRA

É de grande significação o fato de que a civilização, desde os derradeiros dias do século XV, marchou para o Oeste, atravessou o Atlântico e estabeleceu-se no “novo mundo” de Cristóvão Colombo, descoberto quase simultaneamente com o grande movimento da Reforma religiosa do século XVI, alias 25 anos antes do grito de alarme de Martinho Lutero contra a altivez e os erros de Roma. E, qual o poder representado pela besta que subiu da terra, nos desertos pacíficos do novo mundo, senão os Estados Unidos da América do Norte?

Há evidências altamente comprobatórias de que a profecia aponta aos Estados Unidos como a besta que subiu da terra. Em 1º lugar, esta grande nação levantou-se de um território antes solitário, subindo portanto, não do mar (povos e nações - Apc.17:15), mas duma terra deserta (despovoado, fraca densidade populacional). Em 2º lugar, como evidencia a revelação, os Estados Unidos constituem um poder religioso no mundo que, como veremos, foi fundado por religiosos protestantes ingleses. Em 3º lugar, a América do Norte está em sua história relacionada com o povo de Deus. Em 4º lugar, todos os detalhes da profecia harmonizam-se precisamente com sua história.

COMO A 2ª BESTA SUBIU DA TERRA

Os Estados Unidos da América do Norte constituem uma nação de língua inglesa, e, portanto foram originalmente filhos da Inglaterra. Sua origem acha-se fundada na intolerância da Idade Média e na história dos cristãos puritanos ingleses.

Os puritanos existiam na Inglaterra desde meados do século XVI, e ainda que não eram queridos, a rigidez de seus costumes e sua abnegação impressionavam profundamente as massas. Apenas houve a grande rainha Izabel passado o melhor da vida (em 1603), o alto clero anglicano começou a manifestar suas tendências de absolutismo e de intolerância. O Grande Conselho (High Commission), criado em 1584 para servir de vanguarda contra os trabalhos dos partidários de Roma, estendeu sua ação raivosa a todos os dissidentes da igreja oficial. As reuniões dos separatistas foram dissolvidas em todas as partes e perseguidos os que a elas assistiam, pelo que mui logo só se atreveram a reunir-se secretamente e a maioria de seus membros, residentes em Nottingham, Lincoln e York, conceberam a idéia de abandonar sua pátria e buscar um país onde pudessem professar sua religião sem se verem molestados, coisa difícil por estar proibida a imigração, sem licença expressa do governo, por um decreto da rainha Izabel. Para iludir a lei, trasladaram-se em pequenos grupos à costa; ali embarcaram para a Holanda, onde havia liberdade de culto, e em Amsterdã um dos seus pregadores mais notáveis, João Robinson, fundou uma pequena comunidade composta quase em totalidade de artífices e lavradores, que sendo estrangeiros ganhavam escassamente sua subsistência com seu trabalho. Formou-se pouco a pouco outra comunidade em Leiden e novos adeptos foram chagando da Inglaterra, ainda que não gostassem muito do país nem do modo de vida de seus habitantes que nada tinham de puritanos.

Os expatriados viam com dor que seus filhos se contagiavam do mau exemplo, e antes de sucumbir de todo à influencia do país, dirigiram seus olhares a outras Comarcas, primeiro à Guiana, para onde conduziu Walter Raleigh uma expedição que deu mau resultado e custou a vida àquele homem. Não sendo possível estabelecer-se naquela parte da América, enviaram os puritanos a dois deles, Roberto Cushman e João Carver, à Inglaterra para adiquirir terras da Companhia Colonizadora de Virginia, nome que se aplicou a quase toda costa oriental da América do Norte. Estas negociações duraram um par de anos, até que finalmente Cushman e Brewster lograram o objetivo que se propunham, e em 1620 pode embarcar o primeiro grupo de puritanos para a sua nova pátria, com o dinheiro que um comerciante de Londres, Thomas Weston, lhes adiantou sob condições algo duras.

O pastor Robinson ficou na Holanda com uma parte da comunidade. Dos dois navios que fretaram, um era inútil para a travessia, e houve de regressar com seus passageiros à Holanda, e o outro denominado Flor de Maio, chegou à costa norte-americana no mês de novembro, depois de uma travessia muito grande. Até 16 de dezembro não encontravam os emigrantes um sítio conveniente para desembarcar. O ponto elegido foi chamado Nova Plymouth.

Antes de desembarcar firmaram os emigrantes um pacto solene pelo qual todos se obrigaram a respeitar e cumprir as disposições e leis justas e prudentes que conviesse adotar para o bem comum; ao mesmo tempo nomearam um governador por um ano, a João Carver, e um lugar tenente ou suplente para quando fosse necessário. Feito isto, desembarcaram a 21 de dezembro de 1620, em número de 101 naquela costa inóspita e na estação mais cruel.

A laboriosidade daqueles homens e a perseverança e a paciência com que suportaram todas as penalidades, seu entusiasmo religioso, seus costumes puros e sua vida simples, tem-lhes valido expressivos louvores. Estava fundada assim a primeira colônia que até aos seus quatro anos, contava com apenas 32 casas e um total de 184 habitantes.

Em 1630 chegaram mais 416 emigrantes que fundaram novas colônias. Grande era o interesse que despertavam as colônias transatlânticas, onde os colonos dessidentes, como se dizia na Nova Inglaterra, podiam servir a Deus à sua maneira. A sociedade concessionária do território decidiu trasladar a direção à Nova Inglaterra e nomeou governador a João Winthrop, que em 1630 marchou a seu destino com 17 navios e 1500 emigrantes. O tempo encarregou-se de trazer novos colonos que iam fundando novas colônias.

Em 1643 formaram as colônias de Nova Inglaterra um projeto de união, com o nome de Colônias Unidas de Nova Inglaterra, de mutuo conselho e apoio em todas as coisas justas, para a conservação e propagação da verdade e dos direitos baseados no Evangelho, e para sua prosperidade e segurança mutua. Esta união foi um passo dado para fazer frente às exigências da mãe pátria, que não consideravam razoáveis.

Em 1755, atingiam os colonos a mais de 50.000. Em 1765, o congresso geral reunido em Nova York, contra a lei do timbre do Parlamento Inglês, resolveu não pagar impostos alem dos já decretados e não enviar mais representantes das colônias ao Parlamento, como incompatível com as condições geográficas. Começou a revolta contra a Inglaterra numa excitação cada vez mais crescente. A Insurreição atingiu afinal todas as colônias. As importações da Inglaterra foram canceladas. Os exportadores ingleses para as colônias recorreram ao Parlamento solicitando medidas urgentes para a aflitiva situação em que se viam. O parlamento revogou a lei do timbre, o que deu lugar a júbilo na Inglaterra e muito mais nas colônias americanas. Mas as relações das colônias com a metrópole não tardaram a azedar novamente numa sedição ainda maior. Em 28 de dezembro de 1772, um navio com 340 caixas de chá, chegado ao porto de Boston, foi assaltado e todo o carregamento no valor de 18.000 libras esterlinas, foi arrojado ao mar. Todas as colônias aprovaram o ato e recusaram o chá por excessivo que era o seu preço. Os colonos suprimiram todo o tráfico com a Inglaterra e fomentaram sua própria indústria. Um exército inglês desembarcou nas colônias em 1774. o congresso das colônias autorizou a George Washington e alguns outros a organizarem o exército de resistência. Washington foi unanimemente aclamado general em chefe do exército continental americano. Em 17 de junho de 1775 começaram a terçarem armas os exércitos inglês e americano, nas cercanias de Boston. O congresso americano encarregou uma comissão para redigir a declaração de independência, cujo redator Thomas Jefferson, a apresentou à apreciação do congresso. E a 04 de junho de 1776 foi lançada a histórica proclamação de independência pelas 13 colônias unidas, cujos termos temos a seguir:

“Quando, no decorrer dos acontecimentos humanos, se torna imperioso que um povo rompa os laços políticos que o unem a outro, assumindo junto às potencias do globo o lugar que lhe compete como nação independente ao lado de seus pares, e de acordo com as leis da natureza e as leis de Deus, impõe o devido respeito às opiniões da humanidade que esse povo declare os motivos que levaram à separação.”

“Cremos axiomáticas as seguintes verdades: que todos os homens foram criados iguais; que lhes conferiu o Criador, certos direitos inalienáveis, entre os quais o de vida, de liberdade e o de procurarem a própria felicidade; que, para assegurar esses direitos se constituíram entre os homens, governos cujos justos poderes emanam do consentimento dos governados; que sempre que qualquer forma de governo tenda a destruir esses fins, assiste ao povo o direito de muda-la ou aboli-la, instituindo um novo governo cujos princípios básicos e organização de poderes obedeçam às normas que lhe parecerem mais próprias a promover a segurança e felicidade gerais. A prudência aconselha que governos, de longa data estabelecidos, não deverão ser mudados em razão de causas fúteis ou transitórias e toda experiência do passado demonstra que a humanidade está mais disposta a sofrer males, enquanto se possam suportar que a corrigi-los com o abolir das formas a que se havia acostumado. Todavia, quando uma longa série de abusos e usurpações, todos invariavelmente dirigidos ao mesmo fim, estão a apontar o desígnio de submeter um povo a despotismo absoluto, é seu direito, é seu dever por termo a tal governo, e prover novos guardiões de sua segurança futura. Estas colônias sofreram com paciência; mas perante a necessidade que ora surge, sentem-se constrangidas a mudar seu antigo sistema de governo. A historia do atual Rei da Grã-Bretanha, é uma sucessão de agravos e usurpações, visando todos uma o estabelecimento de uma tirania absoluta sobre estes estados. Para prova-lo, submetamos os fatos ao julgamento dum mundo imparcial.” – Nesta altura os colonos expõem os seus agravos.

“Nós, portanto, representantes dos Estados Unidos da América, reunidos em Congresso Geral, apelando ao Juiz Supremo do Mundo, testemunha da retidão de nossas intenções, publicamos e solenemente declaramos, em nome do digno povo destas colônias e por sua autoridade, que estas Colônias Unidas são, como de direito deveriam ser, Estados Livres e Independentes; que estão isentas de fidelidade para com a coroa Britânica; que se acham cindidos, como de razão, todos os laços políticos entre elas e o Estado da Grã-Bretanha; e que, como Estados Livres e Independentes, gozam do direito de declarar guerra, assinar paz, contrair alianças, promover o comércio, e realizar todo e qualquer ato ou diligencia, dentro da alçada legal de Estados Independentes. E para sustentar a presente declaração, com fé inabalável na proteção da Divina Providência, empenhamos nossas vidas, nossas fortunas, e nossa honra sagrada.” Credo de Liberdade, pág. 615

Em 1777, o Congresso, reunido com representantes dos 13 Estados originais – Nova Hamphire, Massachusets, Rhode Island, Conneticut, Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia – adotou os artigos da confederação.

A 03 de setembro de 1783, com o tratado de Paris firmado entre os Estados Unidos e a Inglaterra, terminou a guerra da independência, sendo reconhecida como livre da coroa Britânica a grande e primeira nação do Novo Mundo.

Uma década após a elaboração dos Artigos da Confederação, viu-se que estes artigos não eram suficientes para conservar juntos os Estados da União. Em maio de 1787, reuniu-se o Congresso em Filadélfia, e, depois de 90 dias de deliberações, foi adotada uma constituição pelos congressistas, que foi ratificada pelos 13 estados. A 30 de abril de 1789, Washington foi eleito primeiro presidente por unanimidade de votos, jurou a constituição, tomando posse de seu cargo.

Os Estados Unidos, a segunda besta desta profecia, devia subir da terra, ou ser reconhecido como potência independente no mundo, quando a primeira besta, o papado, recebesse a ferida mortal, que ocorreu em 1798 pela espada de França. João Wesley, em suas notas sobre o Apocalipse 13, escritas em 1754, diz acerca da besta de dois chifres: “Todavia não apareceu ainda, ainda que não pode estar longe. Porque deve aparecer no fim dos quarenta e dois meses da primeira besta”. Las Profecias de Daniel y El Apocalipsis, U. Smith, Vol. II, 210. Os 42 meses a que se referira Wesley, são os 1260 anos da supremacia temporal do papado, findos em 1798, com o papado “ferido de morte”. Dentro dos nove anos, desde que a Constituição norte-americana entrou em vigor até 1798, os Estados Unidos foram reconhecidos no mundo como nação soberana. Estava cumprida a profecia. A besta de dois chifres levantou-se “da terra” deserta do “novo mundo”, tornando-se soberana “no tempo” indicado pela inspiração. 

A grande nação iniciou sua marcha com mais de dois milhões de quilômetros quadrados e com menos de quatro milhões de habitantes. Todavia sua população continuou a crescer ràpidamente. De seus 3.929.214 habitantes em 1790, atingiu 62.947.714 em 1890. Em 1935 sua população alcançava 127.521.000 de habitantes, e 148.000.000 em fins de 1948. Em 1955 contava já 165.495.000. Em todo sentido, como nação de importância, seu crescimento foi sem paralelo na história das nacionalidades. Cresceu grandemente em território, atingindo atualmente no continente, 9.212.270 quilômetros quadrados, tendo por limites a Leste e a Oeste os dois maiores oceanos – o Atlântico e o Pacífico, e ao Norte e ao Sul os lagos do Canadá e o Golfo de México. Possui 50 estados semeados de grandes e populosas cidades. Cresceu extraordinariamente em todos os ramos da ciência. Cresceu em poder internacional mais que qualquer outra potência. Cresceu em influencia econômica e monetária mundial acima das outras nações.

A expressão do profeta: “Vi subir da terra outra besta”, indica seu vertiginoso crescimento em todo sentido. Os Estados Unidos cumprem sobejamente a profecia inspirada. Não é possível encontrar outra nação que preencha tão precisamente todos os detalhes desta revelação do Apocalipse. Subiu da terra, dum lugar deserto, sem conquistas armadas. Nenhuma outra nação foi derribada para dar lugar aos Estados Unidos. Verdadeiramente eles nasceram e cresceram num território antes desabitado. “Reiteradas vezes, ao descreverem a origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores tem emitido inconscientemente o mesmo pensamento e quase empregado as mesmas palavras do escritor sagrado. No jornal europeu The Dublin Nation, de 1850, um escritor referiu-se aos Estados Unidos como de um “império” admirável que “surgira”, e aumentara diariamente seu poder e sua pujança em meio ao silencio da terra.

Disse Townsend referindo-se aos Estados Unidos: “Crescemos em silencio como uma semente e tomamos proporções de poderoso Estado...” O Conflito dos Séculos, E. G. White, 440, Los Videntes y lo Porvenir, 589 O Dr. S. Ruge, referindo-se aos colonos peregrinos, disse: “Não recorreram às terras em marcha triunfal, mas vagarosa e continuamente apossaram-se do solo. E só quando lançaram fundas raízes na costa, penetraram terra a dentro atravessando os montes... No livre desenvolvimento dos negócios internos prosperaram notavelmente as colônias”. Los Videntes y lo Porvenir, 590.

Em 1854, dizia já o Dr. Felipe Schaff: “Os Estados Unidos da América do Norte são um prodígio nos anais da humanidade. Seu desenvolvimento deixa muito atrás em rapidez e em gigantescas proporções tudo o que até aqui se tem comprovado, e seu significado para o porvir zomba os mais audazes cálculos. Com menos de um século de existência, e devido sua força natural de expansão, constituem já os Estados Unidos um dos mais poderosos Estados do mundo civilizado que já intervêm em todo um continente e em dois oceanos e que estendem as redes de sua influência pacífica sobre a Europa, África e Ásia.” Los Videntes y lo Porvenir, 602.

Cremos que o que já foi dito é o suficiente como comprovante de que nenhuma outra nação, além dos Estados Unidos, preenche tão completamente estas palavras da inspiração:E vi subir da terra outra besta”.

UMA NAÇÃO ESSENCIALMENTE PROTESTANTE

Segundo já pudemos ver, os Estados Unidos constituem uma nação essencialmente protestante. Esta nação é filha legitima da Reforma Protestante do século XVI. Aludindo a isto diz Bancroft: “Filha da Reforma, estreitamente unida com os séculos passados e com os maiores combates espirituais da humanidade, foi colonizada Nova Inglaterra por gente entusiasta que não temia a outro senhor que a Deus.” – E diz mais:A Reforma, à qual se devem os choques entre dissidentes ingleses e a hierarquia anglicana, foi a que colonizou Norte América; A Reforma que emancipou os Países Baixos unidos, conduziu ao estabelecimento dos europeus nas margens do Hudson.” - Observa também sobre os colonos de Nova York: “Os colonos eram os restos dos primeiros frutos da Reforma, procedentes das províncias belgas e da Inglaterra, da França e da Boêmia, da Alemanha e da Suíça, do Piemonte e dos Alpes italianos.” Los Videntes y lo Porvenir, 591. 

Sem dúvida alguma os alicerces e a vida da grande nação são inteiramente protestantes, e, ao nos referirmos à besta que subiu da terra, temos nela os Estados Unidos da América do Norte – Protestantes, ou, mais propriamente, o Protestantismo Estadunidense, pois a nação nada mais é do que um poder civil-religioso.

E TINHA DOIS CHIFRES SEMELHANTES AO DE UM CORDEIRO

Antes de tudo urge dizer-se que a besta que subiu da terra não é um cordeiro. O profeta enfaticamente diz que os seus dois chifres são como de cordeiro. Nesta besta simbólica é para temer-se não os simbólicos chifres inofensivos de cordeiro, mas a própria besta que, sob o disfarce de chifres de cordeiro, esconde sua verdadeira natureza a ser por ela revelada por ocasião propicia, sendo neste sentido muito evidente o conjunto da profecia.

“Dois chifres semelhantes ao de um cordeiro”. Ao descrever Daniel os dois chifres do carneiro do oitavo capítulo do seu livro, diz que eles representavam duas nações irmanadas ou dois poderes distintos unidos na conquista do mundo – a Pérsia e a Média. Na descrição do domínio mundial da Grécia, declara Daniel referindo-se às quatro pontas do bode, que o mesmo poder se dividiria em quatro reinos. E, ao fazer menção do quarto animal representativo de Roma-pagã, diz o profeta que os dez chifres indicavam 10 reinos em que se dividiria o poder romano. Dan. 7:24, 8:3,20,22. Agora, porém, temos uma outra besta, com dois chifres dos quais nada é dito sobre divisão em dois do poder da besta que os traz. O que representam os dois chifres então?

Os dois chifres de cordeiro designam os dois característicos dos Estados Unidos, manifestos pela primeira vez no mundo por uma nação. Estes dois característicos da nova nação, podemos entendê-los usando uma simples ilustração. Por exemplo: que nos poderia acontecer diante de um cordeiro? Investiria ele sobre nós? Usaria ele contra nós, para nos ferir, os seus dois pequenos chifres? Fugiríamos dele porventura por causa de seus dois pequenos chifres?  Todas as respostas são negativas. Um cordeiro natural deixa-nos em paz, em liberdade e jamais fará uso de seus dois chifrezinhos para ferir alguém. Podemos dizer que seus dois chifres são emblemas de seu poder pacífico. Diante de um cordeiro, pois, estamos em plena liberdade.

Assim são os dois característicos dos Estados Unidos representados pelos dois chifres da besta que é seu símbolo. São emblemas das duas grandes liberdades – liberdade civil e liberdade religiosa – que caracterizam o governo e a nação Norte Americana. Um escritor estadunidense, frisando acentuadamente este ponto, diz “que o espetáculo que essa nação ofereceu então ao mundo, e que durante séculos não lhe tinha dado gozar, foi o de uma igreja sem papa e de um Estado sem Rei”. Uma igreja sem papa para escravizar as consciências e um Estado sem Rei para oprimir – como manifesto até àquela época do Velho Mundo. Em outros termos, os dois princípios fundamentais da nação, liberdade civil e religiosa, que notabilizaram e distinguiram os Estados Unidos, podem ser resumidos nestas outras duas palavras: Protestantismo e republicanismo. Estes princípios que são o segredo do poder e prosperidade dos Estados Unidos, era o anelo dos peregrinos quando para o “novo mundo” fugiram da Europa oprimida pela igreja de Roma em conluio com os reis daquelas nações. Ainda estavam em alto mar quando assentaram os planos para estabelecerem estas duas sagradas liberdades no novo continente. Bancroft, o historiador, a isto, refere-se dizendo:

“Este documento foi firmado por todos os homens, que eram 41, os quais com suas famílias constituíam uma colônia de 100 pessoas, uma verdadeira democracia que se estabeleceu na Nova Inglaterra. Tal foi a origem da liberdade constitucional do povo”. “No camarote do Flor de Maio, recuperou a humanidade seus direitos e estabeleceu a soberania sobre as bases de leis iguais para o bem comum”. Los Videntes y lo Porvenir, 594.

Quando mais tarde, como colonos unidos, formularam a declaração de independência, inseriram no preâmbulo, a essência dos dois grandes princípios de liberdade.

Quando, por fim, as colônias unidas estabeleceram a Constituição Americana, que ainda hoje é a mesma, asseguraram por ela plena liberdade de consciência. No preâmbulo do grande documento, lemos:

“Nós, o povo dos Estados Unidos, a fim de formar uma união mais perfeita, estabelecer a justiça, assegurar a tranqüilidade interna, prover a defesa comum, promover o bem estar geral, e garantir para nós e para os nossos descendentes os benefícios da liberdade, promulgamos e estabelecemos esta Constituição para os Estados Unidos da América”. No artigo seis e na primeira emenda lemos: “Jamais se exigirá, como condição para o exercício de qualquer função ou cargo público sob a autoridade dos Estados Unidos, a posse de qualquer qualificação do ponto de vista de religião. O Congresso não poderá passar nenhuma lei estabelecendo uma religião, proibindo o livre exercício dos cultos, cerceando a liberdade da palavra ou da imprensa, restringindo o direito do povo se reunir pacificamente ou de dirigir ao governo petições para a reparação de seus agravos”. Credo de Liberdade, pág. 38-39.

Era este o espírito de George Washington, o primeiro presidente da nação, que disse: Todo o homem que se conduz como bom cidadão, só a Deus é responsável quanto à sua fé religiosa, e deve ser protegido no exercício do culto que prestar a Deus segundo os ditames de sua consciência.

Em outro parágrafo que antes já havia sido adotado em uma assembléia do Estado da Virgínia, reza assim: A religião ou o dever que temos para com o nosso Criador, e a maneira como dela nos desempenhamos, só pode ser regulada pelo bom senso e pela convicção individual, mas nunca pelo constrangimento ou pela violência, donde se conclui que todos gozam igualmente do direito de praticar a religião de acordo com os ditames da razão. Constitui, portanto, dever mútuo de todos os homens usar uns com os outros de caridade, tolerância e simpatia. O Sábado, G. Stein Filho, 157.

Um projeto de lei apresentado por Thomas Jefferson (1785) para garantia da liberdade religiosa e adotada por maioria de votos, concluía deste modo: “Resolve, portanto, a assembléia geral, que pessoa alguma deve ser constrangida a freqüentar ou contribuir para qualquer culto divino, lugar ou oficio religioso, nem sofrer danos, constrangimento ou outra pena qualquer em sua pessoa ou em sua propriedade por motivo de sua fé, ou de suas convicções religiosas; mas que todo o homem deve ter plena liberdade de professar, externar e defender as sua idéias sobre religião sem que isto afete de alguma maneira o seu caráter ou a sua posição como cidadão”. O Sábado, G. Stein Filho, 157 e 158.

Logo depois da proclamação da constituição, foram cunhadas moedas (1793, 1794, 1795), que traziam num lado a inscrição LIBERTY e 15 estrelas correspondentes aos Estados da União, e no lado oposto a frase – United States of América.

Temos deste modo patente na Constituição da nação Americana, nas dos Estados que a formam e em suas próprias moedas, a interpretação dos dois chifres semelhantes aos de um cordeiro: liberdade civil e liberdade religiosa. Estes princípios da nação americana são a essência do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo – dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. A jovem República consagrava pela primeira vez na história, estes dois princípios inalienáveis de consciência, em que ao governo não assiste o direito de legislar em matéria de religião e nem à igreja compete emiscuir-se no que respeita ao governo civil. Os abusos destes dois princípios básicos do bom governo, foi que deu à Idade Média a hedionda alcunha de Idade Escura, e resultou em morticínios e chacinas de milhões que procuravam liberdade de consciência para praticar a sua religião e adorar livremente a Deus. Todavia, nação alguma antes dos Estados Unidos houve jamais em que aos homens fosse garantida tão plena liberdade de adorar a Deus segundo os ditames da consciência. Em nação alguma e em época nenhuma foi o evangelho tão desembaraçado de qualquer empecilho no que diz respeito à sua difusão quer em voz audível quer pela pagina impressa. Mesmo até uma sociedade bíblica e inúmeras sedes de missões cristãs de além mar têm plena liberdade nos Estados Unidos. E ainda, como maior evidência da completa liberdade de culto na grande nação, informa o Year book of Americam Churches, de 1943, que em 1942 havia ali operando livremente, nada menos de 256 corpos religiosos cristãos.

Toda a antiga história havia girado em torno da soberania espiritual e temporal. Os Estados Unidos, porém, quebraram por sua Constituição o intolerável ritmo até então seguido pelas nações e lhes deram o exemplo de povo livre. Bancroft expressa o cumprimento da profecia pelos Estados Unidos, nestas palavras: “Os americanos estavam convencidos de que haviam sido escolhidos para desenvolver e propalar a liberdade civil e religiosa; que haviam sido destinados a experimentar grandes bênçãos e grandes provas, a sustentar grandes lutas e a conhecer grandes gozos, a cumprir gloriosamente com seu grande dever de fundar no Novo Mundo a liberdade e dar o exemplo ao antigo. Los Videntes y lo Porvenir, 593. Nos Estados mais antigos da história o governo e a religião não formavam mais que uma só entidade individual. Ninguém pensava então fazer da religião assunto da consciência particular do individuo, até que se ouviu afinal uma voz na Judéia que ordenava não dar a César senão o que era de César. Isto era a aurora da maior e mais importante época da vida da humanidade e mediante ela criou-se para todo governo humano uma religião pura, espiritual e geral. A regra ficou em estado virtual durante a infância do evangelho para todos os homens. Porém, tão logo como esta religião foi adotada pelo chefe do império romano, viu-se despojada de seu caráter geral e avassalada por sua união profana com um Estado profano. E assim seguiu sendo até que a nova nação que havia sido aviltada o menos possível pelos desconsoladores sarcasmos do século XVIII e onde vivia um povo que melhor que nenhum outro em todo curso da história apegara-se ao cristianismo, sendo assim dito povo a principal herança da Reforma em sua forma mais pura, negou-se constituir um governo para os Estados Unidos que viesse tratar a fé e a religião como algo que um corpo legislativo pudesse reger ou que pudesse ter por chefe a um monarca ou a um Estado. Ao proclamar o direito pessoal em assunto de religião, atreveu-se a nova nação a dar um exemplo em suas relações com Deus e como devia adotar-se o princípio assentado pela primeira vez por Deus na Judéia. Entregou a direção das coisas temporais ao poder temporal, porém, a Constituição americana, em conformidade com o povo dos diferentes Estados, negou ao governo geral o direito de penetrar no santuário da razão, no baluarte da consciência e da alma; e isto não por indiferença, senão para deixar o espírito infinito da eterna verdade se desenvolvesse em sua liberdade, em sua pureza e em seu poder. História da Reforma da Constituição, Livro V, Cap. I

Em confirmação disto, diz o Dr. Hinschius: “O país clássico em que ficou realizado este sistema de separação do Estado e da Igreja é o dos Estados Unidos da América do Norte.” Los Videntes y lo Porvenir, 599.

Temos até este passo, constatada plenamente, a profecia apocalíptica sobre a besta que subiu da terra. Nada contesta, pois a própria voz da grande nação do Novo mundo, que a comprova com segurança e da fé absoluta a seu inolvidável cumprimento.   

E FALAVA COMO DRAGÃO

A poderosa nação norte-americana, fundada na gloriosa base profética de liberdade, é drasticamente denunciada na profecia que lhe diz respeito. A revelação põe-nos a par que embora a besta estadunidense possua chifres de cordeiro, e tenha com eles demonstrado pacíficas intenções, - falará, afinal, como o dragão. Aqui se nos apresenta patentemente a desastrosa mudança que no transcurso do tempo sofrerá a grande nação americana.

“Os chifres semelhantes ao do cordeiro e a voz de dragão deste símbolo indicam flagrantemente contradição entre o que professa e o que pratica a nação assim representada. A fala da nação são os atos de suas autoridades legislativas e judiciárias. Por esses atos desmentirá os princípios liberais e pacíficos que estabeleceu como fundamento de sua política”. O Conflito dos Séculos, 441. E quais deverão ser os atos da nação norte americana através de seus dois órgãos – legislativo e judiciário – que representarão a voz de dragão? Antes de tudo tenhamos em vista que, em outros textos do Apocalipse, são os Estados Unidos denominados de “falso profeta”. Apoc. 16:13 / 20:10. E, um falso profeta, segundo as Sagradas Escrituras, tem a pretensão de falar e ensinar matéria de religião em nome de Deus, quando em verdade sua mensagem e sua interpretação do evangelho inspirado são falsas. É em matéria de religião, portanto, que os Estados Unidos falará futuramente “como dragão”, através de suas autoridades legislativas e judiciárias.

Como comprovação disto, certificar-nos-emos das verdadeiras palavras ou da evidente voz do dragão segundo somos informados nas Escrituras Sagradas. Antes de tudo diga-se que o dragão, como simbolizado no Apocalipse 12, é o próprio satanás. A primeira vez que o mundo ouviu sua voz ou fala, foi no jardim do Éden para contrariar a revelação e afastar o homem de Deus e leva-lo à ruína e perdição eternas. Gen. 3:1-24. É claro, pois, que ele fala por intermédio de seus agentes humanos, e por eles planeja para perverter o puro evangelho de Cristo e perseguir os que a ele (evangelho de Cristo) se atem fielmente. Foi esta a razão que o levou à guerra contra Cristo e os apóstolos, sendo seus agentes os judeus. Depois dos judeus usou o paganismo romano, e depois deste tomou Roma papal em suas mãos para exterminar, se possível, a igreja cristã verdadeira, e mesclar de erros a verdade evangélica original.
Posto que os Estados Unidos são a potência representada pelo símbolo que fala como dragão, deduz-se que haverão de promulgar leis injustas e opressivas contra a fé religiosa e prática de seus cidadãos, a ponto de merecer o nome de potencia perseguidora”. Las Profecias de Daniel y El Apocalipsis, U. Smith, Vol. II, 218. São estas as palavras que o dragão falará pela grande nação e que são plenamente confirmadas pela continuação desta explanação.

EXERCENDO O PODER DO PAPADO

VERSO 12 – “E exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada”.

Exerce todo o poder da primeira besta.

A primeira besta da visão deste capítulo treze é o papado romano. O poder do papado que exercerá a besta de dois chifres, ou seja, os Estados Unidos, sob a liderança do protestantismo estadunidense, é o poder religioso despótico sobre as consciências. A nação protestante chegará ao ponto de exercer o poder perseguidor do papado contra todos quantos não se puserem em harmonia com seus ensinos em matéria de religião. A predição de falar como dragão, e exercer todo o poder da primeira besta, claramente denuncia o desenvolvimento do espírito de intolerância e perseguição que manifestaram as nações representadas pelo dragão e pela besta semelhante ao leopardo. O Conflito dos Séculos, E. G. White, 441.

Mas o poder opressor do papado que exercerão os Estados Unidos, será exercido em presença do mesmo papado. É bem de ver o que a profecia anuncia aqui, com insofismável clareza, a união dos Estados Unidos, na qualidade de nação protestante, com o papado romano. Já nos governos dos presidentes Rooselvet e Truman tiveram um representante pessoal – Miron Taylor – junto ao poder papal, no Vaticano; hoje “o novo embaixador dos Estados Unidos na Santa Sé, Miguel Humberto Diaz, nascido em Cuba, será o primeiro diplomata de origem latina a representar o país (Estados Unidos da América) no Vaticano.

Diaz foi conselheiro do presidente Barack Obama durante a campanha eleitoral. O novo embaixador expressou a vontade de aprofundar e alargar a relação especial entre os Estados Unidos e o Vaticano que se tem desenvolvido nos últimos 25 anos de laços diplomáticos formais.
Por seu lado, a embaixada testemunhou o bom entendimento entre os dois estados, baseado na colaboração sobre a liberdade religiosa, o diálogo inter-religioso, a paz e a segurança, entre outras prioridades”. Agencia ECCLESIA, Agencia de notícias da Igreja Católica em Portugal, 28 de Agosto de 2009.

É notável como a profecia salienta o fato de que é a nação protestante americana, que procurará esta aliança com Roma. De outro lado, o catolicismo minou de tal maneira os Estados Unidos e exerce em sua vida uma tão poderosa influência, que a nação não terá outra alternativa senão procurar aliança com a Sé de Roma.  

Desde que a Igreja Católica foi estabelecida oficialmente nos Estados Unidos, há 220 anos (06/11/1789 – instituída a diocese de Baltimore), seu progresso tem sido constante, ao ponto de haver neste país cerca de 77 milhões de católicos (76,9 milhões de católicos em 2003 nos EUA, fazendo deste o terceiro país de população católica do mundo em números absolutos, atrás apenas do Brasil e do México, respectivamente. Percentualmente, cerca de 26% dos estadunidenses.) Wikipedia , em comparação com os 32 milhões em 1955 e os 25.000 que haviam em 1784, ano em que o reverendo John Carroll foi nomeado prefeito apostólico para o territorio que então ocupava a jovem república norte-americana. Autoridades católicas dizem que a igreja nos Estados Unidos, em 1952, possuia grande influencia e prestigio e que sua voz, em inúmeras questões sociais, é escutada e respeitada, hoje uma quarta parte da população dos Estados Unidos é católica, e sua influencia na vida norte-americana alcançou um grau bastante elevado.

As estatísticas para o ano de 2009 indicavam existir neste país 4.489 sacerdotes diocesanos e religiosos; 60.715 religiosas; 4.905 irmãos religiosos; 16.935 diáconos permanentes; 18.674 paróquias, inclusive 91 novas paróquias; 562 hospitais que atenderam 85.293.351 pacientes; 3.009 centros de serviços sociais com 27.213.486 pessoas assistidas no ano; 189 seminários com 4.973 estudantes; 234 colégios maiores católicos e universidades com 795.823 estudantes; 1.341 institutos de Ensino Médio com 674.380 estudantes; 6.133 escolas de Ensino Fundamental com 1.609.387 estudantes. Ademais, Cada ano, as organizações católicas investem 28 bilhões de dólares em serviços sociais e educativos. Segundo o Diretório Católico Oficial dos Estados Unidos, o número de católicos aumentou em 1 milhão desde o ano 2008, informa o site da Conferência Episcopal dos Estados Unidos. O Diretório está baseado em informação recolhida das dioceses e é divulgado anualmente. WASHINGTON, quinta-feira, 4 de junho de 2009 ZENIT.org - Por Nieves San Martín

Outro dado importante é que William Joseph Levada (nascido em Long Beach, Califórnia, a 15 de junho de 1936) é um dos 18 cardeais estadunidenses, cardeal (presbítero) e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cargo ocupado pelo antecessor, atual Papa Bento XVI (Joseph Alois Ratzinger) por 23 anos até o seu pontificado a 24/04/2005; também é Presidente da Pontifícia Comissão Bíblica, Presidente da Comissão Teológica Internacional e Presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, quatro posições do mais alto destaque dentro da hierarquia da Igreja Católica, ocupadas atualmente por um estadunidense (exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença), que também é fato histórico, pois, é o primeiro não europeu a ocupar tal posição. (Wikipedia)
http://www.vatican.va/news_services/press/documentazione/documents/cardinali_biografie/cardinali_bio_levada_wj_en.html (07/04/2012)  

O cardinalato não é sacramento da ordem, como o episcopado e o presbiterato, mas função consultiva ou administrativa nas congregações, tribunais e ofícios, que constituem a cúria romana, competindo-lhe com exclusividade a eleição do Papa, (atualmente dos 186 cardeais no mundo, somente 113 são eleitores – pois tem menos de 80 anos) os cardeais da Igreja são a espinha dorsal sobre a qual gira o governo universal da Igreja de Roma.


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A “CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ”

O Prof. Arthur Noble, membro do Conselho Protestante Unido da Grã Bretanha, um cristão bíblico, defensor do país contra as investidas do Vaticano, aconselhando os britânicos a ler e obedecer a Bíblia King James, escreve um artigo que pode ser lido (em Inglês) no site "www. ianpaisley.org" , do Dr. Ian Paisley, um dos escritores bíblicos mais respeitados do Reino Unido. Vamos dar (numa tradução livre) a palavra ao Prof. Noble, o qual tem muito o que nos contar sobre como o Vaticano está agindo no sentido de limpar completamente o seu passado repleto de crimes hediondos.

A demonstração pública de arrependimento feita pelo Papa JP2, no dia 12/03/2001, durante sua visita a Israel, não passa de enganosa contravenção. O mundo está sendo levado a crer que o líder da Igreja Católica está pedindo perdão pela perseguição, tortura e assassinato de centenas de milhões de inocentes seres humanos - crimes que ele mesmo descreveu, durante uma missa especial na Basílica de S. Pedro, como "violência a serviço da verdade".
Contudo, um analista observador da Igreja de Roma logo reconhecerá que o engodo já se faz presente na linguagem escolhida, pois o termo "verdade" tem aí a conotação de "fé", isto é, da fé católica, fora da qual, segundo Roma, não há salvação. Isso quer dizer que o papa, realmente, não admitiu, até hoje, um grama de culpa com relação à sua igreja, atribuindo essa culpa somente ao excesso de zelo por parte de alguns dos seus filhos e filhas no passado.

Realmente, essa pretensão de arrependimento não é novidade alguma (Roma nunca muda). Em 1542, o Papa Paulo III (1534-1549), quando colocado sob o foco da Reforma Protestante, foi também forçado a apresentar
um inquérito oficial do Vaticano sobre os excessos da Inquisição Medieval e da Inquisição Espanhola, inauguradas, respectivamente, pelo Papa Gregório IX, em 1231, e Sisto IV, em 1478, Do mesmo modo, Paulo III recusou-se a condenar a "única igreja verdadeira", atribuindo os excessos praticados a alguns extremistas. Naquele tempo, o corpo de investigação era conhecido como "Congregação da Inquisição", o qual, longe de se arrepender dos horrores praticados, foi simplesmente encarregado de justificar o que havia sido feito, conforme a suposta "fé cristã". Não foi uma admissão de culpa, nem uma expressão do desejo de mudar. Foi apenas uma farsa destinada a dar a impressão de ambas. Nesse caso, esse inquérito se tornou, na prática, o terceiro estágio da Inquisição.

O Papa Paulo III foi o papa da Contra-Reforma, o mesmo que instigou o Concílio de Trento a ratificar e fortalecer as doutrinas da Igreja Católica Romana, afirmando que se tratava de uma reforma na Igreja. Contudo, ele jamais condenou a Inquisição como tal, do mesmo modo como o atual Papa JP2 tem feito agora. O propósito de Paulo III era reverter a Reforma Protestante e reaver o que Roma havia perdido no Século XVI. Este é exatamente o objetivo do Movimento Ecumênico, o qual, de modo nenhum, está interessado no diálogo entre fés e deve ser observado como uma nova edição do Concílio de Trento em nossos dias.

A Inquisição jamais foi rejeitada ou abandonada pela Igreja Católica. Ela continua viva e atuante, em pleno funcionamento, nos dias atuais. Ela simplesmente tem se mascarado com outro nome. Quem não quiser acreditar em minhas palavras, leia o Modern Catholic Dictionary (Dicionário Católico Moderno), editado em 1980 pela Doubleday e lá vai descobrir, pela boca da própria Roma, a verdadeira razão pela qual o papa anda circulando pelo mundo inteiro, nos últimos anos. Assim declara o artigo referente à Inquisição:

"Em sua forma atual, estabelecida pelo Papa Paulo VI, em 1965... Ela começou em 1542, sob o Papa Paulo III, como "Congregação da Inquisição" , para defender a Igreja contra a heresia. Em 1908, o Papa Pio X reorganizou a Inquisição, mudando o nome para "Congregação do Santo Ofício", anexando à mesma a Seção de Indulgências. Em 1965, Paulo VI, mais uma vez, reafirmou o objetivo do "Santo Ofício", mudando o nome do mesmo para
"Congregação para a Doutrina da Fé". Disse o papa: ´Agora nos armamos melhor para a defesa da fé, promovendo a doutrina´.

A competência da "Congregação" engloba uma vasta área, incluindo tudo que possa interessar à fé católica, tais como teorias teológicas, escritos contrários à fé católica, o privilégio da fé em caso de matrimônio e o julgamento de crimes contra a fé. Sessões preliminares da "Congregação" decidem as principais questões através do voto deliberativo e são propostas à aprovação do papa".

O ano de 1965 foi então descrito, conforme o Moderno Dicionário Católico, como o ano do estabelecimento da forma atual, isto é, do
4o. estágio da Inquisição, o qual coincidiu com as últimas sessões do Vaticano II (1962-1965), convocado por Paulo VI e concluído por João XXIII. Significativamente, foi o Decreto de Paulo VI sobre o Ecumenismo nesse Concílio que instalou o "diálogo e a unidade" , com o termo "irmãos separados", substituindo o termo "hereges". Enquanto isso, o Concílio persistia, obstinadamente, na observação de que "o Cristo da única igreja verdadeira é o único meio de salvação". (Documento do Vaticano II, Londres, Chapman, 1967, p. 346).

Essa nova "Congregação da Inquisição" de Paulo VI nada tem a ver com o diálogo genuíno e foi formada a fim de "defender a Igreja contra a heresia", ou seja, com
o mesmo propósito da Inquisição. O que aparece é apenas uma graciosa camada de verniz aplicada com o nome de Movimento Ecumênico, o qual ocupa todas as características de um sutil subterfúgio inquisitorial.O homem que lidera (liderava até 24/04/2005) a "Congregação para a Doutrina da Fé" (o novo nome da Inquisição atual), é (era) o cardeal Joseph Ratzinger [atual papa Bento XVI], cujo título oficial é "Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé". Ele é o moderno inquisidor-mor, sucessor de monstros abomináveis como Jimenez Cisneros, o qual forçou a conversão dos mouros espanhóis e promoveu as cruzadas para conquistar a África do Norte, e do maligno Cardeal Fernando Niño de Guevara (modelo da famosa pintura de El Greco).

Significativamente, Ratzinger é (era até 24/04/2005) também o
presidente da Comissão Teológica Internacional, a qual tem propagado vigorosamente o Romanismo no mundo inteiro, mascarado de compromisso ecumênico. O objetivo declarado do Vaticano é subjugar o mundo inteiro à autoridade do papa. O que está fazendo o Papa JP2? Está posando, como Paulo III, de Reformador, ao mesmo tempo em que procura atrair os não católicos ao papado, sem mudar sequer um til da doutrina romanista. Os arcebispos de Canterbury e Amagh, em sua recente declaração sobre a autoridade do papa em todos os assuntos de fé e moral, ou estão redondamente enganados ou são colaboradores dessa farsa diabólica.

No dia 07/05/2000, o "
Roman Catholic Zenit News Service" registrou um documento escrito pela Comissão Teológica Internacional, apresentada por Ratzinger, intitulado "Memória e Reconciliação" , cujo tema, "A Igreja e as Faltas do Passado" diz que "o mea culpa do papa [...] não representa uma interrupção radical na tradição da Igreja". O documento contém ainda um ataque à Reforma Protestante, afirmando: "O Protestantismo criou uma nova historiografia da Igreja com o propósito de demonstrar que a Igreja Católica não apenas carrega a mancha do pecado, como é totalmente corrupta e destruída. Portanto, ela não é mais um instrumento de Cristo, mas do Anticristo, não sendo uma igreja, mas uma anti-igreja".

O documento prossegue, então, fazendo uma limpeza completa da história sangrenta da Igreja, recusando-se a condenar os seus crimes do passado, "Sem propósito algum, uma historiografia católica emergiu por meio do contraste (isto é, para o protestantismo) para mostrar que apesar dos pecados da Igreja, ela continua sendo a Igreja dos santos: a Santa igreja. [...] A Igreja atual não pode se constituir em tribunal que passe sentenças sobre o passado."

Roma, com sua própria linguagem dobre, acaba de condenar a si mesma. Ela está preparando uma limpeza completa do seu passado sangrento, a fim de ludibriar os protestantes, levando-os a crer que tem admitido sua culpa. Esta farsa foi criada para engodar os tolos, no sentido de que Roma mudou...Mas Roma nunca muda!

Prof. Paulo Cristiano, Segunda, 23/04/2007 - Presbítero da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, professor de religiões, vice-presidente do CACP e escritor.
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www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=99&cont=1&menu=2&submenu=1


FAZ COM QUE A TERRA E OS QUE NELA HABITAM ADOREM A PRIMEIRA BESTA

A declaração de que a besta de dois chifres faz com que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, indica que a autoridade desta nação deve ser exercida impondo ela alguma observância que constituirá ato de homenagem ao papado. Semelhante atitude seria abertamente contrária aos princípios deste governo, ao espírito de suas instituições livres, às afirmações insofismáveis e solenes da Declaração de Independência e à Constituição. Os fundadores da nação procuraram sabiamente prevenir o emprego do poder secular por parte da igreja, com seu inevitável resultado – intolerância e perseguição. A Magna Carta estipula que o congresso não fará lei quanto a oficializar alguma religião, ou proibir o livre exercício da mesma, e que nenhuma prova de natureza religiosa será jamais exigida como requisito para qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos. Somente em flagrante violação destas garantias à liberdade da nação, poderá qualquer observância religiosa ser imposta pela autoridade civil. Mas a incoerência de tal procedimento não é maior do que o que se encontra representado no símbolo. É a besta de chifres semelhantes aos de cordeiro – professando-se pura, suave e inofensiva – que fala como dragão. O Conflito dos Séculos, 441-442.

Henry Ford escreveu: “Baseia-se o orgulho de nosso país em que ninguém seja perseguido por  sua raça, cor nem fé, senão que todo mundo tenha direito á liberdade”. O Judeu Internacional, Henry Ford, pág. 40.

Todavia a nação americana quebrará logo este orgulho no que diz respeito à fé e à consciência religiosa, para exaltar o papado e perseguir os verdadeiros seguidores do Senhor Jesus, contrários à apostasia de Roma. A declaração: “E faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta”, ressalta o futuro consórcio entre as bestas ou entre o papado-romano e o protestantismo-estadunidense. Leis serão promulgadas pelo Congresso americano em exaltação do papado e seus dogmas. E aqueles que pela Reforma saíram da velha igreja mãe apostata, a ela estenderão suas mãos para exaltá-la, adorá-la e fazer através de leis com que todos a adorem.

E FAZ GRANDES SINAIS

VERSO 13 – “Ela opera grandes maravilhas, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens”.

Fato real, fantástico, prodigioso, aterrador e sobrenatural, são os resultados das bombas nucleares (Revista de Ensino de Ciências Nº 11 – Dezembro 1984, Pág. 4 a 15), ainda mais que seus efeitos mais nocivos caso sejam usadas, ocorram quando lançadas de grandes alturas e explodidas a caminho do solo, provocando uma visão de bola de fogo descendo dos céus. Ousadamente foram os Estados Unidos quem utilizou deste expediente diretamente contra a própria humanidade deixando o mundo estupefato, inseguro e deslumbrado com o poder dessa nação. (VER  -  YouTube BOMBA ATOMICA DE HIROSHIMA E NAGASAKI - NahhLi)
Em “O TERCEIRO MILÊNIO – Alejandro Bullón”, à pagina 100, podemos observar pela pergunta introspectiva proposta, para saber a quem simboliza a segunda besta, vê-se uma direção ao evento final da 2ª guerra mundial, a qual segue: Qual é atualmente o país que deslumbra com sua tecnologia, com seu poderio militar e que a História apresenta como o único país que um dia até se atreveu fazer cair , literalmente, “fogo do céu”, destruindo duas grandes cidades?

A TRAGÉDIA

Há sessenta e cinco anos (16/07/1945), num abrigo escavado no deserto do Novo México, Estados Unidos, dezenas de cientistas aguardavam com ansiedade o desfecho do “Projeto Manhattan”, a primeira explosão atômica da historia da humanidade. Muitos dos cientistas que presenciaram o teste, horrorizados com a experiência, convenceram-se de que aquela arma jamais deveria ser usada contra seres humanos. Outros cientistas, porém, não hesitaram em aconselhar o emprego da bomba contra o Japão, como único meio de abreviar a guerra. Apesar dos insistentes protestos e apelos de renomados cientistas, os que gozaram de influências junto às esferas governamentais, venceram. A decisão final partiu do Presidente Truman, de comum acordo com Winston Churchill, primeiro-ministro inglês.
Em 6 de Agosto de 1945 um avião de bombardeio americano B-29, procedente de Tinian, nas ilhas Marianas, lançou a primeira bomba atômica. Ela desceu de para-queda, sendo detonada a um pouco mais de 500 metros de altura acima do alvo – Hiroshima, Japão. Eram exatamente 8 h e 16 minutos da manhã, o momento mais trágico do século XX.
Para os que lá estavam e sobreviveram, a lembrança do instante em que o homem, pela primeira vez, desencadeou contra si mesmo as forças naturais de seu universo, como de um relâmpago de pura luz, ofuscante e intensa, mas de uma terrível beleza e variedades. O relâmpago inicial gerou uma sucessão de calamidades. O calor intenso, no primeiro instante, derreteu telhados, fundiu cristais de quartzo nos blocos de granito, chamuscou os postes telefônicos numa área de 3 quilômetros e incinerou os seres humanos que se achavam nas proximidades, tão completamente que nada restou deles. Depois o deslocamento de ar, varrendo tudo ao seu redor com a força de um furacão soprando a 800 km/h, num círculo gigantesco de mais de 3 quilômetros, tudo foi reduzido a escombros.
Em Hiroshima foi lançada a primeira bomba, a segunda em Nagasaki, também no Japão três dias depois, resultando em muitíssimos milhares de mortos e deixando outra quantidade bem maior de feridos.
O trauma atingiu todos os povos, tornando-se um drama pungente de expectativa e terror.

A IMAGEM DA BESTA

VERSO 14 – “Graças às maravilhas que lhe foi concedido realizar em presença da besta, ela seduz os habitantes da terra, incitando-os a fazerem uma imagem em honra da besta que tinha sido ferida pela espada, mas voltou à vida”.

Ainda a mesma besta que subiu da terra – EEUU - engana com sinais os habitantes da terra, e pede aos habitantes da terra que façam uma imagem da primeira besta.

A história profética passada do papado mediou entre os anos 538 e 1798. alguns poucos anos antes de 538, Justiniano, imperador do Oriente, investiu o papa, ou melhor, o papado, como cabeça da igreja e corretor de hereges. Mas, para que pudesse ser o “corretor de hereges”, deveria o papado ter poder para tal além do poder eclesiástico. Foi então que premeditou e realizou o seu sonho de unir-se ao governo civil e este com ele. Por essa união com o poder civil, tinha em suas mãos espada para enfrentar os chamados hereges dissidentes, castiga-los, confiscar seus bens, encarcera-los, tortura-los, e sentencia-los à morte. Foi isto – Igreja, o poder eclesiástico e Estado, o poder estatal, unidos – que constituiu o papado na Europa Medieval, sendo hoje constituído na igreja estado, o Estado da Cidade do Vaticano, que é um estado eclesiastico ou sacerdotal-monárquico, governado pelo bispo de Roma, o Papa, estado este com representação diplomatica em quase todas as nações do mundo, além de orientar espiritualmente 1,142 bilhões de Católicos Romanos (Latinos e Orientais) de todo o mundo. http: pt.wikipedia.org/wiki/Vaticano – 26/05/2010 – 21:00 hs.

A união da igreja papal ou do próprio papado com o Estado, foi a mais triste experiência da história humana. Por essa união em que Roma papal dominou o poder civil, o papado tornou-se intolerante, e pela força do Estado, procurou impor seus dogmas e eliminar os oponentes. Sua história foi regada com o sangue de dezenas de milhões de inocentes santos seguidores de Jesus Cristo.

Uma imagem da besta nos Estados Unidos, será uma identificação do papado, como visto acima. Será a união principalmente nos Estados Unidos, do protestantismo, catolicismo e Estado. E este estado de coisas exarado na profecia, já está sendo há algum tempo promovido, primeiramente entre os seguimentos religiosos – ecumenismo, numa única federação.

“Numa sessão do Executivo dessa Federação das Igrejas, realizada em Syracusa, New York, foi declarado que o fim dessa federação é ‘aperfeiçoar uma organização que daria ao protestantismo o que ele tanto necessita como assistência eficaz e realizaria A SUPREMACIA REPRESENTATIVA DA REPÚBLICA APOSTÓLICA, assegurando-lhe dessa forma as vantagens que a Igreja de Roma possui na sua magnífica organização’”. O Sábado, G. Stein Filho, 179.

Vejamos o fim declarado dessa federação que, propondo-se imitar “a admirável organização” da Igreja católica, propõe-se naturalmente imitar seu sistema de governo. Removendo o estado diviso do protestantismo pela criação de uma igreja universal e conseguintemente de um credo universal, pretende ela criar um padrão uniforme e definido de religião cristã, e assim realizar seu objetivo que, de acordo com o artigo IV do seu plano de organização, é “assegurar uma vasta influencia combinada das Igrejas de Cristo em todos os negócios morais e sociais do povo de modo a prover e aplicar a lei de Cristo em todas as relações da vida humana.

No concílio em que foram discutidas as bases dessa federação, o dr. Dikey, desenvolvendo este ponto, disse: “Esta federação há de impor audiência E FALAR COM PODER, quando ela tiver posto de parte as suas diferenças, fazendo da coesão o seu argumento”. O bispo Hendrix, expondo as relações dessa federação com o Estado, disse: “O nosso objetivo não é ter uma religião estabelecida pelo Estado e sim ter UM ESTADO ESTABELECIDO PELA RELIGIÃO”. O Sábado, G. Stein Filho, 180-181.

A igreja ou as igrejas protestantes americanas usarão o poder civil para reprimir tudo que julgar ser heresia, impor seus dogmas sob pena de confiscação de bens e prisão dos recalcitrantes. Entretanto a “imagem da besta” será um ato (atos), como reza o versículo, de engano sob a tutela de “sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença desta”.
  
A IMAGEM DA BÊSTA EM FACE DA CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS

A constituição dos Estados Unidos não permite a formação da “imagem da besta”, isto é, a união da Igreja com o Estado, ou, melhor, a supremacia da Igreja sobre o Estado. A Constituição americana é a garantia absoluta da liberdade de consciência pela qual labutaram e na qual fundamentaram a vida da nação, os seus fundadores. Mas o grande altar estadunidense, a sua Constituição de liberdade, está fadado a ser alterado pelo espírito de intolerância que desde algum tempo toma vulto no seio das igrejas protestantes da nação.

Em 1863 uma reunião de preeminentes protestantes, teve por único objetivo influir para que uma emenda na Constituição federal viesse a ser votada pelo Congresso, a fim de que fizesse dos Estados Unidos uma nação “cristã”! No ano seguinte surgiu uma completa organização sob o nome de “Liga para a consecução de uma emenda religiosa para a Constituição”, passando a chamar-se “Liga de Reforma Nacional”.

O primeiro ato dessa liga foi a representação ao Congresso Nacional solicitando uma emenda à Constituição no sentido de ser Deus reconhecido como a fonte de toda a autoridade e poder no governo civil e Cristo como o dominador supremo entre as nações e Sua vontade revelada como a lei suprema do país, para que o governo dos Estados Unidos, fosse acatado como um governo cristão. Foi esta a primeira tentativa coletiva no sentido de produzir uma imagem do papismo. Em 1867 foi fundado o “The Statesman Christian”, órgão oficial da supra-dita Liga, que, desde 1884 inseria artigos em jornais com declarações aclamatórias no sentido de unir Igreja e Estado, numa promoção inconseqüente.

“Nós podemos ser bem sucedidos mesmo com alguns milhares de igrejas e ministérios estratégicos em zonas de influência regional comprometido com a batalha a longo prazo para restaurar a república cristã. Ela vai acontecer mais cedo uma vez que as linhas da batalha são desenhadas.
“Para nossos propósitos, nós usaríamos a Coligação Por Revival documento fundamental para a Igreja: Os 42 artigos dos Fundamentos de uma Cosmovisão Cristã (42 indicações gerais da fé cristã que todas as denominações podem acordar). Eles também serão convidados a ler, compreender e educar seu rebanho com os seguintes documentos: Os 25 artigos sobre o Reino de Deus - Um Manifesto para a Igreja cristã, uma declaração em que a Igreja deve estar (unida) em questões (doutrinárias) importantes (e de uma justificativa para ativismo), e os 17 documentos Cosmovisão (declarações sobre como aplicar a Bíblia em todos os campos da vida)”. (parte da) “Declaração de Dependência”: Uma estratégia para recuperar Latina - Por Jay Rogers- Diretor Internacional, The Statesman ChristianPublished May 2008 Publicado em maio 2008.

Os legisladores estadunidenses têm até agora sustado o pedido de emenda religiosa da Constituição. Porém, diante da pressão que os assedia de todos os lados, não serão capazes de suste-lo por muito tempo.

Ora, Cristo peremptoriamente declarou que o Seu reino não é deste mundo (João 18:36). A Sua Igreja é um reino todo espiritual que nada tem a ver com o mundo e sua política. Materialmente esta deve estar sujeita aos governos civis como qualquer outro individuo, dando a César o que é de César, sem pretender invadir os domínios deste. Espiritualmente a Igreja deve estar subordinada a Deus, dando a Deus o que é de Deus (Mateus 22:21, Romanos 13:1). É o domínio espiritual sobre a Sua Igreja e exclusivamente sobre esta que Cristo se reserva neste mundo, declinando em absoluto qualquer outro domínio. Quando uma multidão se propunha fazer de Jesus rei deste mundo, Cristo afastou-se resolutamente dela abandonando-a a si própria (João 6:15).

A IMAGEM DA BESTA É UMA HOMENAGEM AO PAPADO

Apesar de tudo, logo veremos suprimida a liberdade de consciência na grande nação do Novo Mundo. E ninguém pense que a supressão do credo de liberdade não é uma inspiração de Roma. O dragão do capítulo doze é símbolo de Roma pagã e no capítulo treze de Roma papal, a continuação da Velha Roma, recebeu todo o poder do dragão, e a besta de dois chifres que é os Estados Unidos (A BESTA (poder) que subiu da terra Dan. 7:17 Apo.VERSO 11), fala como dragão, que é a força do poder do papado. Além disso, segundo os ditames da profecia, a “imagem da besta” será realizada nos Estados Unidos como uma homenagem a Roma, em virtude de se propor exaltar o sinal da besta, o domingo, por uma lei constitucional. É por influência de Roma que o Congresso americano suprimirá a liberdade de consciência de sua Constituição. Vejamos o que dissera o papa Leão XIII aos católicos dos Estados Unidos em uma pastoral de 07 de novembro de 1885:

“Se os católicos dão prova de indolência, as rendas do governo cairão em mãos de pessoas cujas idéias são pouco favoráveis ao bem estar (da igreja). Suficiente motivo têm os católicos para intervir na vida política, para que o sangue vivo da ciência e da virtude católicas penetre em todo o organismo dos Estados. Todos os católicos que se prezam sê-lo hão de ter sempre em mente este fim e hão de trabalhar e influir até que cada um dos Estados se torne transformado conforme a imagem descrita por nós” Gazeta de Colônia, 13 de julho de 1896. Vemos que a profecia e seu cumprimento não podiam ajustar-se melhor.

Grandes organizações protestantes influentes estão em franca atividade desde algum tempo para conseguir afinal a “imagem da besta”. Fundaram agremiações com este objetivo comum, como a National Reform Association, a International Reform Rurial, a Lord’s Day Alliance e a Federal Concil of the Church of Christ in América. Também sociedades católicas nos Estados Unidos procuram atingir o mesmo fim; e assim o protestantismo como o catolicismo conjugam suas forças num desmedido esforço, marchando juntos para a consecução da “imagem da besta” em homenagem ao papado romano.

Deste modo a “imagem da besta” encaminha-se para a sua formação segundo os moldes de Roma, como reza a inspiração. E a nação norte-americana alicerçada nos mais sagrados direitos alienáveis do homem – a liberdade de consciência – transformar-se-á em nação opressora, falando deveras como dragão. E o denominado Conselho Mundial de Igrejas está apressando, conjuntamente com as demais entidades que trabalham para o mesmo fim, a aproximação da catástrofe futura da nação da liberdade.

O ESPÍRITO DADO À IMAGEM DA BESTA

VERSO 15 – “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta”.

QUEM DARÁ ESPIRITO À IMAGEM DA BESTA?

Está amplamente demonstrado que os Estados Unidos são a besta de dois chifres semelhantes aos de cordeiro. O poder exercido pelo governo desta nação é o poder do povo. Assim, a sua transformação de um país de liberdade em uma imagem da besta, é um ato do povo através do seu governo. Portanto quando os Estados Unidos deixarem de ser o que agora são, para formarem a “imagem da besta”, entregarão a esta o poder governativo que agora exercem. A voz ativa da nação será daí em diante a voz da “imagem da besta” e não mais a voz de uma nação de liberdade. Em outras palavras, como a “imagem da besta” é a união entre Igreja e Estado, em que aquela faz deste o seu servo, a igreja terá o poder para falar e o Estado o dever de executar a sua fala. Ou podemos também dizer que o Estado falará não mais como um Estado civil livre, mas como um Estado religioso opressor que é a “imagem da besta”. É isto o que quer dizer: “E foi-lhe concedido, ao Estado, que desse espírito à “imagem da besta”, para que a “imagem da besta” falasse e falasse como dragão”.

CONTRA QUEM FALARÁ A “IMAGEM DA BESTA”?

Neste respeito a profecia é muito evidente. A “imagem da besta”, revestida do poder da própria nação, falará contra os que se lhe oporem, isto é, contra aqueles que protestarão à união ilícita e anti-evangélica da Igreja e Estado. Sua fala contra eles será de morte, dada a fidelidade deles aos mandamentos de Deus e a recusa da aceitação da “imagem da besta” e de suas imposturas (Apoc. 14:12).

Mas nenhum dos servos de Deus há de morrer pelas sentenças da “imagem da besta” estadunidense. Deus os protegerá de modo a não lhes cair um só fio de cabelo da cabeça. Serão protegidos pelas legiões de santos anjos celestiais, pelo que não será executada contra eles a sentença de morte em razão da lealdade que manifestaram à lei de Deus e ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Eles, reza a profecia, sairão “vitoriosos da besta, e de sua imagem” Apocalipse 15:2. Esse futuro tempo será para eles a “angústia de Jacó” e não morte de Jacó, pois este não morreu em sua angústia.

A EXALTAÇÃO DO SINAL DA BESTA

VERSOS 16-17 – “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou sobre a fronte; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”.

O ATENTADO DA BESTA CONTRA A LEI DE DEUS

Em harmonia com o exposto acima, o “sinal da besta” é o sinal do papado, que é a “besta”. Portanto, como o papado é um poder religioso, o seu sinal deve ser infalivelmente uma instituição religiosa sua por meio da qual pretenda ser reconhecido no mundo como autoridade suprema.

Quando um poder pretende derribar outro poder, trata de ab-rogar ou modificar a lei daquele a quem destronou e que por meio da qual (lei) o outro exercia sua autoridade. Estabelece então uma outra lei ou Constituição que revele a sua autoridade, como novo soberano vencedor. E foi precisamente isto que o papado procurou realizar para exaltar-se a si mesmo acima de Deus. Referindo-se às suas pretensões, o profeta Daniel menciona três coisas que o papado faria ao querer colocar-se acima de Deus: 1) “Proferirá palavras contra o Altíssimo”. 2) “Destruirá os santos do Altíssimo”. 3) “Cuidará em mudar os tempos e a lei”. Dan. 7:25 Note-se a lógica profética no que respeita a um poder usurpador: 1) Fala contra o poder  que derribou. 2) Elimina os súditos do poder derribado caso não simpatizem com a nova ordem. 3) Muda a lei ou a Constituição do poder vencido. Profecia cumprida.

Dos três pontos, porém, o que a profecia mais destaca é o que trata da lei em que é dito que o papado cuidará em mudar os tempos e a lei”. O vocábulo “Lei”, do hebraico “dath”, está no singular e não no plural. Se estivesse no plural teríamos a idéia de que o texto trataria das leis dos potentados que o papado dominou, a respeito das quais ele não pensou jamais na possibilidade de mudá-las, anulou-as. Os séculos da Idade Média são testemunhas de que o papado anulou decretos de potentados europeus e absolveu os súditos destes do juramento de fidelidade a eles prestado. Interpôs-se nos negócios das nações e na mais repelente humildade obrigou os príncipes governantes a prostrarem-se diante de si beijando-lhe os pés. overnantes a prostrarem-se diante de si beijando-lhe os pos europeus e absolveu os s  

A profecia de Daniel aponta diretamente ao papado, como colocado por si mesmo acima de Deus; Portanto, a lei que cuidaria ou pensaria em mudar, não poderia ser outra senão a lei do próprio governo de Deus, pois jamais poderia ele (papado) exercer seu abjeto despotismo religioso, a pretensiosamente colocar-se acima de Deus, a menos que alterasse a Sua lei suprema, afastando dela a Sua autoridade de Rei do Universo. Todavia, segundo a expressão da profecia de Daniel, o papado intentaria cometer contra a lei de Deus um ato que não lhe assiste o direito de cometer, mas que pensaria poder cometê-lo. Mas, enquanto Daniel no seu tempo vaticinara que o papado cuidaria em mudar a lei de Deus, nós vemos hoje a profecia cumprida.  

Ao lograr que o mundo adotasse a lei mudada em vez da lei original conseguiu seu objetivo: ser reconhecido como deus acima de Deus.

Assim têm o cristianismo duas leis – a lei original, escrita pelo dedo de Deus e a LEI ADULTERADA pelo papado. A lei de Deus, que é a expressão do seu próprio caráter, requer obediência de Suas criaturas a seus princípios. A lei papal, que emana de Roma, exige fidelidade à vontade do papa. A lei que os homens obedecerem revela a quem dispensam honra, adoram e servem.

A mudança na lei de Deus ou sua alteração pelo papado romano, deveria atingir especialmente o preceito da lei que trata de Deus como legislador da mesma e que encerra as razões da sua legislação. Na lei moral, o Decálogo, o preceito que expressa a autoridade de Deus como legislador e como Deus soberano nos céus e na terra, é o quarto mandamento, que assim reza:

Lembra-te do dia de sábado para o santificar. Seis dias trabalharas, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Sábado do SENHOR teu Deus: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: por isso o SENHOR abençoou o dia do Sábado, e o santificou”. Exodo 20:8-11 

Inquestionavelmente, o quarto mandamento da lei de Deus, ordenando a santificação do Sábado do sétimo dia, contém, por suas expressões, a assinatura de Deus como legislador da lei do Decálogo. Pelo que a lei do Decálogo é inalterável, insubstituível, e todos os seus preceitos são de obrigação indiscutível para todo ser humano.
Vemos assim que o repouso semanal do sábado do sétimo dia encerra a autoridade soberana de Deus, revelando Seu nome, Suas funções e Sua jurisdição nos céus e na terra, sendo esta a razão da santificação e da benção que o criador coloca sobre este dia ao criar o mundo. Todo homem que acata o Sábado como dia de repouso divino e o observa conforme a o quarto mandamento do Decálogo, homenageia a Deus como Criador e O reverencia como seu Deus a quem unicamente adora e serve.

Para que o papado pudesse colocar-se acima de Deus e o seu pontífice pretendesse ser deus na terra, é evidente que deveria abolir especificamente o quarto mandamento que ordena a santificação do dia de sábado do sétimo dia e apresenta a Deus como Criador, e substituí-lo por um outro dia de repouso semanal que designasse, não mais ao Criador como legislador da lei e supremo Deus nos céus e na terra, mas sim ao papa ou ao papado como “deus deste mundo” ou substituto de Deus entronizado em Roma. E, posto que a Bíblia chamada católica, a Vulgata, conserve intacto o 4º mandamento ordenando o repouso do 7º dia, temos nos catecismos autorizados da Igreja Católica, uma lei neles denominada lei de Deus, em que o dia de repouso semanal original, não é mais apresentado como dia de repouso. O primeiro dia da semana é definido nos catecismos como dia de repouso substituto do sábado do sétimo dia, e esta mudança do dia de repouso é confessada por autoridades católicas como obra real do papado.

“Nós católicos romanos, guardamos o domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe de nossa igreja, que preceituou tal ordem do sábado ser do Antigo Testamento, e não obrigar mais no novo testamento” Ataques Protestantes, pág.81. Está ai a confissão de um renomado vulto do sacerdócio católico, de que o papado atentou contra a lei da soberania de Deus. Num catecismo de doutrina, à página 174, lê-se: “Podeis provar ainda de outro modo que a Igreja tem autoridade para preceituar dias e festas? Resposta: Se ele não tivesse tal autoridade, não poderia ter substituído a observância do sábado do 7º dia ao domingo, primeiro dia da semana, mudança essa que não tem autoridade nenhuma nas Escrituras”. Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana.

O SINAL DA BESTA

As Sagradas Escrituras ensinam que o Sábado é o sinal de Deus e o dia do SENHOR. Para não aduzir novamente as provas indestrutíveis desta grande verdade, consultem-se os textos aqui indicados: Apc. 1:10, 7:2-3, 14:1-2.

Na transferência do repouso semanal do Sábado do 7º dia para o primeiro dia da semana, o papado não fez nada mais e nem nada menos do que substituir o sinal da autoridade suprema de Deus pelo sinal de sua própria autoridade, como um falso deus sobre a terra. Daí o domingo, na lei modificada do Catecismo Católico, ser o sinal do papado que é, como tal, constatado pelos dignitários deste poder.

“Numa carta escrita em novembro de 1895, o Sr. H. F. Thomas, chanceler do cardeal Gibbons, respondendo a um inquérito feito a respeito da afirmação que a Igreja faz de ter mudado o sábado, disse: ‘Naturalmente, a Igreja Católica afirma que a mudança do sábado é um ato totalmente seu... e que este ato é o Sinal de sua autoridade nas coisas religiosas”. C. F. Thomas, Chanceller, - Ministry, Outubro 1944, pg. 23

“O domingo, por fundamentação bíblica e etimológica – (critérios originais), é considerado o primeiro dia da semana, seguindo o sábado e precedendo a segunda-feira, é um dia de oração e de descanso para a maioria dos cristãos e povos de todo o mundo.

“Por ordenação de trabalho (legislação) e lazer e pela normalização ISO, o domingo é considerado o último dia da semana.

“A palavra é originária do latim dies Dominicus, que significa "dia do Senhor". Existe, nessa mesma acepção, em castelhano (Domingo), italiano (Domenica), francês (Dimanche) e em todas as línguas de origem latina.

“Povos pagãos antigos reverenciavam seus deuses dedicando este dia ao astro Sol o que originou outras denominações para este dia, em inglês diz-se Sunday, e no alemão Sonntag, com o significado de "Dia do Sol".  

“Tal pratica nao ocorrera em Jerusalem, centro do cristianismo primitivo, e parece que só depois de 150 anos, cristaos de Roma e Alexandria adotaram a guarda do "Dies Domine”. Valdenses no Piemonte na Itália, Cristãos de São Tomé na India, Cristãos Etíopes e Nestorianos na China foram observadores do sábado do sétimo dia ao menos por um tempo até cederem à pressão de perseguiçôes ou mudança de pensamento da maioria dos crentes ou líderes.

“A questão só seria encerrada em 325 d.C., com as orientações decididas no Primeiro Concílio de Nicéia, que estabelece universalmente o domingo como dia sagrado, decisão mantida pela maioria das denominações cristãs até a atualidade.

“Há locais nos Estados Unidos, no entanto, o movimento do Dia do Senhor que tenta influenciar o governo estabelecer regras mais rigidas para que o dia de domingo seja mais honrado num pais que tem abandonado suas origens evangelicas. O Papa Joao Paulo II & mais recentemente Bento XVI tambem mostraram preocupação com a secularização da Europa e do mundo e como este se beneficiaria se santificasse o domingo.


 A IMAGEM DA BESTA impõe O SINAL DA BESTA

Podemos confiar seguramente na profecia e crer que, ao realizar-se nos Estados Unidos a fusão entre o Estado e a Igreja ou entre aquele e o protestantismo, então a imagem da besta estará formada e entrará em ação imediatamente. Do resultado desta fusão, a profecia somente salienta que a imagem da besta, imporá sob pena de graves conseqüências, “o sinal da besta” – a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos. Isto é, ao ser alterada a Constituição Norte-Americana e o protestantismo tornar-se a religião oficial do Estado, este imporá pela lei “o sinal da besta papal”, a observância obrigatória do domingo.

É em torno desse sinal que gira toda controvérsia, como claramente se deduz da profecia; e é por meio desse sinal que o movimento da Liga de Reforma Nacional desenvolve esforços, como confessa o Dr. Crafts, a cuja testa esteve por muitos anos. Eis sua declaração: “Como Colombo e outros descobridores de seu tempo, tinham por costume levantar uma cruz em cada país que descobriam, fazendo-o na presunção de o haverem conquistado para algum reino cristão, assim também o dia do Senhor (domingo) foi estabelecido em todos os países do mundo em sinal de sua presumível conquista para o nosso divino Senhor. Não há outro sinal de unidade cristã, de unidade do mundo”. “Dia do Senhor, porém, é num certo sentido o seu título preeminente, o sinal em que havemos de vencer. O Sábado, G. Stein Filho, 183-184

Em janeiro de 1914 reuniram-se em New York os representantes de todas as corporações religiosas constituídas para a defesa do domingo, a fim de discutirem as bases e assentarem os planos para o grande Concílio Internacional do Dia do Senhor a realizar-se proximamente em relação àquele evento, em Washington. Foi convidado para assistir a esse concílio, na qualidade de seu presidente honorário, o presidente Wilson, que aceitou o convite. O jornal de Providence – Rhode Island, dando notícia dessa reunião, assim a comenta em seu número de 13 de julho de 1914:

“Reuniram-se em New York, a 22 de janeiro, os representantes das diversas organizações do Dia do Senhor, a fim de acordarem nas medidas preliminares para a celebração do Concílio. Os planos já vão adiantados. Organizou-se uma Comissão Geral de Projetos e elegeu-se uma Comissão Executiva, à qual foi cometido o trabalho principal no aperfeiçoamento dos planos para o futuro Concílio”. “O domingo será discutido sob todos os seus aspectos mundiais. Far-se-á primeiro um estudo geral de cada país e das condições de cada nação. Em seguida o Congresso abordará o problema do domingo, considerando-o sob os seus múltiplos aspectos – religioso, moral, industrial, econômico, higiênico, social, legal e governamental. Tentar-se-á também organizar um programa para uma ação combinada e para direção da cooperação ativa daqueles que estão interessados em promover a legítima observância do domingo. Já um bom número das denominações religiosas principais endossou o movimento, insistindo em todas as associações, não importa de que espécie, religiosas ou profanas, devem alistar-se no mesmo ao lado dos seus promotores, enviando delegados às suas assembléias”. O Sábado, G. Stein Filho, 190-191 Nisto vemos o cumprimento da profecia, em processo, pois o alvo do movimento é erigir a observância do domingo, não somente nos Estados Unidos como também no mundo inteiro, como alvo do movimento. E a profecia reza que a besta de dois chifres induzirá a “todos os que habitam sobre a terra” a fazer uma “IMAGEM À BESTA” pela exaltação do seu sinal.

Deste modo o protestantismo estadunidense rejeitará definitivamente a Lei de Deus dada no Sinai e acatará a lei alterada pelo papado. Confirmará seu desacato a Deus rejeitando a Sua autoridade expressa no Decálogo. Isto será ir de encontro à própria Confissão de Augsburgo (25 de junho de 1530. Assinada por sete príncipes e pelos representantes de duas cidades livres), em que os protestantes acusaram a Igreja Católica de alterar a Lei de Deus, transferindo o repouso do Sábado para o Domingo: ”Alega-se ainda que o sábado foi mudado para o domingo, contrariamente aos Dez Mandamentos,  segundo pensam, e nenhum exemplo é enfatizado e alegado tanto quanto a mudança do sábado. Querem sustentar com isso que é grande o poder da igreja, porquanto dispensou nos Dez Mandamentos e modificou algo neles”. A Confissão de Augsburgo, Art. 28 – Do poder dos bispos.

E impondo “o sinal da besta” papal, o domingo, rejeitará o santo repouso semanal do sétimo dia, derribando assim como fizera o papado, a autoridade de Deus nos céus, na terra, no mar e, sobretudo no que neles há, conforme expresso no quarto mandamento.

A mão direita é a mão da ação, e a grande massa da nação submeter-se-á à imposição do repouso obrigatório do domingo, simplesmente por comodidade ou conveniência pessoal, sem com isso reconhecer nenhum fundamento religioso, mas dando deste modo, indiretamente, o seu apoio moral a uma instituição religiosa E ACEITANDO IMPLICITAMENTE a autoridade da besta imposta por sua imagem. Pactuando embora de modo indireto com o propósito da besta, lhe dão a destra de parceria. A outra classe, espontaneamente pelo raciocínio e pelo entendimento doutrinário, crerão estar servindo e apoiando uma causa santa.

O sinal da besta é a imitação de um antigo costume de obediência aos homens e aos falsos deuses. Entre os antigos era costume que os servos recebessem a marca de seu amo, e os soldados, a de seu general; e os devotos de uma divindade particular, a dessa divindade. Estas marcas imprimiam-se geralmente sobre a mão direita ou na testa. Las Profecias de Daniel y el Apocalipse, U.Smith, Vol. II, pg 236

Já em 12 de dezembro de 1881, o The Christian Statesman (The Statesman ChristianPublished May 2008), inseria um artigo com esta declaração categórica: “Se a Igreja Católica estiver disposta a agir de comum acordo conosco nesta luta contra o ateísmo político, do melhor grado a reconheceremos como nossa aliada”.

 “Em 1888, o senador Henry Blair, apresentou ao Congresso Nacional dos Estados Unidos um projeto de lei reconhecendo como oficial a religião cristã e estabelecendo o ensino religioso nas escolas públicas, além de outro decretando a observância religiosa do domingo como dia do Senhor. Nessa ocasião o secretário da Liga Americana do Sábado (pró domingo), aliada principal da Liga de Reforma Nacional, escreveu ao primeiro representante do papado messe país, o cardeal Gibbons, pedindo-lhe o seu concurso no sentido de persuadir o Congresso a votar a dita lei, que decretava a observância do domingo como dia de culto religioso. O cardeal respondeu incontinenti anuindo ao pedido e exprimindo em termos afetuosos a satisfação que experimentava por poder juntar o seu nome aos dos milhões que pugnavam por uma causa tão nobre, qual a de fazer respeitar o domingo”.

“A 12 de novembro de 1889, realizou-se em Baltimore uma convenção do clero secular católico, onde foi lido um manifesto redigido pelo Sr. Manly B. Tello, redator do Cathólic Universe, no qual se dizia: Devíamos de qualquer modo aliar-nos com os protestantes que desejam a santificação do domingo... Podemos assim induzir as massas protestantes a uma observância respeitosa do domingo católico”.

“Uma das deliberações então tomadas sobre esse ponto, declarava haver toda a conveniência numa tal aliança, e que os católicos deviam unir-se com os protestantes na questão do domingo a fim de promover a sua observância obrigatória. Essa resolução foi acolhida com grande júbilo pela Liga Americana do Sábado (pró domingo), que exprimiu a sua satisfação nos seguintes termos: A convenção nacional do clero secular católico, depois de se haver correspondido e tomado consulta com a Liga Americana do Sábado, aprovou a resolução proposta de uma ação comum com os protestantes na reforma do sábado (domingo). Isto não quer dizer todavia que o reino milenário ha de ser estabelecido num só dia (momento, ocasião). Foi isto apenas uma declaração de amor, e os dois partidos (blocos religiosos) como que se aproximaram timidamente”.

“Celebrados os esponsais, porém, há de sem dúvida seguir-se o consórcio, mòrmente quando a união é ditada por conveniências mútuas de tão alta ordem. Comentando o caso, termina dizendo o autor de “As Duas Repúblicas”: Deste modo os cabeças do protestantismo se aliaram com o papismo no intuito único de criar no governo dos Estados Unidos condições idênticas às que assinalaram o primeiro período do papado, e não deve admirar-nos que o elo conectivo que os une nesta obra iníqua, seja precisamente aquele venerável dies solis pelo qual o papismo primeiro alcançou domínio sobre o poder civil, obrigando por ele aos dissidentes a sujeitar-se aos ditames da igreja, donde resultou perseguição e derramamento de sangue”.

 O QUE AI SE VE É SIMPLESMENTE A REPETIÇÃO DA HISTÓRIA. Com a elevação do dia santo solar pagão à lei do Estado, por Constantino, foi preparado o caminho para a fraternização do cristianismo nominal com o paganismo, acentuando-se dia a dia a aproximação, até que a Igreja confundiu-se com o Estado. O Conflito dos Séculos, E. G. White, 445

No movimento ora em ação nos Estados Unidos a fim de conseguir para as instituições e usos da igreja o apoio do Estado, os protestantes estão a seguir as pegadas dos romanistas. Na verdade, mais que isto, estão abrindo a porta para o papado a fim de readquirir na América protestante a supremacia que perdeu no velho mundo. E o que dá maior significação a este movimento é o fato de que o principal objetivo é a obrigatoriedade da observância do domingo, prática que se originou em Roma, e que ela alega como sinal de sua autoridade. É o espírito do papado que está embebendo as igrejas protestantes e levando-as a fazer a mesma obra de exaltação do domingo, a qual antes delas fez o papado. O Conflito dos Séculos, E. G. White, 573


OPRESSÃO AOS RECALCITRANTES

Sancionada a obrigatoriedade da observância do domingo por ato constitucional, a segunda besta, a norte-americana, com dois chifres semelhantes ao de um cordeiro, revelará o seu novo caráter. Com os característicos de um cordeiro, alçará a voz de dragão, não mais para falar de liberdade de consciência e de culto, mas aos recalcitrantes será levada a esbulhá-los de seus direitos civis e sociais; pois não poderão comprar ou vender, a menos que resolvam receber o sinal da besta, que corresponde ao seu nome ou ao número do seu nome. Em outras palavras, sob o regime estadunidense da “imagem da besta”, o cidadão norte americano que por direito de consciência recusar o “sinal da besta” – a obrigatoriedade da observância do domingo -, será boicotado perdendo os direitos de cidadão, é a profecia sobre este assunto. 


O POVO ALVO

O povo de Deus, fiel à Sua lei original, os dez mandamentos do Decálogo, será alvo exclusivo dos decretos originados da “imagem da besta”, por se recusar receber o “sinal da besta”.

Os que honram o sábado bíblico serão denunciados contrários à lei e à ordem, como que a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e atraindo os juízos de Deus sobre a terra. Declarar-se-á que seus conscienciosos escrúpulos são teimosia, obstinação e desdém à autoridade. Ministros que negam a observância do Decálogo bíblico, apresentarão do púlpito o dever de prestar obediência às autoridades civis, como se ordenadas por Deus. Nas assembléias legislativas e tribunais de justiça, os observadores dos mandamentos serão caluniados e condenados. Dar-se-á um falso colorido às suas palavras; a pior interpretação será dada aos seus intuitos.

Ao rejeitarem as igrejas os argumentos claros das Escrituras Sagradas, em defesa da lei de Deus, almejarão silenciar aqueles cuja fé não podem subverter pela Bíblia. Embora fechem os olhos aos fatos, estão agora a enveredar por caminho que levará à perseguição dos que conscienciosamente se recusam a fazer o que o resto do mundo cristão se acha a praticar, e a reconhecer as pretensões do sábado papal. O Conflito dos Séculos, E. G. White, 591-592


QUEM RECEBERÁ O SINAL DA BESTA

Os cristãos das gerações passadas observaram o domingo, supondo que em assim fazendo estavam a guardar o sábado bíblico; e hoje existem verdadeiros cristãos em todas as igrejas, que crêem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua integridade. Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido relativamente à reverencia do verdadeiro sábado – do sétimo dia, quem então transgredir o mandamento de Deus honrará desta maneira ao papado mais do que a Deus. Somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber “o sinal da besta”.  O Sábado, G. Stein Filho, 170-173, O Conflito dos Séculos, E. G. White, 448. Mas ninguém deverá sofrer a ira de Deus antes que a verdade se tenha apresentado ao espírito e consciência, e haja sido rejeitada. Há muitos que nunca tiveram oportunidade de ouvir as verdades especiais para este tempo. A obrigatoriedade do quarto mandamento nunca lhes foi apresentada em sua verdadeira luz. Aquele que lê todos os corações e prova todos os intuitos, não deixara que pessoa alguma que deseje o conhecimento da verdade seja enganada quanto ao desfecho da controvérsia. O decreto não será imposto ao povo cegamente. Cada qual receberá luz bastante para fazer inteligentemente a sua decisão. O Conflito dos Séculos, E. G. White, 605, S. João 7:17, Apoc. 18:1-4


O NÚMERO DA BESTA

 VERSO 18 – “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta, pois é número de homem, e seu número é seiscentos e sessenta e seis”.

O NOME DA BESTA

Este versículo da-nos a prova suprema de que a besta de que trata esta profecia, é o papado romano. O versículo 17 diz que a besta tem um nome, e que seu nome encerra um número. Para encontrarmos o seu número é imprescindível sabermos antecipadamente o seu nome. Ora, sendo que a besta é um poder na terra e que seu número é o número de um homem que a representa absoluto, é evidente que o seu nome é um título representativo do seu poder, empregado pelo referido homem. A besta que esse homem representa, pertence à nacionalidade cujo sistema numeral é exemplificado não em caracteres matemáticos árabes, mas em letras do seu próprio, idioma. O número do seu nome é encontrado nas letras do seu nome.

O homem cujo nome revela o título do papado é o seu representante pessoal – o papa. Seu nome titular como representante central do papado, deve identifica-lo com o próprio nome do papado, pois um título por alguém ostentado deve revelar ou ser a expressão do seu encargo. Devemos busca-lo na literatura católica, e o referido título deve ser latino, posto que o latim é o idioma oficial de Roma papal, e conter o número 666, segundo o equivalente das letras numerais latinas.

O título particular de Vicarivs Filii Dei aparece já em 752-774 num documento conhecido historicamente como a “Doação de Constantino”.

O documento que emprega o título foi confirmado por um concílio da igreja, diz Binio, alto dignatário católico de Colônia, citado por Labré e Cossort. Foi incorporado na lei canônica romana católica, por Graciano, e quando esta última obra foi revisada e publicada, com o visto do papa Gregório XIII, o título conservou-se. Quando Lucio Ferraris escreveu sua elaborada obra teológica pelo ano 1755, deu sob o artigo ‘papa’ o título Vicarivs Filii Dei, e citou como autoridade a respeito, a citada lei revisada. Novamente quando a obra de Ferraris foi revisada, ampliada e publicada em Roma em 1890, continuaram nela o documento e o título. Cardenal Manning, “The Temporal Power of the Vicar of Jesus Christ”, págs. 140-141; citado em Las Profecias de Daniel y el Apocalipsis, 252

Citamos parte da “Doação de Constantino”, confirmada por um concílio da igreja, incorporada na lei canônica romana e citada por Ferraris:

“Ut sicut Beatus Petrus in terris Vicarius Filii Dei fuit constitutus, ita et Pontifices eius succesores in terris principatus potestatem amplius, quam terrenae imperialis nostrae serenitatis mansuetudo habere videtur” Las Profecias de Daniel y el Apocalipsis, 251 – citado em A verdade sobre as profecias do Apocalipse, A. S. Mello, pág. 401

Uma outra obra declara que o título papal – Vicarivs Filii Dei, lia-se na tiara do papa Gregório XVI. Los Videntes y lo Porvenir, L. R. Conradi, 628

Uma publicação católica datada de 1915, escrevia: “As letras escritas na mitra do papa são estas, Vicarius Filii Dei, que é o latim de Vigário do Filho de Deus. Our Sunday Visitor, 18 de abril de 1915 – citado em The Católic Publishing company of Huntington, Indiana – citado em Lay Preache’s Manual - – citado em A verdade sobre as profecias do Apocalipse, A. S. Mello, pág. 401 Esta informação certamente faz alusão a uma antiga tiara usada por papas do passado, não constando que a tiara atual do papa contenha a inscrição de seu título como representante do papado.


O NÚMERO DO SEU NOME

Somos informados através do versículo dezoito que é necessário sabedoria para calcular o número da besta contido no seu título que é o nome seu representante. Portanto deve-se proceder a uma operação matemática para extrair do nome da besta o número do seu nome. Separando as letras correspondentes aos números latinos, somamos os seus valores, então verificamos se encontramos o número previsto na profecia:


V
=
5
I
=
1
C
=
100
A


R


I
=
1
V
=
5
S





F


I
=
1
L
=
50
I
=
1
I
=
1




D
=
500
E


I
=
1








Deste modo a “imagem da besta” obrigando a aceitação e observância do “sinal da besta”, o domingo, a todos obriga direta ou indiretamente, a reconhecer a autoridade da besta (poder civil religioso), ou do papado, como se substituto do Filho de Deus. A estas culminâncias chegará o apostata protestantismo estadunidense ao consorciar-se com o Estado numa imagem da besta (poder civil religioso).

O NÚMERO DE BABILONIA

Nas profecias do Apocalipse, o papado e o protestantismo são apresentados como a moderna Babilônia espiritual. Na antiga Babilônia das margens do rio Eufrates, o número 666 era o signo do antigo “deus sol”, principal deus do paganismo. A ciência astrológica pagã dividiu o céu estrelado em 36 constelações, cujos números foram arranjados num quadro (como dado abaixo), e usado como um selo ou amuleto pelos sacerdotes pagãos e devotos do deus sol:

1
32
34
3
35
6
30
8
27
28
11
7
20
24
15
16
13
23
19
17
21
22
18
14
10
26
12
9
29
25
31
4
2
33
5
36

Somadas estas colunas numéricas horizontal ou verticalmente, dão seis vezes o número 111, que somados por sua vez, perfazem o número 666. este foi o número sagrado do “deus sol” e constitui a sua identificação. O paganismo romano dos Césares, não foi mais que uma sucessão do paganismo Babilônio, e Roma-papal sucede Roma-pagã, pelo que através desta sucessão está ligada à velha Babilônia e seu culto idolátrico solar. Era assim natural que, como a Babilônia das profecias, também tivesse Roma-papal como número de identificação de sua supremacia o mesmo número 666 do “deus sol” da velha Babilônia. Deste modo o deus do antigo paganismo babilônico, o “sol”, e o deus do moderno cristianismo paganizado, o papa, identificam-se pelo mesmo número 666. E a imagem da besta nos Estados Unidos, poder civil unido com o religioso, passará irrefragável e definitivamente para a órbita de Babilônia, através de sua união com o papado e receberão deste o seu sinal, a guarda do domingo, primitivo sinal do “deus sol” de Babilônia, para impô-lo pela força da lei.

Diante da exposição deste décimo terceiro capítulo do Apocalipse, a mais acertada decisão que todo homem ou mulher devem tomar, é escapar de Babilônia livrando-se de Roma-papal e de Roma-protestante com a maior urgência, para escapar das dramáticas conseqüências que sobrevirão aos que persistirem em permanecer na “grande Babilônia”. Refugiar-se onde possam ter o sinal de Deus, a guarda do sábado, embutido nos mandamentos “do Deus” eterno. Eis a única salvaguarda possível agora e no tempo futuro, quando da grande crise como enfatizada nos versículos quinze a dezessete desta profecia.


TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO  "A VERDADE SOBRE AS PROFECIAS DO APOCALUIPSE"  -    A. S. Mello


Deus nunca faz promessas sem a condição da obediência (Fé e Obras, p.47; Evangelismo, p. 504; I Mensagens Escolhidas, p. 77; Profetas e Reis, p. 219).


































 




















































  



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